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17 maio 2021

Resenha: Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier, da Najel (sabão de Alepo com 40% de óleo de bagas de loureiro)

A família Al Najjar produz o autêntico sabão de Alepo desde 1895, seguindo um processo ancestral, passado de geração em geração. A fábrica se localiza na cidade de Alepo, no norte da Síria. No ano de 1996, em Lion, na França, o jovem médico sírio Manar Najjar e a estudante de direito francesa Catherine Elia decidiram se casar e criaram a marca Najel, cujo nome resulta da contração dos dois sobrenomes. Além disso, a palavra “najel” significa “filho”, em árabe. Atualmente, os produtos da Najel são distribuídos em 27 países. O empreendimento é voltado para a produção e a distribuição não apenas dos famosos sabões de Alepo, mas também de uma ampla linha de produtos naturais e orgânicos, desenvolvidos e fabricados no Laboratoire Najjar, um laboratório próprio situado em Lion. A maioria deles é certificada pela Ecocert, seguindo o padrão Cosmos.

Savon d'Alep 40% Huile de Baies de Laurier, da Najel
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Em 2017, duas amigas foram para Paris e me trouxeram um sabão de Alepo de lembrança de viagem (obrigada mais uma vez, Leila e Izabel!). Era o Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier (Sabão de Alepo 40% Óleo de Bagas de Loureiro, em português), dessa marca francesa Najel, e esse foi o meu primeiro contato com esse tipo tão especial de sabão.

Verso do Savon d'Alep 40% Huile de Baies de Laurier, da Najel
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Totalmente natural, o genuíno sabão de Alepo não contém fragrância sintética, corantes e conservantes. Há vários séculos, o processo de saponificação do óleo de oliva e do óleo de bagas de loureiro se mantém inalterado. Em Alepo, Samer Najjar, irmão de Manar Najjar, supervisiona a produção sazonal e artesanal do sabão, desde a colheita das olivas e das bagas de loureiro até o final da secagem dos blocos de sabão, uma etapa que leva longos 9 meses para ser finalizada.

Copiei a seguir a lista de ingredientes que consta no rótulo, e incluí a tradução de cada termo.

Sodium olivate (olivato de sódio), sodium laurate (laurato de sódio), aqua (water / água), glycerin (glicerina), sodium chloride (cloreto de sódio), sodium hydroxide (hidróxido de sódio).

A seção de perguntas frequentes do site da marca informa que a glicerina decorre do processo de saponificação, não é adicionada artificialmente. O uso da água, do cloreto de sódio e do hidróxido de sódio está detalhado na seção ao final desse texto. 

Segundo o site da Najel, quanto maior for a concentração de óleo de bagas de loureiro, maior será a sua capacidade de acalmar peles irritadas e com problemas como psoríase, eczema (dermatite atópica), acne e dermatose. A máxima concentração possível de óleo de bagas de loureiro é de 40%, e esse óleo vegetal é apreciado por suas propriedades desinfetantes e regeneradoras. Já a descrição do óleo de oliva saponificado menciona que ele possui um grande poder de limpeza, ao mesmo tempo que nutre, protege e amacia a pele.

site da empresa avisa que tanto o Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier quanto o Savon dAlep 30% Huile de Baies de Laurier só devem ser usados ocasionalmente. Como esses dois tipos não são recomendados para uso diário, a marca sugere alternar a utilização desses sabonetes com concentração de 30% e 40% de óleo de bagas de loureiro com um sabonete com baixa concentração desse óleo. A Najel oferece cinco concentrações de óleo de bagas de loureiro: 4%, 5%, 12%, 30% e 40%, além de uma opção com 100% de óleo de oliva (sem óleo de bagas de loureiro).

A espuma do Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier é agradável, de bolhas pequenas, e limpa muito bem. Como a minha pele atópica e seca tem estado geralmente saudável nos últimos anos, não tenho como falar sobre o efeito desse sabonete numa pele em crise. Vale lembrar que faço aplicações completas de loção hidratante após cada banho, sem exceção. Achei ótimo também como sabonete íntimo, e bastante adequado para a minha pele do rosto, que é madura e mista.

Usando-o como xampu sólido, tive a bela surpresa de notar que ele deixou o meu cabelo muito brilhante. Meus fios são compridos, lisos, normais no comprimento, com tendência à oleosidade na raiz. A sensação que ficou no couro cabeludo foi de limpeza e conforto.

O cheiro do produto é intenso, seco, ligeiramente áspero, diferente de todos os outros sabonetes que já experimentei. Às vezes chega a ser um pouco peculiar demais para mim, pois não costumo gostar de aromas fortes em geral. De todo modo, creio que parte desse estranhamento se deve à minha falta de familiaridade com esse tipo de sabonete, que não faz parte do nosso cotidiano no Brasil.

O sabonete é firme, fácil de usar. Deixado num local arejado após o banho, em uma saboneteira com boa drenagem de água, ele seca bem. Sua durabilidade é bastante longa.

Uma característica que acho muito bonita no Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier é o seu interior verde esmeralda, um tom mais carregado da cor do rótulo. A área externa desse sabonete é toda marrom, mas quando ele é cortado ao meio pode-se ver que por dentro ele é bem verdinho. Costumo dividir meus sabonetes antes de começar a usá-los, pois o tamanho menor facilita o manuseio. O contraste entre o marrom da parte externa e o verde da parte interna é admirável. Seu aspecto me faz pensar em cerâmica rústica.

Achei o Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier tão interessante que depois o comprei, em novembro de 2018, na loja virtual Ecco Verde (https://www.ecco-verde.co.uk/). Dei o endereço de uma amiga que mora em Londres e ia passar o Natal aqui no Rio; ela trouxe esse e outros sabonetes da Najel na bagagem (obrigada novamente, Mariana!). Também seria possível pedir que a encomenda fosse entregue diretamente na minha casa, pois a Ecco Verde entrega em vários países, incluindo o Brasil.

Nessa loja estrangeira, o sabonete é denominado Aleppo Soap 40% BLO, sendo BLO a sigla de Bay Laurel Oil (Óleo de Louro). Está custando £8,80. Os preços vão diminuindo conforme a concentração de óleo de bagas de loureiro se reduz. O Savon d’Alep 5% Huile de Baies de Laurier, por exemplo, sai a £4,60. É uma pena que o câmbio atualmente tenha sido tão desfavorável para compras no exterior. O sabonete que fotografei para esta resenha veio com o peso de 200g e estava embrulhado em plástico incolor e transparente, com um rótulo de papel. Sua validade era de 18 meses após a abertura da embalagem.

PROCESSO DE PRODUÇÃO DO SABÃO DE ALEPO

site da Najel descreve o processo de produção (hot process) do sabão de Alepo, que se inicia com o aquecimento de água e hidróxido de sódio num grande caldeirão. O óleo de oliva virgem é adicionado, e a mistura é mantida em temperatura alta e controlada por 12 horas. No dia seguinte, o conteúdo do caldeirão é aquecido novamente e é acrescido do óleo de bagas de loureiro, previamente filtrado. A saponificação é a consequência de uma reação química natural, ocorrida entre os óleos vegetais e o hidróxido de sódio.

A pasta remanescente é lavada diversas vezes com água salgada, para remover todos os traços de substâncias cáusticas. A água é retirada do caldeirão e reciclada. A pasta de sabão é espalhada numa grande bacia. Uma vez solidificada, é cortada em blocos. Cada bloco é carimbado à mão com a marca Najel.

