Mostrando postagens com marcador vegano. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador vegano. Mostrar todas as postagens

21 dezembro 2021

Resenha: Protetor Solar Facial Mineral FPS 35, da Souvie

Cresci nos anos 1970 e 1980, e fui apresentada ao padrão de beleza da época, no qual o ideal era ter a pele bem bronzeada, queimada de sol. Sempre vivi em cidades litorâneas, fui à praia com frequência quando era bebê e na infância fiz aulas de natação por vários anos, geralmente sem usar protetor solar. Na adolescência, a utilização de filtro solar se tornou mais comum na minha família, mas ainda assim ocorria somente quando íamos a uma cachoeira, à praia ou à piscina.

Antes tarde do que nunca, porém todo o excesso de sol sem proteção adequada que eu havia tomado quando era bebê, criança e adolescente já tinha ficado registrado na minha pele, sob a forma de sardas. Comecei a tentar usar mais filtro solar no final da adolescência, às vezes com mais sucesso e às vezes com menos, e a partir do ano 2000 passei a ir à praia e à piscina apenas esporadicamente. Me divirto quando vou, mas não tenho vontade de fazer essas atividades tanto quanto antes. Desde então, procuro evitar os horários de sol forte, entre 10h e 16h.

Protetor Solar Facial Mineral FPS 35
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Felizmente, nos últimos anos estou mais disciplinada e uso protetor solar no rosto, no pescoço e nas orelhas todos os dias, mesmo quando não saio de casa, porque o apartamento onde moro recebe muita claridade e eu fico longas horas exposta à luz azul que é emitida pela tela do computador e de outros aparelhos eletrônicos.

Um ponto que sempre é ressaltado na questão da utilização de filtro solar é a quantidade aplicada. Não adianta passar só um pouco, porque desse modo o fator de proteção solar indicado no rótulo não será alcançado, e a pele continuará desprotegida. Por outro lado, praticamente todos os filtros solares que já experimentei — tanto os convencionais quanto os naturais — deixaram meu rosto brilhante quando coloquei uma quantidade maior, e algumas vezes o efeito era duplo: pele brilhante e esbranquiçada. Um jeito de contornar esse problema é usar um pó facial com cor logo após passar o protetor solar, mas em determinados casos nem isso funciona.

Fiquei impressionada com o Protetor Solar Facial Mineral FPS 35, um novo produto da marca brasileira Souvie. Além de ser o primeiro protetor solar orgânico certificado pela Ecocert Greenlife no Brasil e possuir o selo Cosmos Organic, este filtro físico oferece proteção contra raios UVA, raios UVB e luz visível, apresenta FPS 35 e PA+++, é elaborado com óxido de zinco não-nano, não contém ingredientes de origem animal, não foi testado em animais, conta com ativos calmantes e antioxidantes, como o extrato de babosa e o bisabolol, é rapidamente absorvido, proporciona um toque seco e cumpre totalmente a promessa de não deixar resíduos brancos na pele. É seguro para os corais, e o fornecedor do óxido de zinco não-nano é membro da Coral Reef Alliance. Este filtro solar é hipoalergênico e dermatologicamente testado. Não tem perfume.

Me surpreendeu muito o acabamento agradável, que deixa a pele sequinha, nem um pouco brilhosa e nem esbranquiçada, mesmo passando bastante filtro solar. Não sinto nenhuma necessidade de passar pó facial logo em seguida e nem depois.

A consistência deste protetor solar é de loção cremosa, a tonalidade é branca e a textura é homogênea. No instante da aplicação, o rosto fica branco e ganha uma aparência e uma sensação de pele fresca e úmida, mas em dois a três minutos o filtro se torna completamente transparente e o rosto realmente não fica melado. Até neste calor de fim de ano, aqui no Rio de Janeiro, a minha pele mista e atópica tem permanecido sem excesso de oleosidade e sem irritações. Além de tudo isso, o produto é fácil de reaplicar e não transfere.

Perguntei ao SAC da Souvie se o Protetor Solar Facial Mineral FPS 35 poderia ser utilizado nos lábios e ao redor dos olhos, e me responderam que sim. Estou muito satisfeita com o resultado nessas áreas também. Fica confortável nos lábios e não incomoda os olhos. Passo hidratante no rosto, em volta dos olhos e no pescoço antes do filtro solar, e uso protetor labial depois do filtro solar. No rosto, a marca recomenda a utilização da quantidade obtida ao se apertar a válvula do protetor solar até o final. Tiro mais uma quantidade equivalente para passar no pescoço, nas orelhas e na parte do colo que estiver exposta no dia.

A embalagem é reciclável, resistente, prática e bonita; ótima para transportar na bolsa ou na mochila e reaplicar o filtro solar fora de casa. O tubo é feito de alumínio, pintado com um tom de areia, tem uma válvula de plástico branco e uma tampa de plástico incolor. O metal bloqueia a passagem de luz do ambiente para o produto e a válvula reduz a possibilidade de elementos externos contaminarem o filtro solar. Vem em uma caixinha de papel na cor salmão, com delicados detalhes vermelhos e dourados, lacrada e impressa com todas as informações pertinentes, incluindo instruções para o uso correto e orientações sobre reaplicação.

A lista de ingredientes é 99,7% natural, 100% vegana e 47,8% proveniente da agricultura orgânica. Não contém parabenos, óleo mineral, silicone, petrolatos, fragrância sintética, corantes, ftalatos, sulfatos. Copiei a composição logo a seguir, acrescentando os termos correspondentes em português.
Pelargonium graveolens flower water* / água floral de gerânio*, zinc oxide / óxido de zinco, undecane / undecano, caprylic/capric triglyceride / triglicerídeo caprílico/cáprico, tridecane / tridecano, propanediol / propanodiol, silica / sílica, polyglyceryl-6 polyhydroxystearate / poligliceril-6 poli-hidroxiestearato, pentylene glycol / pentilenoglicol, magnesium sulfate / sulfato de magnésio, polyhydroxystearic acid / ácido poli-hidroxiesteárico, polyglyceryl-6 polyricinoleate / poligliceril-6 poli-ricinoleato, Aloe barbadensis leaf juice* / sumo de folha de babosa*, pullulan / pululano, fructose / frutose, xantham gum / goma xantana, tocopherol / tocoferol, aqua / água, bisabolol* / bisabolol*, polyglycerin-6 / poliglicerina-6, glycerin / glicerina, sorbitol / sorbitol, sodium benzoate / benzoato de sódio, Withania somnifera root extract* / extrato de raiz de ginseng indiano, benzoic acid / ácido benzoico, trehalose / trealose, Acacia senegal gum / goma acácia, potassium sorbate / sorbato de potássio, citric acid / ácido cítrico.
* Ingrediente proveniente da agricultura orgânica.
Lançado oficialmente em 29/11/2021, estava disponível para pré-venda desde 16/11/2021, com um desconto especial. Comprei uma unidade nessa fase de pré-venda, e gostei tanto que comprei mais uma unidade logo em seguida, para a minha filha adolescente, que também passa filtro solar todos os dias. Estou usando o Protetor Solar Facial Mineral FPS 35 diariamente, há 28 dias. Atualmente está custando R$170,00, e vem com 60g. A validade é de 24 meses. A empresa recomenda que o produto seja utilizado dentro de 12 meses a partir da data de abertura do frasco.

A marca Souvie foi lançada em 2015, por Caroline Villar e Breno Bittencourt. Tudo se iniciou com um grande interesse por saboaria natural, um hobby que começou a inspirar ideias de empreendedorismo. Quando Caroline engravidou de trigêmeos, encontrou poucas opções nacionais de cosméticos com ingredientes seguros para gestantes e para bebês. Assim foi idealizada a Souvie, que hoje conta com uma ampla gama de produtos, divididos em ciclos da vida: Materna, Recém-nascido, Bebê, Kids, 18/25, 25/45, 45/60, Homem 18/50, Linha Viva e Linha Solar.

Todos os hidrolatos e óleos essenciais dos produtos da Souvie são cultivados, colhidos e destilados na Fazenda São Benedito, uma propriedade dos sócios que fica localizada em Bom Sucesso de Itararé, no interior do estado de São Paulo. A fazenda é certificada pelo IBD e reconhecida pela Ecocert. Nesse município, a fazenda mantém um espaço no qual é feito um trabalho de cuidado social, voltado para as crianças que moram na cidade. Lá elas recebem alimentação, atividades oferecidas no contraturno escolar e serviço odontológico.

Todos os produtos da marca são certificados orgânicos e são feitos em uma fábrica própria, situada em Itupeva, interior de São Paulo. A estrutura foi projetada para favorecer o uso de luz natural, reduzindo muito o consumo de luz elétrica. A água da chuva é captada e utilizada nas descargas e na irrigação do jardim. A Ecocert Greenlife audita todo o processo de fabricação e avalia também os fornecedores das matérias-primas.

As embalagens dos produtos da Souvie são compostas primordialmente de alumínio, tratado de forma a não haver interação entre o metal e o conteúdo. Quando as embalagens não são desse material, elas são de vidro. Todos os cartuchos são feitos de papel, assim como as caixas de presente e a sacolas.

Em vez das convencionais proteções feitas de plástico, as caixas das encomendas são recheadas com fibrilha de algodão, um material natural, compostável e biodegradável que costuma ser descartado pela indústria têxtil. Às vezes um pouquinho de fibrilha entra na caixa de algum produto, mas é bem pouco mesmo, e não vejo um grande problema nisso.

Já entrei em contato com a empresa por telefone (0800 777 4593), WhatsApp (11 94002-3552) e email (sac@souvie.com.br), e em todas as vezes fui atendida com muita simpatia e eficiência. Sou cliente da Souvie desde o início de 2019. Compro para mim mesma, para minha filha e para presentear. Todos os meus pedidos têm sido entregues com muita rapidez.

Souvie vem se expandindo, e conta com pontos físicos de venda e parcerias com outras lojas, além de comercializar seus produtos no exterior. De todo modo, o mercado brasileiro continua sendo o foco principal. A empresa cria promoções interessantes com regularidade, divulgadas nas redes sociais e em newsletters enviadas por email, tem um programa de pontos e oferece um desconto na primeira compra, com o seguinte cupom: BEMVINDO. A loja virtual (https://www.souvie.com.br/) faz envios para todo o Brasil.

14 junho 2021

Resenha: cremes Hidratação Intensa Lavanda e Hidratação Intensa Capim-Limão, da Alma Lavada

Já se tornou um hábito: logo antes de dormir, passo o creme Hidratação Intensa Lavanda, da marca brasileira Alma Lavada, nas mãos, nos braços e nos cotovelos. Tem sido assim desde setembro de 2020, e esse gesto proporciona hidratação e conforto para a minha pele seca, além de relaxar a cabeça com a presença do óleo essencial de lavanda na formulação. Faz parte da rotina noturna da minha filha também. Nós duas gostamos tanto desse produto que atualmente estamos usando o nosso terceiro pote, e já compramos mais um.

Hidratação Intensa Lavanda, da Alma Lavada
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

O creme contém duas manteigas vegetais, benéficas para a pele e provenientes de manejo sustentável na Amazônia: manteiga de cupuaçu e manteiga de cacau. De consistência espessa e cor bem clara, tem ótima absorção e é fácil de aplicar.

Usamos esse produto desde a sua versão anterior, que contava também com manteiga de murumuru. A versão atual substituiu a manteiga de murumuru pelo óleo de semente de girassol, prensado a frio. Gosto muito da manteiga de murumuru, e fiquei contente em perceber que essa alteração não diminuiu a eficácia do cosmético.

A fórmula também inclui água deionizada, e o equilíbrio entre esse elemento aquoso e as manteigas de cacau e de cupuaçu, além do óleo de girassol, faz com que a minha pele atópica fique realmente hidratada e nutrida, por um tempo prolongado. Isso é especialmente importante no clima mais seco e frio do outono do Rio de Janeiro, quando as peles secas e as peles sensíveis tendem a sofrer mais. Nessa época, tenho usado o creme Hidratação Intensa Lavanda também nos joelhos e nas pernas (áreas nas quais tenho maior tendência ao ressecamento), capricho nas cutículas e nas unhas, e eventualmente aplico o creme durante o dia também.

A lista de ingredientes é natural e vegana. Está copiada a seguir, conforme consta no rótulo. O produto não é testado em animais.

Água deionizada, manteiga de cupuaçu, manteiga de cacau, óleo de girassol, cera emulsificante, álcool cetílico, glicerina vegetal, óleo essencial de lavanda, vitamina E, conservante livre de parabenos, óleo-resina de alecrim.

A cera emulsificante utilizada é o Olivem 1000, composto de olivato de cetearila (cetearyl olivate) e olivato de sorbitano (sorbitan olivate) e aprovado pela Ecocert para cosmética natural. O conservante livre de parabenos é o Nipaguard, que consiste numa mistura de caprilato de sorbitano (sorbitan caprylate), propanodiol (propanediol) e ácido benzoico (benzoic acid) e também é aprovado pela Ecocert para cosmética natural. Todas essas substâncias possuem a melhor nota de segurança na base de dados do EWG (Environmental Working Group).

A marca oferece também o creme Hidratação Intensa Capim-Limão. A lista de ingredientes é a mesma, mas no lugar do óleo essencial de lavanda consta o óleo essencial de capim-limão.

Água deionizada, manteiga de cupuaçu, manteiga de cacau, óleo de girassol, cera emulsificante, álcool cetílico, glicerina vegetal, óleo essencial de capim-limão, vitamina E, conservante livre de parabenos, óleo-resina de alecrim.

Na minha compra mais recente, perguntei se haveria a possibilidade de experimentar uma amostra desse creme com capim-limão. Recebi uma boa amostra, sem custo, e estou gostando muito de usar essa versão também.