Os blocos são empilhados em pallets e mantidos em porões ventilados, ao abrigo da luz solar, e ficam curando por 9 meses. Nesse longo período de secagem, o sabão de Alepo vai perdendo água e sua superfície se oxida. A coloração da parte externa se torna amarela, podendo chegar a tonalidades marrons. O centro de cada bloco permanece verde. Ao final da cura, os sabões de Alepo são limpos, embalados, encaixotados e despachados.

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LEIA TAMBÉM:

“Resenha: Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru, da Trópica Botânica”
“Resenha: óleo corporal Rose Body Oil, da Dr. Hauschka – para adultos, crianças e bebês”
“Resenha: Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio, da Fefa Pimenta”
“Resenha: Liquid Gold Facial Serum, da Isa’s Restoratives”
“Meu relato sobre dermatite atópica e o uso de produtos naturais com ingredientes orgânicos”

21 setembro 2020

Resenha: Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru, da Trópica Botânica

Sempre penso em banhos como intervalos restauradores na sucessão de tarefas do dia a dia, por nos possibilitarem um olhar atento ao nosso corpo inteiro e um mergulho em nossos próprios sentimentos. Nesses momentos tão importantes de higiene e autocuidado, o sabonete tem um papel fundamental. Para mim, a melhor opção em tempos conturbados como a época atual tem sido o Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru, da marca brasileira e vegana Trópica Botânica. O uso desse sabonete tem me trazido uma verdadeira sensação de serenidade e bem-estar a cada banho.

Sabonete Leite de Coco, Melaço e Cumaru, da Trópica Botânica
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

O trecho abaixo, copiado da embalagem do produto, o descreve com exatidão.
“Delicado no aroma e na textura, o Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru hidrata e suaviza a pele, deixando um toque macio e aveludado. A combinação de óleo de castanha-do-pará, leite de coco, melaço agroecológico orgânico e extrato de favas de cumaru proporciona às barras um aroma doce e abaunilhado.”
A versão anterior desse sabonete, que se chamava Sabonete Vegetal Leite de Aveia, Melaço e Cumaru, já me agradava muito, e a recomprei diversas vezes, ao longo de quase três anos. Em fevereiro de 2020, a Trópica Botânica comunicou em redes sociais que o leite de aveia seria substituído pelo leite de coco. No aviso, a marca explicou que, apesar de ser naturalmente isenta de glúten, no Brasil a aveia geralmente é processada junto ao trigo, à cevada e ao centeio, sofrendo contaminação cruzada. Quem tem doença celíaca, além de não poder ingerir glúten, não pode ter contato tópico com glúten, devido ao risco de que esse contato desencadeie um quadro de dermatite herpetiforme, e por isso Ana N. BrunettiOkauê Moretto (o casal de fundadores da empresa) decidiram fazer a substituição.

Mantenho um pequeno estoque particular dos itens que uso com mais frequência, então comprei a nova versão apenas alguns meses depois. Achei que o produto ficou ainda melhor, e posso dizer que o Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru é o meu preferido, entre as opções de sabonete da Trópica Botânica. O leite de coco, na minha opinião, tornou a espuma e o aroma ainda mais deliciosos.

Algumas clientes da marca são celíacas, e a aveia era o único ingrediente utilizado que poderia ter contaminação por glúten. Mesmo com a higienização adequada do laboratório entre cada produção, restaria algum risco de contaminação, ainda que mínimo. Na busca por um substituto, o objetivo era usar um leite vegetal que adicionasse cremosidade à espuma, fosse preferencialmente de origem nacional e tivesse um aroma residual após a saponificação que fosse sinérgico com o extrato de cumaru. Chegaram ao leite de coco, e escolheram como fornecedor a Annora, uma pequena fábrica de bebidas vegetais cujo produto principal é justamente o leite de coco, sem metabissulfito de sódio (um aditivo comumente acrescentado ao coco seco vendido por atacado) e nem qualquer outro ingrediente nocivo que eles não queriam que estivesse presente em seus produtos.

Admiro imensamente a responsabilidade, a criatividade e a transparência da Ana e do Okauê, sempre dedicados a aperfeiçoar seus itens de biocosmética orgânica e saboaria natural, e sempre atentos às especificidades da cadeia produtiva.

A composição do Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru é 100% natural e vegana, com 52,13% de ingredientes provenientes de agricultura orgânica. A lista de ingredientes é apresentada no padrão internacional INCI e em português, tanto na embalagem do sabonete quanto no site da empresa. A marca não faz testes em animais.
Elaeis guineensis oil* / óleo de palma*, Elaeis guineensis kernel oil* / óleo de palmiste*, Helianthus annuus seed oil* / óleo de girassol*, aqua / água, sodium hydroxide / hidróxido de sódio, Bertholletia excelsa nut oil** / óleo de castanha-do-pará**, Cocos nucifera extract / leite de coco, Dypterix odorata extract** / extrato de cumaru**, Saccharum officinarum extract* / melaço de cana-de-açúcar*, Rosmarinus officinalis leaf extract / oleorresina de alecrim.
* Cultivo orgânico.
** Extrativismo sustentável.
O óleo de palma utilizado é obtido de forma sustentável e rastreada, com certificado RSPO (Roundtable for Sustainable Palm Oil). O hidróxido de sódio, necessário para a saponificação de todos os sabonetes em barra e xampus sólidos elaborados com ingredientes de origem natural, é completamente consumido durante a fabricação, portanto não há resíduos dessa substância no produto final.

Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru não contém óleos essenciais. Seu aroma adocicado e leve é trazido pelo extrato de cumaru, feito à mão no próprio laboratório da marca, em Curitiba, a partir de favas de cumaru partidas e imersas por algumas semanas em óleo de girassol. Posteriormente, o óleo é filtrado, a parte sólida é compostada e o extrato é utilizado para aromatizar esse sabonete. Gosto tanto do cheiro desse produto que frequentemente durmo com ele por perto, sobre a minha mesinha de cabeceira.

Indicado para todos os tipos de pele, esse sabonete promove uma limpeza muito eficiente e ao mesmo tempo não agride a pele. Uso-o em toda parte: no corpo, no rosto e como sabonete íntimo (somente na área externa, claro) — inclusive quando a minha pele encontra-se mais sensível. Eventualmente faço depilação com lâmina e lavo meu cabelo com ele também. Sempre testo os sabonetes naturais no cabelo, para descobrir quais podem funcionar desse jeito. Aprecio bastante o resultado do Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru como xampu sólido, embora o meu favorito para essa finalidade seja mesmo o Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, também da Trópica Botânica. Meu cabelo é longo, liso, do tipo normal, com tendência à oleosidade na raiz. Minha pele é madura e atópica, sendo seca no corpo e mista no rosto.

Esse sabonete é produzido artesanalmente, pelo método natural de saponificação a frio (cold process). Tem o formato de uma barra de pelo menos 130g (um peso maior que o dos sabonetes de várias outras marcas), com uma agradável coloração pálida. Sua consistência é bem firme, com um toque ameno na pele. O rendimento é excepcional, desde que o sabonete seja cortado ao meio e seja mantido fora do contato com a água quando não estiver em uso. A outra metade da barra pode ser guardada na sua própria embalagem de papel reciclado.

A validade é de 18 meses. Está custando R$20,50. As compras são feitas online e a marca faz entregas em todo o Brasil, pelo correio. O site é muito completo, harmonioso e fácil de navegar. O atendimento aos clientes é prestado de um modo especialmente claro e gentil, por meio do email contato@tropicabotanica.com.br. As encomendas possuem código de rastreamento e são embrulhadas sem plástico. Sempre que possível, as compras são acompanhadas de amostras.

O cupom TRPC1010% de desconto no site da Trópica Botânica. É de uso único, mas não precisa necessariamente ser utilizado na primeira compra.

Recomendo muito as informações e as reflexões publicadas na newsletter e no blog da marca, além do perfil no Instagram.

Mais informações sobre a empresa e seus fundadores já foram publicadas no texto “Resenha: Creme Facial, da Trópica Botânica”.

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03 agosto 2020

Resenha: Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da Trópica Botânica

Em dezembro de 2020 vou completar 9 anos de uso diário de xampus sólidos naturais, e um dos produtos que mais readquiri nesse tempo todo foi o Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da marca brasileira, artesanal e vegana Trópica Botânica.

Indicada para cabelos normais, mistos e oleosos, essa barrinha produzida pela saponificação natural de óleos e manteigas vegetais contém manteiga orgânica de ucuúba e uma alta concentração de óleo de oliva extravirgem, além de uma sinergia de óleos essenciais antissépticos e estimulantes do crescimento (alecrim, menta e capim limão), que proporcionam também uma sensação refrescante. Essa combinação de ingredientes faz com que a espuma desse xampu sólido seja especialmente cremosa, densa e deliciosamente aromática. Deixa o meu couro cabeludo e os meus fios saudáveis, soltos, macios, com brilho e levemente perfumados.

Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da Trópica Botânica
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

A formulação é 100% natural, com 50,04% de ingredientes provenientes de agricultura orgânica. Não contém ingredientes de origem animal e não foi testada em animais. Não há derivados de petróleo, perfumes artificiais, ftalatos, parabenos e nem qualquer outra substância sintética. O óleo de palma utilizado é produzido de forma sustentável e rastreada, com certificado RSPO (Roundtable for Sustainable Palm Oil).

A loja virtual da Trópica Botânica fornece uma descrição detalhada de cada produto da marca, incluindo a tradução de todos os itens das fórmulas. Copiei abaixo a composição desse xampu sólido:
Helianthus annuus seed oil* / óleo de girassol*, Olea europea fruit oil / azeite de oliva (extravirgem), aqua / água, Elaeis guineensis oil* / óleo de palma*, sodium hydroxide / hidróxido de sódio, Virola surinamensis seed butter** / manteiga de ucuúba**, Elaeis guineensis kernel oil / óleo de palmiste, sodium citrate / citrato de sódio, Rosmarinus officinalis leaf oil / óleo essencial de alecrim, Mentha arvensis leaf oil / óleo essencial de menta, Cymbopogon flexuosus leaf oil* / óleo essencial de capim limão*, Rosmarinus officinalis leaf extract / oleorresina de alecrim.
* Cultivo orgânico / ** extrativismo sustentável.
site apresenta também uma explicação muito útil sobre o ingrediente hidróxido de sódio, reproduzida a seguir.
O hidróxido de sódio é uma substância alcalina de origem mineral (obtida pela eletrólise do sal de cozinha) necessária para a reação de saponificação de todos os sabonetes em barra e shampoos sólidos com ingredientes de origem natural. Este composto é totalmente consumido durante a fabricação, sem nenhum resíduo no produto final.
Meu cabelo é longo, liso, do tipo normal, com tendência a oleosidade na raiz, e gosto de lavá-lo com xampu sólido todos os dias. Utilizo condicionador em seguida, desembaraço com um pente de dentes largos após o banho e deixo os fios secarem naturalmente. Mesmo com esse uso frequente, o Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta não me causa ressecamento e nem qualquer outra reação adversa. Simplesmente deixa o cabelo bonito e limpo, com a oleosidade completamente controlada. Sigo sempre o mesmo procedimento:
1. No chuveiro, molho o cabelo inteiro.
2. Passo a barra de xampu sólido (previamente cortada ao meio) por todo o topo da cabeça e nas laterais, fazendo a mais leve pressão possível.
3. Coloco o cabelo todo para frente e passo a barra na parte de trás da cabeça.
4. Molho mais um pouco essa região e massageio todo o couro cabeludo com as pontas dos dedos, formando espuma.
5. Distribuo a espuma pelo comprimento dos fios.
6. Enxáguo bem o cabelo.
7. Aplico condicionador nas pontas e ao longo do terço final dos fios, espalhando-o com os dedos.
8. Enxáguo o cabelo mais uma vez, com bastante água.
Xampus sólidos são excelentes opções para viagens, por serem muito mais leves do que frascos de xampu líquido e pelo fato de poderem ser carregados em malas de bordo.

Cortar o produto em dois ou três pedaços facilita o seu manuseio durante o banho, pois as barras não são pequenas. Os pedaços que não estiverem sendo usados devem ser guardados num lugar fresco, seco e sem incidência de raios solares.

Para que um xampu sólido alcance o máximo de durabilidade, é fundamental mantê-lo numa saboneteira na qual a água escorra bem e não fique em contato direto com o produto.

Usando xampus sólidos naturais há tantos anos, notei que o grau de ventilação do banheiro e o clima também afetam sua consistência e seu rendimento. Quando fico hospedada em lugares com banheiros sem uma boa circulação de ar, deixo a barra no quarto, no intervalo entre um banho e outro, para que ela possa secar bem, pois caso contrário ela tende a amolecer muito e durar menos do que poderia. Nesse inverno passei a fazer isso em casa também, e estou gostando de manter a saboneteira sobre a cômoda, só para aproveitar o aroma dos óleos essenciais sempre que eu estiver no meu quarto.

Tomando esses cuidados, o xampus sólidos podem render muito mais do que frascos comuns de xampu líquido.

Outra característica positiva dos xampus sólidos é o fato de serem multifuncionais — se por acaso um xampu sólido eventualmente não der o resultado desejado no cabelo, ele pode ser perfeitamente usado como sabonete. A descrição desse produto na loja online da Trópica Botânica menciona sua atuação como sabonete para corpo e rosto, além de xampu para barbas. Também utilizo para depilar as pernas com lâmina de barbear.

O fato de ter uma embalagem feita inteiramente de papel reciclado, dispensando o uso de plástico, faz com que o Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta seja ainda mais interessante do ponto de vista da sustentabilidade.

Ele foi o primeiro xampu sólido desenvolvido pela Trópica Botânica, e por coincidência foi o primeiro xampu sólido que eu experimentei dessa marca, em maio de 2017. É preparado no processo de saponificação a frio (cold process).

As barras possuem um tom amarelo claro que combina com a elegante cor verde azulada da embalagem atual. Cada xampu sólido tem pelo menos 130g e está custando R$26,00. A validade é de 18 meses. A loja virtual oferece muitas outras opções, com e sem óleos essenciais, para vários tipos de cabelo.

A empresa faz entregas em todo o Brasil, em caixas de papel, com recheio de papel, fita adesiva de papel e envelope de papel para guardar a nota fiscal, tudo sem plástico. O valor do frete é mais acessível do que o preço que os Correios normalmente cobram, e passa a ser gratuito em pedidos acima de R$200,00. Sempre que possível, as compras são acompanhadas de amostras.

Quem se inscrever na lista de envio da newsletter da marca ganha 10% de desconto na sua próxima compra. O SAC pode ser acessado em https://tropicabotanica.com.br/contato/.