Alma Lavada indica o creme Hidratação Intensa Lavanda para peles secas e sensíveis, e recomenda o creme Hidratação Intensa Capim-Limão para peles normais a secas. No primeiro, o perfume natural de lavanda é bastante presente, mas aparece de forma mais suave em comparação com o segundo, que apresenta o perfume natural de capim-limão com uma intensidade mais marcante.  

Tanto o creme Hidratação Intensa Lavanda quanto o creme Hidratação Intensa Capim-Limão custam R$68,00 e vêm em pote reciclável, de vidro transparente, com 150ml de creme, tampa branca de metal e rótulo de papel, graciosamente decorado. O prazo de validade é de 6 meses. O rendimento é muito bom. Uma pequena quantidade de produto é suficiente para cada parte do corpo.

Ambos são produzidos artesanalmente em Paty do Alferes, no estado do Rio de Janeiro, e enviados diretamente pela marca Alma Lavada, pelo Correio, para todo o Brasil. No caso da cidade do Rio de Janeiro, há entregas semanais, feitas por um motoboy. Os pedidos são feitos por WhatasApp. O catálogo e o número para contato estão disponíveis em https://linktr.ee/alma.lavada. Os sistemas de pagamento e de entrega são muito organizados. 

Os cremes e as loções hidratantes foram os primeiros produtos lançados pela Alma Lavada, e sua origem está ligada a uma questão pessoal de uma de suas fundadoras, Maíra Palha, que convivia com dermatite atópica desde a adolescência e queria criar algo que cuidasse da pele de forma eficiente e natural. Mais informações sobre a sua trajetória e as práticas da empresa, que ela dirige junto com seu marido Matheus Sanches, já foram publicadas no texto “Resenha: Óleo Corporal Lua Cheia, da Alma Lavada”.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

LEIA TAMBÉM:

“Resenha: Óleo Corporal Lua Cheia, da Alma Lavada”
“Resenha: Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru, da Trópica Botânica”
“Resenha: produtos hidratantes da Linha de Calêndula da Weleda — para bebês e crianças (e adultos também)”
“Resenha: Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier, da Najel (sabão de Alepo com 40% de óleo de bagas de loureiro)”
“Meu relato sobre dermatite atópica e o uso de produtos naturais com ingredientes orgânicos”

06 outubro 2020

Resenha: Óleo Corporal Acalmar, da Península

Quando conheci o catálogo da marca carioca e artesanal Península, os produtos feitos com óleo essencial de vetiver imediatamente atraíram a minha atenção. Encomendei o Óleo Corporal Acalmar, e ele logo se tornou uma peça indispensável na minha rotina de preparação para dormir. Traz uma tranquilidade terrosa e profunda como as raízes do vetiver, doce e perfumada como as flores da lavanda, fresca e radiante como as laranjas maduras. É um deleite olfativo, um óleo aromaterápico que melhora imensamente o meu estado de espírito.

Resenha: Óleo Corporal Acalmar, da Península
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Sua aplicação no corpo deixa a pele mais lisa e flexível. Estou notando uma grande diferença positiva, principalmente nos ombros, com 21 dias de utilização. Associado a automassagem, também alivia muito a sensação de peso que de vez em quando tenho nas pernas. No âmbito fisiológico, de acordo com a Aromaterapia, a sinergia desse produto conta com óleos essenciais que beneficiam peles secas e maduras, estimulam a renovação celular, apresentam propriedades anti-inflamatórias e regulam a retenção de líquidos.

Os óleos vegetais de amêndoa doce e de semente de uva, usados para diluir os óleos essenciais de vetiver, lavanda e laranja doce, fazem com que esse óleo de massagem tenha uma absorção muito boa. Eles também acrescentam ao produto as suas propriedades terapêuticas específicas.

Feito à mão, o Óleo Corporal Acalmar é 100% naturaltotalmente vegetal e cruelty-free. Copiei abaixo a composição informada pela marca.
Óleo de amêndoa doce, óleo de semente de uva*, óleo essencial de vetiver, óleo essencial de lavanda, óleo essencial de laranja doce, oleorresina de alecrim.

* Ingrediente orgânico.

O óleo de semente de uva e os óleos essenciais de vetiver e de laranja doce são de origem brasileira, um ponto muito importante na valorização da produção local de alta qualidade. O óleo de semente de uva é certificado orgânico pela Ecocert. O óleo essencial de lavanda vem da Bulgária.

Além de usar o Óleo Corporal Acalmar para fazer massagens antes de adormecer, gosto de começar o processo bem antes, inalando o aroma do produto em eventuais pausas no decorrer do dia e misturando o óleo à loção hidratante que passo no corpo todo logo após o banho do início da noite. Tento levar a intenção de imprimir tranquilidade ao dia como um todo, em vez de limitar sua presença a um único momento.

Gestantes, lactantes, crianças, idosos e todas as pessoas cuja saúde requeira algum cuidado adicional devem confirmar suas escolhas de produtos de higiene, perfumes e cosméticos com um(a) bom(a) profissional da área médica.

A embalagem é de vidro azul escuro, reciclável, com capacidade para 50ml e uma tampinha de metal dourado. O rótulo nas cores violeta e cinza se destaca por sua elegância. Comprei por R$45,00. A validade foi estipulada em 4 meses, embora esse óleo de massagem possa permanecer bom para uso por mais tempo. De todo modo, é mais interessante utilizar qualquer produto quando ele está fresco.

O frescor, por sinal, é uma característica muito presente na dinâmica de produção da Península. Cada cliente faz a sua encomenda por email (universopeninsula@gmail.com) ou por mensagem privada no Instagram (@__peninsula), efetua o pagamento por transferência bancária e recebe os produtos no seu endereço, numa data previamente comunicada. O atendimento é feito com muito carinho, atenção e simpatia. Atualmente, o catálogo deve ser solicitado por email; no futuro, ele ficará disponível para consulta direta.

Usar um cosmético que foi feito sob demanda, no mesmo dia da entrega ou poucos dias antes, é uma experiência especial. Essa experiência pode ser mais única ainda: além dos produtos fixos, a marca aceita pedidos personalizados, elaborando sinergias exclusivas e voltadas para desejos e necessidades particulares. Os itens que podem ser preparados de maneira individualizada são os óleos corporais, os cremes corporais, os perfumes terapêuticos e os sprays de ambiente.

Por enquanto, nesses tempos de pandemia, as entregas estão sendo realizadas apenas na cidade do Rio de Janeiro, mas já há clientes solicitando entregas em outras cidades, e a marca está planejando a viabilização desses envios.

Península foi idealizada por Laura Leite, no Rio de Janeiro. Formada em Serviço Social pela UFRJ, não exerceu a profissão; mesmo assim, essa graduação foi uma base importante para a sua trajetória. Trabalhou em diversos setores da área de Comunicação: algumas edições do Festival do Rio, Secretaria de Estado de Cultura, empresa distribuidora e programadora de audiovisual, assessoria de imprensa. Também estudou fotografia e fez alguns trabalhos nessa área. No final de 2016, saiu do seu último emprego. Estava decidida a fazer alguma coisa com as mãos, e passou três meses em Lisboa, onde fez dois workshops no Ar.co — Centro de Arte e Comunicação Visual.  