Mais informações sobre a empresa e seus fundadores já foram publicadas no texto “Resenha: Creme Facial, da Trópica Botânica”.

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“Resenha: Creme Facial, da Trópica Botânica”

15 abril 2018

Resenha: loção de limpeza e tônico facial esfoliante Cleansing Nectar, da Fig+Yarrow

Fundada pela herbalista Brandy Monique em 2010, a marca norte-americana Fig+Yarrow produz e comercializa cosméticos artesanaisnaturais, formulados com ingredientes orgânicos, crus e colhidos em seu habitat naturalsem testes em animais, sulfatos, substâncias sintéticas, fragrâncias artificiais, derivados de petróleo, parabenos, glúten e organismos geneticamente modificados. Além de uma loja online, conta com uma loja física na cidade de Denver, Colorado, que inclui um bar de sucos e culinária crudivorista, e um espaço para tratamentos e eventos no mesmo local, um edifício do século XIX.

Miniatura do Cleansing Nectar, da Fig+Yarrow
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

O produto que me deixou mais curiosa foi o Cleansing Nectar (Néctar de Limpeza, em tradução livre), devido à sua ação levemente esfoliante e à sua característica multifuncional: além de loção de limpeza sem enxágue e de uso diário, indicada para todos os tipos de pele, atua como tônico facial. Possui pH 4,5, ácido como o pH da pele humana, e noto que de fato tem contribuído para a renovação da epiderme.

Cleansing Nectar é bem líquido e tem um aroma peculiar, discretamente adocicado, misterioso, difícil de descrever. Me faz pensar em raízes, folhas, cascas e flores medicinais.

Não contém partículas que produzem atrito. A esfoliação realizada não é mecânica, e sim química, promovida por ativos existentes na casca do salgueiro, no vinagre de cidra de maçã orgânica, no mel cru de manuka orgânica e no sal do Mar Morto. A composição completa está copiada abaixo, com o acréscimo dos termos em português.
Aloe barbadensis (aloe) leaf water* / sumo de folha de babosa*, Lavandula angustifolia (lavender) flower water* / água floral de lavanda*, Hamamelis virginiana (witch hazel) leaf extract* / extrato de folha de hamamélis*, Salix nigra (willow) bark extract / extrato de casca de salgueiro, Malus domesticus (apple) cider vinegar*† / vinagre de cidra de maçã*†, lactobacillus ferment / fermento de lactobacilo, Calendula officinalis (marigold) extract* / extrato de calêndula*, Ginkgo biloba extract* / extrato de gingko biloba*, Camellia sinensis (green tea) leaf extract* / extrato de folha de chá verde*, Glycyrrhiza glabra (licorice) root extract* / extrato de raiz de alcaçuz*, manuka honey (active 16+)*† / mel de manuka (ativo 16+)*†), salt of the Dead Sea / sal do Mar Morto, sodium benzoate / benzoato de sódio, potassium sorbate / sorbato de potássio, essential oils of / óleos essenciais de: Rosmarinus officinalis (rosemary) / alecrim, Lavandula angustifolia (lavender)* / lavanda*, Anthemis nobilis (chamomile) / camomila, Cistus ladanifer (rockrose) / ládano, Salvia sclarea (clary sage) / sálvia, Aniba rosaeodora (rosewood) / pau-rosa.
* Certified organic / * certificado orgânico, † virgin / † virgem.
Esse cosmético é o primeiro passo de um protocolo facial elaborado pela Fig+Yarrow, que abrange diversos itens. Até o momento, experimentei apenas o Cleansing Nectar e o creme hidratante Yarrow Buttercream, com ótimos resultados. Tenho pele mista, madura e sensível, e também estou gostando de usar o Cleansing Nectar em conjunto com o Creme Facial, da Trópica Botânica, o Blue Beauty Balm e o Recovery Eye Serum, da Isa’s Restoratives, e o BB Cream 4 em 1, da Baims, alternadamente.

De acordo com as instruções dadas pela marca, deve-se agitar bem o frasco, aplicar o produto com algodão no rosto e no pescoço, com movimentos circulares, e remover os resíduos com algodão molhado. Esse procedimento limpa bem, sem ressecar, e retira maquiagem também. Como estou habituada desde sempre a enxaguar com bastante água, acabo trocando a etapa do algodão molhado pelo banho.

Para evitar o uso excessivo de discos de algodão, o que eu realmente prefiro é usar o Cleansing Nectar como tônico facial, passando o líquido diretamente na pele e espalhando-o com as pontas dos dedos, após ter feito uma limpeza com sabonetes naturais, especialmente os das marcas artesanais Fefa Pimenta e Trópica Botânica.

Esse híbrido de loção de limpeza e tônico facial vem num frasco de vidro âmbar, com tampa preta e rótulo branco com letras pretas. A embalagem fica bem fechada e é ideal para reutilização. Está disponível em dois tamanhos — comprei a versão travel size na loja virtual Carbon Beauty em 2016, e a versão full size no site da própria Fig+Yarrow, com um desconto imenso de Black Friday, em 2017. O preço normal do frasco de 120ml é US$32,00, e o frasco de 30ml custa US$12,00.

Nas duas ocasiões, aproveitei que tinha viagem marcada para o Havaí e passei um endereço de lá. A Fig+Yarrow faz envios internacionais para uma lista de países do Hemisfério Norte. Escrevi para a marca duas vezes, perguntando sobre a possibilidade de adicionar o Brasil, mas não recebi resposta. Uma pena, esperava mais do SAC de uma empresa tão interessante. Felizmente, a multimarcas Carbon Beauty tem um SAC excelente e entrega em vários países, e o Brasil é um deles.

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30 outubro 2016

Resenha: Sabonete Argila Vermelha, da Fefa Pimenta

O Sabonete Argila Vermelha, da marca carioca Fefa Pimenta, ganhou espaço cativo na minha casa e na mala das minhas viagens há quatro meses. Idealizado para peles desidratadas e desvitalizadas, contém argila vermelha e óleo de gergelim, e é indicado também para o rosto. Além de cumprir a promessa de “um banho tonificante e relaxante, com uma sensação acolhedora”, tem sido perfeito para lavar o meu cabelo.

Sabonete Argila Vermelha, da Fefa Pimenta
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Esse sabonete é produzido artesanalmente por Fefa Pimenta e Luis Pepper, pelo método a frio (cold process). A lista de ingredientes é 100% natural e vegana, com ingredientes orgânicos. Não foi testado em animais.
Óleos e manteigas vegetais saponificados de palma*, oliva, cupuaçu*, palmiste e gergelim, óleos essenciais de laranja, petitgrain, ho wood e cedro, oleorresina de alecrim, oleorresina de copaíba, óleo essencial de patchouli, resina de benjoim e extrato de gengibre. Com adição de argila vermelha.
* Ingredientes orgânicos.
A argila vermelha possui essa cor naturalmente e dá ao produto uma tonalidade bonita de tijolo. Apesar de conter argila, esse sabonete não é áspero, e sim delicado e hidratante, com uma espuma bem cremosa.

Consegue limpar na medida certa — sem ressecar — áreas com características bem diversas: o meu cabelo comprido e normal, com tendência à oleosidade na raiz, a pele mista do meu rosto e a pele atópica do meu corpo, com tendência ao ressecamento. Também é ótimo para a higiene íntima (que não deve ser confundida com higiene interna) e para fazer depilação com lâmina. E fiquei bem contente ao ver como o Sabonete Argila Vermelha deixa o meu cabelo macio e solto. Toda essa versatilidade o tornou o meu sabonete / xampu sólido preferido para usar em viagens.

O aroma do produto é bem suave, agradável e totalmente natural, resultante da combinação de óleos essenciais de laranja, petitgrainho wood, cedro e patchouli. Costumo gostar muito de sabonetes que contêm o óleo essencial de ho wood, e dessa vez não foi diferente. Além dos benefícios trazidos por sua fragrância calmante, o ho wood é anti-inflamatório, alivia dores musculares, regenera a pele e é indicado para o tratamento da acne. Essas propriedades são reforçadas e complementadas pelos demais óleos essenciais.

A embalagem do sabonete é feita de papel reciclável, e é composta de uma folha de papel kraft e uma cinta de papel claro, ambos com bastante informação impressa. Cada barra tem pelo menos 130g e está custando R$16,60. O prazo de validade é de 12 meses.

Costumo comprar na loja virtual da Fefa Pimenta (https://www.fefapimenta.com.br/loja-virtual/), que atende ao Brasil todo. Há algumas semanas, foi implementada uma nova modalidade de entrega para o Rio de Janeiro, chamada de Entrega Malagueta, na qual parte do custo de um e-Sedex é paga pela empresa. Já os endereços do Centro continuam com frete gratuito, e também é possível combinar retiradas no home office. As encomendas que fiz nos últimos tempos vieram com uma miniatura de sabonete de brinde.

email para contato é falecom@fefapimenta.com.br. Muitas outras informações sobre a marca já foram publicadas no texto “Resenha: Sabonete Cupuaçu e Shampoo Sólido Castamuru, da Fefa Pimenta”, cheio de elogios mais do que merecidos.

Sabonete Argila Vermelha, da Fefa Pimenta
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Os produtos da Fefa Pimenta também podem ser adquiridos na loja online da Paz em Gaia (http://www.pazemgaia.com.br/), uma empresa familiar de Sorocaba, no estado de São Paulo, que fabrica e fornece produtos ecológicos e sustentáveis, com foco no bem estar pessoal. Dirigida por Teresinha Gaia e Marcio Gaia, faz envios para todo o território nacional. O telefone da loja é (15) 98823-2023 e o email é contato@pazemgaia.com.br. O atendimento é excelente, eficiente e muito gentil.

E quem estiver no Rio de Janeiro pode encontrar a Fefa e o Luis pessoalmente, na Primavera Vegana, uma feira gastronômica vegana e carioca, realizada regularmente aos domingos, uma vez por mês, no coletivo Comuna, um grupo multidisciplinar de gestão e produção cultural, conectado com a economia criativa e voltado para quatro pilares de conteúdo: Música, Arte, Publicações, e Comida e Bebida. Fundado em 2011, está localizado na rua Sorocaba 585, Botafogo. Organizada por Juliana Gondo, Gabriela Migueis, Mariana Vilela e Tomáš Hencel,a Primavera Vegana foi inaugurada em 5 de junho de 2016, e tem como missão “atender ao público que busca uma alimentação saudável, vegana, local e de alta qualidade”.

Sou fã das delícias veganas e orgânicas do querido Tomáš Hencel, um eslovaco radicado no Brasil que dirige o Atelier no Jardim com seu sócio Silvio Pinheiro. As chamadas Quentinhas Veganas são experiências maravilhosas de texturas, cores e sabores. Vêm em potes retornáveis, com porções generosas, entregues em domicílio a um preço acessível. Recomendo muito também os produtos feitos sob encomenda, como o Hummus de Grão de Bico & Beterraba e as Soccas, panquecas feitas de farinha de grão de bico. As criações e os eventos são divulgados em https://www.facebook.com/ateliernojardim, e as encomendas podem ser feitas pelo telefone (21) 99355-3666 e pelo email tomas@ateliernojardim.com.br.

Além da sua participação no Atelier no Jardim, o designer de interiores Silvio Pinheiro possui um projeto chamado O Silvo! Design, especializado em organização residencial e comercial. Seus belos e bem executados trabalhos podem ser vistos em https://www.instagram.com/silvio_pinheiro_interiores/.

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LEIA TAMBÉM:

12 outubro 2016

Resenha: loção de limpeza facial Cleanser, da S.W. Basics

A proposta anunciada pela empresa norte-americana S.W. Basics na página inicial do site institucional me interessou bastante: “Ingredientes tão bons que só precisamos de cinco deles... ou menos”. Logo em seguida, o site apresenta três pilares: simplicidade (“quanto mais simples a rotina, melhor”), sustentabilidade (“usamos somente ingredientes realmente naturais e que são orgânicosfair trade ou provenientes de agricultura familiar”) e você (pessoas em contraposição à pressão de consumo da indústria da beleza convencional). A marca foi criada em 2011, na cozinha de um apartmento no Brooklyn, por Adina Grigore, nutricionista holística, personal trainer e autora do livro Skin Cleanse: The Simple, All-Natural Program for Clear, Calm, Happy Skin (Nova York: Harper Collins, 2015).

Cleanser, da S.W. Basics
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

A empresa é cruelty-free, certificada pelo PETA, e todos os cosméticos são veganos, com exceção dos protetores labiais. Quase todos os produtos são certificados orgânicos pelo USDA. As fórmulas não contêm organismos geneticamente modificados (OGMs) e nenhuma das substâncias polêmicas que costumo evitar (a lista completa está no texto “12 ingredientes que devem ser evitados” — comecei com 12 itens, outros foram acrescentados depois).

A marca cresceu bastante desde a sua fundação. Há alguns meses, lançou uma linha chamada DIY Essentials, para clientes que querem preparar os próprios cosméticos. Vale muito a pena acessar o blog http://swbasicsofbk.com/category/blog/ (em inglês) para ver informações, dicas, receitas e opiniões.

O primeiro produto que experimentei da S.W. Basics é o Cleanser (algo como Loção de Limpeza, em português), que uma uma amiga trouxe de presente de uma viagem em dezembro de 2015 (muito obrigada mais uma vez, Helena!). Até o momento, é também o meu artigo favorito da marca, e me despertou um novo olhar sobre esse tipo de item de limpeza facial.

A fórmula é 100% orgânica, certificada pelo USDA, espantosamente minimalista (apenas três ingredientes) e ao mesmo tempo muito eficaz:
Organic rosewater / hidrolato de rosa orgânica, organic vegetble glycerin / glicerina vegetal orgânica, organic tea tree oil / óleo de melaleuca orgânica.
Cleanser é um líquido transparente, sem cor, com um cheiro que para mim é extremamente agradável — adoro o perfume de rosas de verdade e de tudo que é feito com elas, incluindo o hidrolato. Como não sou fã do aroma do óleo essencial de tea tree, fiquei contente ao notar que ele não fica muito destacado nesse produto. Devido à diluição, o Cleanser pode ser usado até por mulheres grávidas, de acordo com a seção de perguntas e respostas da sua página. Cada produto tem uma seção assim no final de sua respectiva página virtual, logo abaixo das avaliações de clientes.

A forma de usar é descomplicada: basta agitar o frasco, passar o produto na pele com um algodão e enxaguar com água morna. Costumo fazer os dois primeiros passos pouco antes de entrar no banho, e enxáguo no chuveiro. O algodão utilizado pode estar em forma de chumaço, de disco ou de tecido; todas essas opções funcionaram bem.