No início de 2017, começou a aprender cerâmica no Ateliê Taciana Amorim e se apaixonou pelo fazer manual. Já usava produtos naturais na limpeza da casa e cosméticos naturais em si mesma há bastante tempo, e quis entender mais sobre como eles são feitos. Aprendeu saboaria com Fernanda Telles e Alcir Blondet, uma experiência decisiva. Fez um curso de aromaterapia, adquiriu insumos e equipamentos, produziu sabões e cosméticos para si mesma e para presentear, fez mais cursos.

Lançou uma versão de teste da marca em 2018, passou a vender a preços baixos para amigas e amigos, pedindo retornos críticos para aperfeiçoar os produtos. Em 2019 se mudou para um imóvel maior, fez sua primeira participação numa feira em março de 2020, a Feira Fluida, e foi selecionada para a Feira Colmeia. O movimento de aprimoramento com outros cursos de formação continua acontecendo até hoje.

A bela identidade visual da Península foi criada pela designer Luiza Aché, uma grande amiga da Laura Leite. Representada em linhas puras e cores singulares, a Península foi oficialmente lançada logo em seguida, em dezembro de 2019.

Todas as matérias-primas são naturais ou aprovados para cosmética verde. Cada ingrediente utilizado na Península é cuidadosamente selecionado, de acordo com suas propriedades e a qualidade do trabalho de seus fornecedores. Muitos deles são produtores nacionais: manteigas e óleos vegetais provenientes da Amazônia — prensados a frio, extraídos de forma sustentável, sem pesticidas e fertilizantes —, óleos essenciais e hidrolatos cultivados também sem pesticidas e destilados em fazendas localizadas no interior do estado de São Paulo. Todos os óleos essenciais, hidrolatos, óleos e manteigas vegetais são puros, sem essências sintéticas.

Com exceção do bálsamo labial, que contém cera de abelha de manejo sustentável, todos os produtos são veganos e vêm em embalagens de vidro ou embrulhados em papel celofane de origem vegetal. Nenhum produto é testado em animais. As embalagens de vidro são retornáveis, e sua devolução gera um desconto na compra seguinte.

Por coincidência, Laura é uma leitora de longa data do Tantas Plantas. Trocamos uma porção de emails em 2014 e 2015, período no qual ela estava começando a pesquisar sobre cosmética natural. Já em agosto de 2020, entrei no perfil da Península no Instagram e me interessei muito pelos produtos. Ao ler elogios de clientes, encontrei o sobrenome que ela usava anteriormente, na época da nossa correspondência, e me dei conta de que a pessoa que fazia todos aqueles itens era justamente aquela leitora! Fiquei muito contente em ver que ela havia fundado uma marca de alquimias naturais e objetos de cerâmica. Já comprei alguns produtos e estou vendo ótimos resultados.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

LEIA TAMBÉM:

13 setembro 2020

Resenha: Óleo Corporal Lua Cheia, da Alma Lavada

A marca brasileira Alma Lavada foi uma das minhas melhores descobertas em 2020. Fundada em 2017 pelo casal Maíra Palha e Matheus Sanches, em Paty do Alferes, no estado do Rio de Janeiro, a empresa se apresenta como “uma marca de cosméticos naturais e artesanais que surgiu da necessidade incontrolável de viver uma vida mais respeitosa com a nossa natureza interior, o nosso planeta e os outros seres que aqui habitam”.

Óleo Corporal Lua Cheia, da Alma Lavada
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Um cosmético que me chamou a atenção desde o primeiro momento é o Óleo Corporal Lua Cheia, pela sua história e pela sua composição. No início da pandemia de covid-19, Maíra ficou bastante abatida, e Matheus formulou a sinergia utilizada nesse óleo aromaterápico para ajudá-la. Na descrição do produto no Instagram, ela explica que essa sinergia foi “criada para invocar potência, abundância, desejo pela vida, expressão do ser autêntico”. Maíra o batizou de Lua Cheia, e ele passou a fazer parte do catálogo da Alma Lavada em julho de 2020.

A composição é vegana, cruelty-freeorgânica e totalmente natural:
Óleo de semente de uva*, óleo essencial de alecrim, óleo essencial de pimenta rosa, óleo essencial de ylang ylang, oleorresina de alecrim.
* Ingrediente orgânico. 
O óleo de semente de uva é certificado orgânico pela Ecocert. Confere uma cor ambarada ao produto final. Deixa a pele acetinada, sem a sensação de excesso de oleosidade de alguns óleos vegetais mais pesados, é rapidamente absorvido e tem um toque muito agradável.

O óleo essencial de ylang ylang nunca esteve entre os meus favoritos, mas achei que a sinergia desse óleo de massagem poderia ser interessante. A combinação do óleo essencial de ylang ylang com os óleos essenciais de alecrim e pimenta rosa resultou num aroma instigante, exótico e tonificante. Sinto que ele me proporciona um ânimo diferente, um impulso que me auxilia a iniciar, desenvolver e concluir tarefas que vinham sendo repetidamente adiadas. Tem me trazido mais energia, constância e concentração.

Estou fazendo automassagem com o Óleo Corporal Lua Cheia no início da tarde, às vezes escolho o período da manhã. Me dedico mais às áreas do pescoço, da nuca, do peito e dos ombros.

De vez em quando também adiciono um pouco do óleo à loção hidratante a ser usada logo após o banho, e passo nos lugares em que a minha pele é mais seca: pernas, coxas e cotovelos. Costumo fazer esse tipo de mistura no inverno, nos dias em que a umidade relativa do ar encontra-se mais baixa.

A marca menciona que o Óleo Corporal Lua Cheia pode ser utilizado como reparador de pontas. Já que o meu cabelo é liso e não está ressecado, não adotei esse modo de aplicação, pois finalizadores em óleo geralmente dão um aspecto meio colado aos meus fios. Mesmo assim, esse produto pode atuar muito bem como reparador de pontas em cabelos com outras características.

No meu cabelo, preferi usar o óleo para fazer umectação, deixando uma pequena quantidade agir no meio do comprimento e nas pontas, por pelo menos meia hora, antes de lavar o cabelo. Os fios se tornaram mais macios e bonitos. Ficaram também ainda mais lisos do que normalmente já são.

Esse óleo corporal não é indicado para gestantes e pessoas hipertensas.

O rótulo foi encomendado ao Ateliê Ciranda, localizado na pacata cidade de Miguel Pereira. O trabalho das idealizadoras do ateliê, Isabel Svoboda e Carina Carreira, ficou lindo e especialmente delicado.

A embalagem é reciclável, de vidro azul escuro, com 50ml de óleo de massagem, tampa de metal dourado e rótulo de papel. Comprei por R$48,00. O prazo de validade é estimado em 6 a 8 meses, dependendo das condições de armazenamento. O produto deve ser protegido da luz, do calor e da umidade.  