A minha pele é mista (oleosa no nariz e no queixo, normal no resto do rosto, com uma certa tendência ao ressecamento das bochechas nos dias mais frios ou secos) e atópica, e fica limpa e equilibrada com duas aplicações de Cleanser por vez, usando a frente e o verso do algodão. Como sempre fui condicionada a associar higiene com bolhas de sabonete, me espantei ao ver que algo tão fluido e sem espuma possa dar um resultado tão positivo. Segundo a marca, é adequado para peles problemáticas e peles sensíveis. Não contém álcool. Uso na área dos olhos sem problemas.

Além disso, rendeu muito comigo: seis meses de uso diário, usando duas vezes ao dia. Virando o frasco apenas uma vez sobre o algodão, já se obtém uma quantidade que para mim é suficiente, inclusive para remover maquiagem da pele. Só não testei o produto para tirar máscara para cílios, pois não costumo usá-la. De todo modo, a S.W. Basics tem um demaquilante específico para essa finalidade, o Makeup Remover.

Vem num vidro incolor, com tampa preta de metal e rótulos também pretos. O Cleanser em tamanho normal custa US$22,00 e tem 118ml. É possível adquirir uma miniatura de 30ml por US$12,00. Ambos também estão disponíveis em conjuntos. O prazo de validade é de 24 meses, e é recomendado usar essa loção de limpeza facial em até 8 meses após a abertura da embalagem. Eventuais dúvidas são respondidas preferencialmente por email: hello@swbasicsofbk.com.

Embora o site da empresa faça envios para o mundo todo, incluindo o Brasil, a própria marca indica outros revendedores para compras internacionais, até por causa do frete mais em conta. Um deles é a Target, que trabalha com os produtos da S.W. Basics tanto nas lojas físicas quanto na loja online.

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LEIA TAMBÉM:

“Resenha: Sabonete Argila Vermelha e Aloe Vera, da Reserva Folio”
“Resenha: Creme Facial Noturno de Rosas, da Ikove”
“Resenha: óleo corporal Violetta Body Oil e loção de limpeza facial Liquid Clay Cleanser, da Isa’s Restoratives”
“Meu relato sobre dermatite atópica e o uso de produtos naturais com ingredientes orgânicos”
“Por que tanta preocupação com a composição dos cosméticos?”
“Resenha: bálsamo para o corpo e o rosto Healing Bee Balm, da Big Island Bees (Série Havaiana)”

17 julho 2016

Resenha: óleo corporal Violetta Body Oil e loção de limpeza facial Liquid Clay Cleanser, da Isa’s Restoratives

Depois da experiência bem-sucedida com o bálsamo para o rosto Blue Beauty Balm, quis conhecer outros produtos da marca norte-americana Isa’s Restoratives, fundada por Isa Brito, uma herbalista brasileira que mora no Brooklyn, Nova York. Tenho utilizado os seus cosméticos orgânicos regularmente desde dezembro de 2015, e estou muito impressionada com a performance, as fórmulas, as texturas, as fragrâncias, as cores, o atendimento, as embalagens.

Violetta Body Oil e Liquid Clay Cleanser, da Isa's Restoratives
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

VIOLETTA BODY OIL

De todos os óleos corporais que já tive a oportunidade de usar até o momento, o mais surpreendente é com certeza o Violetta Body Oil (Óleo Corporal de Violeta, em português). O ingrediente-chave é a violeta (Viola odorata), cujas folhas são selecionadas na floresta e colhidas à mão pela própria Isa, e depois maceradas em óleos vegetais orgânicos e ricos em nutrientes.

De acordo com o site da marca, as folhas de violeta apresentam uma ação emoliente e anti-inflamatória, promovem uma suave desintoxicação ao estimular levemente a circulação linfática, e sua mucilagem nutre a pele ao mesmo tempo em que proporciona um acabamento acetinado e não gorduroso. Os óleos essenciais orgânicos de petitgrain, cedro e néroli trazem propriedades revigorantes e compõem um perfume deliciosamente incomum, herbáceo e lenhoso, de intensidade e durabilidade moderadas, que me faz querer reabrir o frasco o tempo todo.

E o Violetta Body Oil realmente cumpre o prometido. Seguindo as instruções da Isa’s Restoratives, espalho uma pequena quantidade do óleo no corpo ainda um pouco úmido, logo após o banho, e fico com a pele tão bem tratada e sequinha ao toque que esse é o meu hidratante preferido para encontros especiais. Apesar de ser um óleo, não deixa a pele brilhosa, e sim acetinada mesmo, além de hidratada o dia inteiro. É um produto único, inclusive na escolha dos quatro óleos vegetais presentes na sua composição: farelo de arroz, semente de uva, semente de cártamo e rosa mosqueta (todos orgânicos).

O óleo na verdade é mais esverdeado do que parece na foto, que foi tirada num dia bem ensolarado. A tonalidade é linda, e verde sempre foi a minha cor favorita. Vem num frasco de vidro fosco e incolor, com um rótulo que se mantém branco mesmo com o uso. A embalagem é sóbria e funcional.

Assim como todos os produtos da marca, não contém parabenos, ftalatos, fragrâncias sintéticas, corantes artificiais e nenhuma das demais substâncias polêmicas que costumo evitar. É orgânicoveganosem glúten e sem testes em animais. Copiei abaixo a lista de ingredientes, e acrescentei os termos correspondentes em português.
Rice bran oil* / óleo de farelo de arroz*, grape seed oil* / óleo de semente de uva*, safflower seed oil* / óleo de semente de cártamo*, violet leaves*** / folhas de violeta***, rosehip oil* / óleo de rosa mosqueta*, rosemary extract* / extrato de alecrim*; essential oils of cedarwood* / óleos essenciais de cedro*, petitgrain* / petitgrain*, neroli* / néroli*.
Vegan, gluten-free / vegano, sem glúten.
* Organic / * orgânico.
*** Wild harvested / *** colhido em seu habitat natural.
O prazo de validade é de aproximadamente 12 meses, podendo variar de acordo com as condições de uso e o clima. Caso ocorra uma viagem e o cosmético seja deixado em casa por semanas, a Isa recomenda que ele seja guardado na geladeira, para atrasar qualquer tendência de os óleos tornarem-se rançosos, principalmente em lugares quentes.

Está disponível em dois tamanhos: o normal (com 120ml) custa US$64,00 e o travel size (com 30ml) custa US$18,00, na loja virtual da empresa (https://www.isaskin.com/). A multimarcas Aurora Beauty (https://www.aurorabeauty.com/; mais informações em “Loja virtual: Aurora Beauty”) também trabalha com os produtos da Isa’s Restoratives. Ambas fazem entregas no Brasil, além de vários outros países.

A minha embalagem tem um tamanho intermediário, de 60ml. Recebi da marca para experimentar, gratuitamente. Quero comprar outro vidro quando o meu Violetta Body Oil estiver perto de acabar. Como o preço é bem alto, vou ficar atenta para eventuais promoções, que são divulgadas no Instagram. Mesmo quem não tem conta no aplicativo consegue acessar as imagens e os textos, em https://www.instagram.com/isaskincare/.

A foto a seguir está sendo veiculada com autorização da Isa Brito; achei interessante mostrar que tipo de violeta (Viola odorata) ela utiliza nesse produto. Diferente da violeta africana (Saintpaulia ionantha comumente usada em decoração de interiores , possui valor medicinal. É chamada também de violeta-de-cheiro, violeta-perfumada e violeta-inglesa, entre outras denominações.

Folhas de violeta (Viola odorata)
Clique na imagem para ampliar [Foto de Isa Brito]

LIQUID CLAY

Quando li a descrição do Liquid Clay Cleanser (Loção de Limpeza de Argila Líquida, em português), fiquei curiosa e comprei uma miniatura, junto com outros produtos. Chegaram pelo correio em segurança, muito bem embrulhados, e cada item veio dentro de um saquinho de tecido, com a logomarca estampada e uma etiqueta de papel com o nome de cada produto escrito à mão. Cada saquinho foi costurado de um jeito tão caprichado que vejo que vai durar anos, e pode servir para proteger cosméticos em viagens.

O site da Isa’s Restoratives apresenta o Liquid Clay Cleanser como um produto que demaquila e limpa o rosto com eficácia e ao mesmo tempo não deixa a pele ressecada. O ingrediente em destaque é a argila verde francesa, que remove impurezas, ativa a circulação sanguínea, tonifica, refresca e está repleta de minerais benéficos.

A seção de protocolos faciais fala sobre outros ingredientes importantes. O óleo de semente de cártamo orgânico, rico em ácido linoleico, favorece a dissolução do sebo, desobstruindo os poros e equilibrando peles com tendência à acne. As propriedades antioxidantes do extrato de chá verde orgânico auxiliam no combate aos radicais livres e ajudam a evitar a descoloração da pele. O óleo essencial de erva-doce orgânica é tonificante para a pele e melhora o tecido conjuntivo. Essa é a lista de ingredientes, veganasem glúten e sem testes em animais, com os termos traduzidos para o português:
Lavender hydrosol* / hidrolato de lavanda*, alcohol free witch hazel / hamamélis sem álcool, distilled water / água destilada, french green clay / argila verde francesa, kaolin clay / caulim, safflower seed oil* / óleo de semente de cártamo*, green tea extract* / extrato de chá verde*, glycerin / glicerina, olive wax / cera de oliva, fennel essential oil* / óleo essencial de erva-doce*, radish ferment filtrate / filtrado de rabanete fermentado, grape spirits* / destilado de uva*.
Vegan, gluten-free / vegano, sem glúten.
* Organic / * orgânico.
A consistência é de um líquido relativamente denso, agradavelmente homogêneo e sem qualquer sinal de aspereza, apesar de conter argilas. Achei o rendimento muito bom  menos de uma colher de café é suficiente para massagear o meu rosto todo com os dedos molhados. Após tirar os resíduos com um pouco de algodão seco e enxaguar com água morna, a pele de fato fica limpa, fresca e macia. Também é possível deixar a loção agir por um tempo mais longo, como se fosse uma máscara.

A cor do Liquid Clay Cleanser é cinza, de argila mesmo. Assim como o Violetta Body Oil, vem num frasco de vidro fosco, com rótulo branco e letras pretas, e uma tampa firme, que não vaza nunca. Vou reaproveitar com certeza, quando estiver vazio. O prazo de validade gira em torno de 12 meses. Também está disponível em dois tamanhos: o normal (com 120ml) custa US$44,00 e o travel size (com 30ml) custa US$15,00, na loja virtual da Isa’s Restoratives (https://www.isaskin.com/). E pode ser encontrado na multimarcas Aurora Beauty (https://www.aurorabeauty.com/; mais informações em “Loja virtual: Aurora Beauty”). Os envios são feitos para um grande número de países, incluindo o Brasil.

Informações adicionais sobre a marca e a sua proprietária podem ser encontradas em “Resenha: bálsamo para rosto Blue Beauty Balm, da Isa’s Restoratives”. Qualquer dúvida sobre os produtos pode ser tirada pelo email info@isasrestoratives.com.

OBSERVAÇÃO: Conforme informei nesse texto, o Violetta Body Oil foi gentilmente enviado pela marca, sem custo algum. Escrevi essa resenha e adquiri outros produtos por conta própria, como o Liquid Clay Cleanser, porque fiquei efetivamente muito satisfeita com os resultados.

ATUALIZAÇÃO, 01/08/2020: Em 2018, a marca Isa’s Restoratives passou a se chamar Isa Skin Care.

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LEIA TAMBÉM:

“Resenha: bálsamo para rosto Blue Beauty Balm, da Isa’s Restoratives”
“Resenha: Liquid Gold Facial Serum, da Isa’s Restoratives”
“Resenha: óleo corporal Rose Body Oil, da Dr. Hauschka — para adultos, crianças e bebês”
“Resenha: Sabonete Argila Vermelha e Aloe Vera, da Reserva Folio”
“Resenha: óleo de jojoba orgânica, da Balm Balm e da Desert Essence, e óleo de coco orgânico, da Dr. Orgânico — para o cabelo, o corpo e o rosto”

21 abril 2015

Resenha: Sabonete de Calêndula, da Ewé

Não me canso de cheirar o Sabonete de Calêndula, da marca artesanal e brasileira Ewé, e um detalhe importante é o fato de que esse é um produto sem perfume. Cosméticos naturais sem fragrância adicionada não são inodoros, eles possuem o cheiro natural do conjunto de ingredientes utilizados. Geralmente, para mim esse cheiro apenas “faz sentido”, e não me incomoda. O caso do Sabonete de Calêndula é diferente: ele tem um aroma discreto e agradável que eu efetivamente tenho vontade de voltar a sentir.

Sabonete de Calêndula, da Ewé
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Mona Soares, a fundadora da Ewé, produziu esse sabonete após ter feito um curso vivencial de plantas medicinais, em São Gonçalo do Rio das Pedras, Minas Gerais. A fórmula do sabonete inclui flores de calêndula orgânica trazidas de lá. O texto “Calêndula: a flor feita de sol”, do blog da Ewé, tem informações sobre as propriedades terapêuticas dessa planta tão empregada em cosméticos naturais e medicamentos fitoterápicos. A calêndula não deve ser usada internamente durante a gravidez. Na pele, é anti-inflamatória, antisséptica, regeneradora celular, cicatrizante suave e emoliente.

Sabonete de Calêndula me proporciona uma ótima sensação de limpeza balanceada, e me surpreendeu ao deixar o meu cabelo mais brilhante. É excelente para a minha pele seca do corpo, a pele mista do meu rosto e o meu cabelo normal, com uma certa tendência à oleosidade. Nos últimos anos, o uso sistemático e exclusivo de produtos naturais e com ingredientes orgânicos tem equilibrado essas diversas características de modo muito interessante — e de quebra reduziu drasticamente a quantidade de coisas necessárias no boxe do meu banheiro. Esse sabonete também é ideal para fazer a higiene da região íntima e para depilar as pernas, é possível que funcione bem para barbear. Pode ser utilizado também por crianças (ATUALIZAÇÃO, 22/06/2015: e também por bebês, segundo a descrição na loja virtual da marca).