Os pedidos podem ser feitos por WhatsApp; o número para contato está disponível em https://linktr.ee/alma.lavada. Tirei todas as dúvidas que eu tinha com a Maíra, que atende com muita agilidade, precisão e simpatia. A empresa envia para todo o Brasil, pelos Correios, e um motoboy faz entregas semanais na cidade do Rio de Janeiro. Moro no Rio, pude aproveitar essa modalidade e fiquei muito satisfeita com a sua praticidade.

A origem da Alma Lavada está ligada a uma demanda pessoal. Na adolescência, Maíra começou a ter manchas na pele, causadas por ressecamento — um quadro que perdurou por um longo tempo. Recebeu o diagnóstico de dermatite atópica e a recomendação de aplicar hidratantes diariamente, por toda a vida. Experimentou vários hidratantes disponíveis na época, inclusive os mais caros. Aos poucos foi entendendo as composições e pesquisando, até passar a produzir versões naturais, para uso próprio.

Após o nascimento do seu filho, Maíra pediu demissão da empresa na qual trabalhava, para estar perto do bebê. Ela e seu companheiro Matheus fizeram cursos juntos, formações em aromaterapia, formações em terapias corporais. Maíra começou a fazer atendimentos, mas não queria mais ficar na cidade grande.

Ela cresceu no Rio de Janeiro, no entanto vivia numa rua ao pé da floresta da Tijuca, numa casa. Na idade adulta estava morando num apartamento, longe da natureza, e isso não lhe fazia bem, então ela se mudou com Matheus e o filho para um sítio em Paty do Alferes. Fez a formação Gaia Education, na ecovila Terra Una, e um estágio como voluntária na empresa Bhava Biocosméticos. Decidiu criar uma marca para comercializar os hidratantes que ela já preparava para si e para suas amigas. A resposta foi ótima, e Maíra e Matheus elaboraram outros itens.

Todos os produtos são naturais e biodegradáveis, e não são testados em animais. Não contêm parabenos, substâncias derivadas de petróleo e fragrâncias sintéticas, entre outros componentes potencialmente nocivos. São utilizados óleos essenciais ou extratos de plantas em todas as fórmulas. Boa parte deles é adquirida diretamente de fornecedores criteriosamente selecionados e cujas plantações e instalações foram visitadas pessoalmente por Matheus e Maíra. As manteigas vegetais são trazidas por uma distribuidora de matérias-primas amazônicas provenientes de manejo sustentável. Alguns ingredientes são orgânicos, como o óleo de palma, que é proveniente de manejo sustentável também. Quase todas as embalagens são de vidro, além de serem retornáveis.

catálogo da Alma Lavada possui uma variedade bem equilibrada de cosméticos, produtos de higiene e perfumes para o corpo, o rosto, o cabelo e o ambiente. Coincidentemente, eu mesma tenho um histórico de dermatite atópica, controlada com a transição que efetuei para produtos orgânicos e naturais, além de outras práticas relacionadas a um estilo de vida mais saudável, com novas formas de lidar com o estresse. Já escrevi detalhadamente sobre esse assunto em “Meu relato sobre dermatite atópica e o uso de produtos naturais com ingredientes orgânicos”. Contar com uma marca nacional que inclui cosméticos que efetivamente atendem às necessidades da pele atópica tem sido maravilhoso.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

LEIA TAMBÉM:

05 setembro 2020

Resenha: Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio, da Fefa Pimenta

No início do mês passado, quando vi que a marca carioca Fefa Pimenta lançou o Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio, fiquei muito interessada e coloquei esse cosmético na minha lista mental de compras futuras. Fechei uma encomenda com outros itens, e para minha surpresa recebi de presente uma unidade justamente desse bálsamo, junto com os sabonetes que eu havia adquirido. Estou usando esse produto há exatamente um mês, todos os dias, e estou gostando tanto do seu efeito que já comprei outra unidade.

Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio, da Fefa Pimenta
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Preparado artesanalmente, pode ser utilizado no corpo, no rosto e no cabelo, e cumpre muito bem a sua proposta de nutrir e dar brilho a peles delicadas, maduras e ressecadas. Esse é o meu caso, e esse bálsamo tem se mostrado extremamente eficaz e versátil, trazendo maciez, tonicidade e regeneração para a pele e o cabelo.

Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio apresenta também os benefícios da aromaterapia. A combinação do óleo essencial de gerânio com o óleo essencial de patchouli e o odor característico do óleo de açaí ao fundo resulta num um aroma floral fantástico, inebriante, almiscarado e estimulante.

Minhas formas favoritas de usar esse produto são:
1. Nas mãos, cutículas e unhas, a qualquer hora do dia ou da noite.
2. No rosto, em massagens nas bochechas e na área ao redor da boca, pouco antes de dormir.
3. No corpo, misturando uma pequena porção do bálsamo ao creme ou à loção hidratante que eu for usar após o banho.
4. No cabelo, fazendo umectação no comprimento dos fios a cada dez dias, aproximadamente.
A formulação foi cuidadosamente desenvolvida para oferecer uma ação emoliente, antioxidante e anti-inflamatória. A lista de ingredientes é 100% natural e vegana, e não é testada em animais. Está informada no rótulo e no site da marca, da forma copiada abaixo.
Manteiga vegetal de cupuaçu, manteiga vegetal de manga, óleo vegetal de açaí, óleo essencial de gerânio, óleo essencial de patchouli.
Tanto a manteiga de cupuaçu quanto o óleo de açaí são oriundos de extrativismo sustentável, e são fornecidos por cooperativas da região Norte do Brasil. Já o óleo essencial de gerânio vem de um pequeno produtor do estado de Minas Gerais.

A consistência do bálsamo é deliciosa: firme o suficiente para se manter estável quando não está em uso, ao mesmo tempo que derrete rapidamente ao entrar em contato com o calor da pele. A coloração é naturalmente bege, com um leve subtom esverdeado, trazido pelo óleo de açaí.

A embalagem é um potinho de vidro transparente, com tampa dourada, lacrada com uma fita adesiva de papel. O rótulo também é feito de papel, com impressão colorida. Tem 30g e está custando R$38,40 na loja virtual da Fefa Pimenta (https://www.fefapimenta.com.br/). A validade é de 12 meses.

O pote é pequeno, mas o rendimento é ótimo. Como o produto é muito concentrado, quantidades mínimas bastam para cada aplicação.

A entrega aqui no Rio de Janeiro foi feita de bicicleta. Os envios também são feitos para todo o Brasil, pelo correio. Todas as encomendas da marca são embrulhadas sem plástico. Incluem a amostra de algum produto, um recadinho manuscrito e um cartão de papel que contém sementes que podem ser plantadas. O email para entrar em contato com a marca é falecom@fefapimenta.com.br.