A composição desse item 100% natural, artesanalvegano, cruelty-free e com uma quantidade expressiva de ingredientes orgânicos está copiada abaixo.
Óleos vegetais saponificados (palma*, licuri*, oliva e cupuaçu*), glicerina vegetal, tintura e pétalas de calêndula*, oleorresina de alecrim, resina de benjoim.
* Ingredientes orgânicos. 
Sabonete de Calêndula foi preparado pelo método hot process. No texto “Produção de sabonetes naturais artesanais: diferenças entre os métodos ‘a quente’ e ‘a frio’”, Mona explica algumas diferenças entre os métodos cold process e hot process. A grande maioria dos sabonetes que uso e menciono aqui no Tantas Plantas é elaborada pelo método de saponificação a frio; com esse Sabonete de Calêndula, pude conhecer um belo exemplar do método de saponificação a quente.

Sabonete de Calêndula, da Ewé
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Acho bonita a aparência rústica que o método hot process dá aos sabonetes. A coloração amarela do Sabonete de Calêndula se distribui de maneira irregular, com um efeito marmorizado que é acentuado pelas pétalas de calêndula que foram incorporadas ao sabonete. A barra mostrada nas fotos mede 6cm de comprimento, 6cm de altura e 3,3cm de espessura. O peso mínimo indicado na embalagem é de 110g. Por ser um artigo feito à mão, podem ocorrer pequenas variações entre um sabonete e outro. A validade é de 12 meses.

Rende vários banhos e várias lavagens do meu cabelo, e é ideal para viagens, por ser multifuncional (ocupa muito menos espaço) e sólido (diante da restrição de géis e líquidos na bagagem de mão). Forma uma espuma bem deslizante e de bolhas relativamente grandes. Convém manter o sabonete em recipiente drenado, que o deixe fora do contato direto com a água.

Duplamente embalado, o sabonete é primeiro envolvido num papel fino e branco, depois é embrulhado com um papel verde bem claro, enfeitado com palavras e desenhos carimbados de azul. O rótulo mostra as informações mais fundamentais, como a lista completa de ingredientes.

Comprei logo duas unidades, por R$16,50 cada, e com pagamento em depósito bancário. Tudo foi combinado diretamente com a artesã, por email (ewealquimias@gmail.com). Na loja virtual da Ewé (http://ewe.tanlup.com/), o valor seria um pouco maior (mas não muito mais elevado), porque a loja online está localizada dentro de um portal e aceita cartão de crédito. O envio normalmente é feito pelo correio, de Salvador para todo o Brasil, em caixas cuidadosamente arrumadas. Os produtos da marca são preparados em lotes reduzidos, que eventualmente se esgotam. Para saber se e quando determinado item voltará ao estoque, costumo escrever um email para a Mona Soares.

Mais informações sobre a a marca já foram publicadas no texto “Resenha: Manteiga de Murumuru, da Ewé”.

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LEIA TAMBÉM:

“12 ingredientes que devem ser evitados”
“Resenha: Sabonete de Massoia, da Ewé”
“Resenha: Manteiga de Murumuru, da Ewé”
“Resenha: Água Cheirosa Abebé, da Ewé”
“Resenha: Condicionador de Castanha, da Ewé”
“Resenha: Sabonete Líquido Oliva & Aloe, da Sal da Terra”
“Resenha: produtos hidratantes da Linha de Calêndula da Weleda — para bebês e crianças (e adultos também)”

13 abril 2015

Resenha: Sabonete Líquido Oliva & Aloe, da Sal da Terra

Encontrar um sabonete líquido nacional sem as substâncias polêmicas que tenho evitado foi uma tarefa difícil, e agravada pelo fato de muitas das opções que se encaixam nesse requisito terem perfumes fortes demais para mim, mesmo sendo compostos por ingredientes naturais. O Sabonete Líquido Oliva & Aloe, da marca artesanal e brasileira Sal da Terra, foi um verdadeiro achado, e já repeti a compra várias vezes desde 2013. Trata-se de um sabonete líquido no estilo do clássico sabão-de-castela, produzido com óleos vegetais saponificados e sem o acréscimo de qualquer agente formador de espuma, como o lauril sulfato de sódio, entre tantos outros. É biodegradávelvegan, cruelty-freesem perfume.

Sabonete Líquido Oliva & Aloe, da Sal da Terra
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Assim como todos os produtos da Sal da Terra, é 100% naturalnão é testado em animais e não contém substâncias sintéticas, derivados do petróleo, parabenos, BHT/BHA, liberadores de formol, sulfatos, corantes artificiais. A lista de ingredientes, extremamente sucinta, está copiada a seguir.
Óleos saponificados de oliva extravirgem, de palmiste orgânico e kosher, e de mamona; extrato botânico de Aloe vera; e vitamina E vegetal.
Tem uma cor muito clara, transparente, e uma consistência bem rala, nada parecida com a dos sabonetes líquidos convencionais. É bastante fácil de espalhar e enxaguar, por isso rende bem, mesmo com uso frequente. Por ser extremamente deslizante, gosto de usá-lo para depilar as pernas, e por isso imagino que possa servir para fazer a barba também.

A espuma é muito discreta, mas eficiente. Deixa a pele limpa, sem ressecá-la. Aqui em casa, o Sabonete Líquido Oliva & Aloe tem sido muito usado para lavar as mãos. É suave, hidratante e apropriado tanto para a limpeza do corpo quanto do rosto, das mãos e da região íntima. É indicado também para crianças.

Pode funcionar como base para aromaterapia. Não há fragrância adicionada, no entanto convém informar que esse produto possui um cheiro que remete aos óleos vegetais da sua composição, e por sinal está mais para cheiro de sabão do que para cheiro de sabonete. A Sal da Terra oferece outras opções de sabonete líquido que já vêm aromatizadas.

Está custando R$ 25,50 na loja online da marca (http://www.saldaterrasaboaria.com.br/). A embalagem antigamente era de plástico transparente, depois mudou para outra, mais resistente e de plástico âmbar bem escuro, que é melhor para evitar que o produto se estrague com a incidência de luz. Vem com 250ml de sabonete líquido e uma boa válvula pump, associada a uma trava que evita vazamentos. É uma embalagem ótima para reutilização. O rótulo é simples, e na minha última compra veio um pouco diferente, mas na mesma linha do rótulo que aparece na foto acima. A validade é de 12 meses.

Sal da Terra foi fundada em 2009 por Aline Bolzan, uma farmacêutica e especialista em acupuntura, mestre em ciências farmacêuticas e atualmente doutoranda em nanociências. Seu amor pelas plantas, seus aromas e suas propriedades fica evidente nos produtos e no site da marca, assim como a dedicação e a gentileza de Aline sempre fazem parte da sua comunicação com os(as) clientes. Dúvidas, sugestões, críticas e elogios podem ser enviados para o email saldaterrasaboaria@yahoo.com.br. As novidades são divulgadas no Facebook: https://www.facebook.com/saldaterra.saboarianatural.

As encomendas são despachadas da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e são entregues em todo o Brasil, pelo correio, via PAC ou Sedex. Chegam com um brinde delicado e atencioso, como uma miniatura de algum produto ou uma fatia de bucha vegetal, por exemplo. A loja virtual inclui um desconto automático de 5% nas compras pagas por depósito bancário, e oferece frete gratuito para compras acima de R$ 200,00. Os pagamentos podem ser feitos por cartão de crédito, boleto bancário e depósito em conta corrente.

Outra resenha sobre o Sabonete Líquido Oliva & Aloe pode ser lida no blog Projeto Beleza Saudável.

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“Resenha: Bálsamo Emoliente Contorno dos Olhos, da Sal da Terra — para lábios, bochechas e sobrancelhas também”
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“Resenha e loja virtual: desodorante Soapwalla Deodorant Cream”
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