Sou cliente frequente da Fefa Pimenta desde a sua fundação, em agosto de 2014. Seis anos de cosméticos, produtos de higiene e perfumes naturais, feitos com muito estudo, experiência, habilidade e responsabilidade. Já escrevi sobre as origens da marca em “Resenha: Sabonete Cupuaçu e Shampoo Sólido Castamuru, da Fefa Pimenta”.

OBSERVAÇÃO: Conforme registrei nessa resenha, o Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio foi gentilmente enviado pela marca, de presente. Escrevi essa resenha — e adquiri outra unidade do mesmo produto por conta própria — porque fiquei efetivamente muito satisfeita com os resultados.

22 agosto 2020

Resenha: Condicionador Orgânico Brilho Intenso Lavanda, da Urtekram

Elaborado com probióticos, extratos botânicos de babosa, lavanda, salgueiro e magnólia, ácido hialurônico, esqualeno e óleos essenciais, o Condicionador Orgânico Brilho Intenso Lavanda, da marca dinamarquesa Urtekram, é indicado para dar brilho, equilíbrio e hidratação a cabelos normais a secos. O resultado no meu cabelo são fios alinhados, brilhantes e macios.

Condicionador Orgânico Brilho Intenso Lavanda, da Urtekram
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Os cosméticos da Urtekram estão disponíveis no Brasil desde 2019, graças ao trabalho do Grupo Biouté, uma empresa nacional de importação e distribuição de produtos de beleza e cuidados naturais e orgânicos. É dirigida por Ananda Boschilia, empreendedora com 12 anos de experiência nesse nicho de mercado, e seus dois sócios, Alexandre e Carolina. A loja virtual https://www.bioute.com.br/ faz entregas em todo o país, pelo correio. O SAC é ágil, prestativo e eficiente; minhas dúvidas têm sido tiradas com rapidez e muita simpatia.

Fundada em 1972, numa pequena loja em Copenhague, a Urtekram é uma empresa pioneira nos ramos de cosméticos orgânicos, especiarias orgânicas e alimentos orgânicos. A unidade de produção também está localizada na Dinamarca, na cidade de Mariager. Todos os cosméticos da marca são certificados orgânicos pela Ecocert Cosmos Organic. As formulações são de origem 100% natural e não são testadas em animais. Além disso, os produtos são veganos, com selo da Vegan Society.

A composição desse condicionador de origem 100% natural contém 44% de ingredientes orgânicos ao todo, sendo 78% orgânica se forem descontados água e minerais. Copiei abaixo a lista completa de ingredientes do rótulo e acrescentei os termos correspondentes em português:
Aqua / água, Aloe barbadensis leaf extract* / extrato de folha de babosa*, glycerin** / glicerina**, cetearyl alcohol / álcool cetearílico, coco-caprylate / caprilato de coco, lecithin / lecitina, glyceryl caprylate / caprilato de glicerila, Lactobacillus ferment / fermento do gênero Lactobacillus, Lavandula angustifolia flower extract* / extrato de flor de lavanda*, Salix purpurea bark extract* / extrato de casca de salgueiro-roxo*, Lavandula hybrida oil* / óleo de lavandim*, Rosmarinus officinalis leaf oil* / óleo de alecrim*, Lavandula angustifolia oil* / óleo de lavanda*, Eucalyptus globulus leaf oil* / óleo de folha de eucalipto*, Chamomilla recutita oil* / óleo de camomila*, sodium cetearyl sulfate / sulfato cetearílico de sódio, olus oil / óleo vegetal, cetyl alcohol / álcool cetílico, glyceryl stearate SE / estearato de glicerila SE, Magnolia officinalis bark extract / extrato de casca de magnólia, tocopherol / tocoferol, beta-sitosterol / beta-sitosterol, squalene / esqualeno, sodium hyaluronate / hialuronato de sódio, parfum / perfume, linalool / linalol.
* Ingredient from organic farming / * ingrediente proveniente da agricultura orgânica.
** Made using organic ingredients / ** produzido com ingredientes orgânicos.
O aroma do Condicionador Orgânico Brilho Intenso Lavanda transforma o banho num momento agradavelmente calmante, balsâmico e tonificante, devido aos óleos essenciais de lavandim, alecrim, lavanda, eucalipto e camomila. Sua consistência é cremosa e uniforme, e a coloração do produto é bege.

Seguindo as instruções do rótulo, passo o condicionador no cabelo molhado, massageio os fios e deixo por aproximadamente 3 minutos antes de enxaguar bem. Como meu cabelo é comprido e liso e não é volumoso, desembaraço os fios somente após o banho, o que é bom também para ficar no chuveiro por menos tempo. Gosto de lavar o cabelo todos os dias, sempre com xampu sólido e condicionador. De vez em quando faço umectação com óleos vegetais. Meus fios são do tipo normal, com tendência a oleosidade na raiz.

Está custando R$79,90 no site da Biouté, e vem numa bisnaga roxa, de plástico reciclável, com tampa perolada cinza, contendo 180ml de produto. O formato de bisnaga me agradou bastante, pois é fácil de cortar com uma tesoura quando o condicionador está acabando, e assim consigo usar literalmente tudo, até a porção que fica acumulada em volta da abertura. Embalagens que não podem ser abertas me trazem uma sensação de desperdício, e isso não ocorre com esse condicionador.

Comprei o Condicionador Orgânico Brilho Intenso Lavanda pela primeira vez em dezembro de 2019, agora estou usando minha segunda unidade. Ela foi adquirida em fevereiro de 2020, e veio com um prazo de validade de outubro de 2021. De acordo com a embalagem, a recomendação de uso é de 3 meses após a abertura. Estou utilizando há mais tempo, sem notar qualquer alteração de cor, cheiro, textura ou performance, e já encomendei uma terceira unidade, para quando eu tiver terminado a atual.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

LEIA TAMBÉM:

“Resenha: Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da Trópica Botânica”
“Resenha: Sabonete Argila Vermelha, da Fefa Pimenta”
“Resenha: condicionador Shine & Care Hair Conditioner, da Lavera”
“Resenha: sais de banho Moroccan Rose Bath Salts, da Ravenscourt Apothecary”
“Resenha: tratamento para o cabelo com Óleo de Coco, da Dr. Orgânico, e Óleo de Linhaça, da Jatobá”

03 agosto 2020

Resenha: Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da Trópica Botânica

Em dezembro de 2020 vou completar 9 anos de uso diário de xampus sólidos naturais, e um dos produtos que mais readquiri nesse tempo todo foi o Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da marca brasileira, artesanal e vegana Trópica Botânica.

Indicada para cabelos normais, mistos e oleosos, essa barrinha produzida pela saponificação natural de óleos e manteigas vegetais contém manteiga orgânica de ucuúba e uma alta concentração de óleo de oliva extravirgem, além de uma sinergia de óleos essenciais antissépticos e estimulantes do crescimento (alecrim, menta e capim limão), que proporcionam também uma sensação refrescante. Essa combinação de ingredientes faz com que a espuma desse xampu sólido seja especialmente cremosa, densa e deliciosamente aromática. Deixa o meu couro cabeludo e os meus fios saudáveis, soltos, macios, com brilho e levemente perfumados.

Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da Trópica Botânica
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

A formulação é 100% natural, com 50,04% de ingredientes provenientes de agricultura orgânica. Não contém ingredientes de origem animal e não foi testada em animais. Não há derivados de petróleo, perfumes artificiais, ftalatos, parabenos e nem qualquer outra substância sintética. O óleo de palma utilizado é produzido de forma sustentável e rastreada, com certificado RSPO (Roundtable for Sustainable Palm Oil).

A loja virtual da Trópica Botânica fornece uma descrição detalhada de cada produto da marca, incluindo a tradução de todos os itens das fórmulas. Copiei abaixo a composição desse xampu sólido:
Helianthus annuus seed oil* / óleo de girassol*, Olea europea fruit oil / azeite de oliva (extravirgem), aqua / água, Elaeis guineensis oil* / óleo de palma*, sodium hydroxide / hidróxido de sódio, Virola surinamensis seed butter** / manteiga de ucuúba**, Elaeis guineensis kernel oil / óleo de palmiste, sodium citrate / citrato de sódio, Rosmarinus officinalis leaf oil / óleo essencial de alecrim, Mentha arvensis leaf oil / óleo essencial de menta, Cymbopogon flexuosus leaf oil* / óleo essencial de capim limão*, Rosmarinus officinalis leaf extract / oleorresina de alecrim.
* Cultivo orgânico / ** extrativismo sustentável.
site apresenta também uma explicação muito útil sobre o ingrediente hidróxido de sódio, reproduzida a seguir.
O hidróxido de sódio é uma substância alcalina de origem mineral (obtida pela eletrólise do sal de cozinha) necessária para a reação de saponificação de todos os sabonetes em barra e shampoos sólidos com ingredientes de origem natural. Este composto é totalmente consumido durante a fabricação, sem nenhum resíduo no produto final.
Meu cabelo é longo, liso, do tipo normal, com tendência a oleosidade na raiz, e gosto de lavá-lo com xampu sólido todos os dias. Utilizo condicionador em seguida, desembaraço com um pente de dentes largos após o banho e deixo os fios secarem naturalmente. Mesmo com esse uso frequente, o Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta não me causa ressecamento e nem qualquer outra reação adversa. Simplesmente deixa o cabelo bonito e limpo, com a oleosidade completamente controlada. Sigo sempre o mesmo procedimento:
1. No chuveiro, molho o cabelo inteiro.
2. Passo a barra de xampu sólido (previamente cortada ao meio) por todo o topo da cabeça e nas laterais, fazendo a mais leve pressão possível.
3. Coloco o cabelo todo para frente e passo a barra na parte de trás da cabeça.
4. Molho mais um pouco essa região e massageio todo o couro cabeludo com as pontas dos dedos, formando espuma.
5. Distribuo a espuma pelo comprimento dos fios.
6. Enxáguo bem o cabelo.
7. Aplico condicionador nas pontas e ao longo do terço final dos fios, espalhando-o com os dedos.
8. Enxáguo o cabelo mais uma vez, com bastante água.
Xampus sólidos são excelentes opções para viagens, por serem muito mais leves do que frascos de xampu líquido e pelo fato de poderem ser carregados em malas de bordo.

Cortar o produto em dois ou três pedaços facilita o seu manuseio durante o banho, pois as barras não são pequenas. Os pedaços que não estiverem sendo usados devem ser guardados num lugar fresco, seco e sem incidência de raios solares.

Para que um xampu sólido alcance o máximo de durabilidade, é fundamental mantê-lo numa saboneteira na qual a água escorra bem e não fique em contato direto com o produto.

Usando xampus sólidos naturais há tantos anos, notei que o grau de ventilação do banheiro e o clima também afetam sua consistência e seu rendimento. Quando fico hospedada em lugares com banheiros sem uma boa circulação de ar, deixo a barra no quarto, no intervalo entre um banho e outro, para que ela possa secar bem, pois caso contrário ela tende a amolecer muito e durar menos do que poderia. Nesse inverno passei a fazer isso em casa também, e estou gostando de manter a saboneteira sobre a cômoda, só para aproveitar o aroma dos óleos essenciais sempre que eu estiver no meu quarto.

Tomando esses cuidados, o xampus sólidos podem render muito mais do que frascos comuns de xampu líquido.

Outra característica positiva dos xampus sólidos é o fato de serem multifuncionais — se por acaso um xampu sólido eventualmente não der o resultado desejado no cabelo, ele pode ser perfeitamente usado como sabonete. A descrição desse produto na loja online da Trópica Botânica menciona sua atuação como sabonete para corpo e rosto, além de xampu para barbas. Também utilizo para depilar as pernas com lâmina de barbear.

O fato de ter uma embalagem feita inteiramente de papel reciclado, dispensando o uso de plástico, faz com que o Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta seja ainda mais interessante do ponto de vista da sustentabilidade.

Ele foi o primeiro xampu sólido desenvolvido pela Trópica Botânica, e por coincidência foi o primeiro xampu sólido que eu experimentei dessa marca, em maio de 2017. É preparado no processo de saponificação a frio (cold process).

As barras possuem um tom amarelo claro que combina com a elegante cor verde azulada da embalagem atual. Cada xampu sólido tem pelo menos 130g e está custando R$26,00. A validade é de 18 meses. A loja virtual oferece muitas outras opções, com e sem óleos essenciais, para vários tipos de cabelo.

A empresa faz entregas em todo o Brasil, em caixas de papel, com recheio de papel, fita adesiva de papel e envelope de papel para guardar a nota fiscal, tudo sem plástico. O valor do frete é mais acessível do que o preço que os Correios normalmente cobram, e passa a ser gratuito em pedidos acima de R$200,00. Sempre que possível, as compras são acompanhadas de amostras.

Quem se inscrever na lista de envio da newsletter da marca ganha 10% de desconto na sua próxima compra. O SAC pode ser acessado em https://tropicabotanica.com.br/contato/.

Mais informações sobre a empresa e seus fundadores já foram publicadas no texto “Resenha: Creme Facial, da Trópica Botânica”.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

LEIA TAMBÉM:

“Resenha: Creme Facial, da Trópica Botânica”

19 novembro 2017

Resenha: Creme Facial, da Trópica Botânica

Uma das surpresas mais positivas deste ano, para mim, foi conhecer a Trópica Botânica, uma marca brasileira e artesanal de cosméticos totalmente naturais, preparados com ingredientes orgânicos, de extrativismo sustentável e provenientes da ampla biodiversidade dos biomas tropicais e nativos. Sem testes em animais e sem ingredientes de origem animal, foi inaugurada em 2016 por um casal vegano, Ana N. Brunetti e Okauê Moretto, em Curitiba, Paraná.

Creme Facial, da Trópica Botânica
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Formada em História pela USP, Ana decidiu mudar de área quando começou a estudar shiatsu, aromaterapia e cosmética natural. Antes de descobrir os produtos naturais de higiene e cuidado corporal, quase tudo que ela usava na pele lhe causava algum problema cutâneo ou alguma disfunção no trato respiratório. Diagnosticada por dermatologistas com sensibilidade ao cloro (presente na água encanada), tinha reações muitas vezes insuportáveis ao lauril sulfato de sódio depois do banho, e por isso passou a produzir seus próprios sabonetes por saponificação a frio.

A Ana cuida das redes sociais e da comunicação da empresa, além de concretizar a logística de entrega e a produção — estas últimas junto ao Okauê, seu marido e companheiro de trabalho. Todas as formulações são desenvolvidas por ele, que estudou Engenharia Química na Unicamp, realizou estudos ambientais fora do Brasil e, mesmo gostando muito de pesquisar nesse ramo, pouco antes de se formar mudou seu foco para a Geografia, passando a se dedicar à agroecologia, e especificamente à agrofloresta.

A linha de produtos abrange itens para rosto, corpo, cabelo e barba. São evidentes os benefícios dos cosméticos, a alta qualidade dos insumos e o domínio técnico, a atenção aos detalhes, o profissionalismo, a gentileza e o empenho dos fundadores.

Cheguei à Trópica Botânica por indicação da Eliziane Pozzagnolo, idealizadora do projeto educacional Cosmetologia Orgânica, e da Cecília Queiroz, autora do blog Penteadeira Vegana (mais uma vez, muito obrigada, Eliziane e Cecília!). E há alguns meses encontrei uma menção à marca no blog Um Ano Sem Lixo, da Cristal Muniz, cujo trabalho acompanho e pelo qual tenho a maior admiração.

Um dos meus produtos favoritos da Trópica Botânica é o Creme Facial. Elaborado com manteiga de cupuaçu orgânico, manteiga de murumuru, manteiga de ucuúba e óleo de açaí, oriundos de extrativismo sustentável, proporciona umectação e nutrição profundas em peles secas, maduras ou danificadas pelo ambiente. E conta com uma sinergia floral que consiste de óleos essenciais com ação consagrada de regeneração, tonificação e proteção da pele, como patchouli e olíbano, além dos raros gerânio-rosa e petitgrain sur fleurs (destilado conjuntamente de folhas e flores de laranjeira) orgânico. Suas propriedades aromaterápicas estão associadas também à amorosidade e à calma.

Antes de comprar o Creme Facial, pude experimentar uma amostra dele — a empresa é uma das poucas adeptas nacionais da excelente prática de enviar amostras gratuitas dos produtos. Desde a primeira aplicação, fiquei impressionada com a textura extremamente macia, o aroma único e o efeito regenerador. Funciona melhor ainda quando utilizado logo após um tônico facial, um hidrolato ou uma água termal. E não percebi efeitos negativos no nariz, que é uma área com tendência à oleosidade na minha pele madura (estou com 41 anos).

A consistência é perfeita para massagens, como por exemplo as que eu deveria fazer com mais regularidade para combater os efeitos do bruxismo. Sem água e nem emulsionantes, o Creme Facial apresenta um alto rendimento. Mesmo usando-o regularmente no rosto, no pescoço e no colo, está durando muitos meses. Fiquei contente em verificar que o creme se manteve completamente uniforme tanto em dias frios quanto em dias muito quentes, aqui no Rio de Janeiro.

Anotei abaixo a composição completa (as traduções foram disponibilizadas pela própria marca). Não contém ingredientes sintéticos.
Theobroma grandiflorum (cupuaçu) seed butter*, Virola sebifera (ucuúba) seed butter**, Astrocaryum murumuru (murumuru) seed butter**, Euterpe oleracea (açai) fruit oil**, Pentaclethra macroloba (pracaxi) seed oil**, Linum usitatissimum (linhaça) seed oil*, Passiflora edulis (maracujá) seed oil*, Pelargonium graveolens (gerânio) oil, Boswellia serrata (olíbano) resin oil, Pogostemon cablin (patchouli) leaf oil, Lavandula angustifolia (lavanda) flower oil*, Citrus aurantium (petitgrain sur fleurs) leaf and flower oil*, Pelargonium graveolens var. roseum (gerânio-rosa) oil, Helianthus annuus (girassol) seed oil*, Rosmarinus officinalis (alecrim) leaf extract*.
* Cultivo orgânico.
** Extrativismo selvagem.
O creme possui uma tonalidade amarelinha, levemente puxada para o verde dependendo da luz. Fica num pote de vidro transparente, com rótulo branco, tampa prateada de metal e um pequeno lacre de papel adesivo. Acabei de adquirir um segundo pote, pois o que estou usando atualmente vai acabar em algum momento. Chegou há poucos dias, com o longo prazo de validade de março de 2019. A Trópica Botânica recomenda que o cosmético seja utilizado em até 6 meses após a sua abertura.

A empresa entrega em todo o Brasil, pelo correio, com frete grátis nas encomendas acima de R$300,00 — ótimo incentivo para organizar compras coletivas — e frete fixo de R$8,00 para os endereços de Curitiba. Os pedidos são enviados em caixas resistentes, junto com um pequeno guia de uso (um folhetinho com orientações impressas em papel reciclado). Dúvidas podem ser tiradas por email (contato@tropicabotanica.com.br). O Creme Facial está custando R$55,00 e vem com 25g. A bela loja virtual é de fácil navegação.

Tenho apreciado muito também o blog da marca, muito informativo e bem-escrito, e as lindas fotos e atualizações publicadas no Instagram e no Facebook.

ATUALIZAÇÃO, 20/11/2017: O cupom TRPC1010% de desconto no site da Trópica Botânica. É de uso único, mas não precisa necessariamente ser utilizado na primeira compra.

ATUALIZAÇÃO, 02/08/2020: Em algum momento, o blog Um Ano Sem Lixo, passou a se chamar Uma Vida Sem Lixo.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

LEIA TAMBÉM:

“Resenha: Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru, da Trópica Botânica”
“Resenha: Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da Trópica Botânica”
“Resenha: perfumes literários femininos da Ravenscourt Apothecary: Jane Eyre, Elizabeth Bennet, Alice e Anne of Avonlea”
“Resenha: Óleo para Massagem Lavanda e Semente de Uva, do Lavandário”
“12 ingredientes que devem ser evitados”

05 outubro 2017

Resenha: tônico facial Bohemian Ruby Balancing Toner, da Leahlani Skincare (Série Havaiana)

Em meados do ano passado, pesquisando marcas locais de cosméticos para trazer de uma nova viagem ao Havaí, encontrei a Leahlani Skincare, encomendei alguns produtos para mim e para dar de presente, e gostei especialmente do tônico facial Bohemian Ruby Balancing Toner (Tônico Balanceador Rubi Boêmio, em tradução livre). Com uma composição totalmente natural, cruelty-free e vegana, conta com babosa, calêndula e hibisco orgânicos, um pequeno cristal de quartzo rosa e silte marinho da costa havaiana, entre outros ingredientes.

Bohemian Ruby Balancing Toner, da Leahlani Skincare
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

De acordo com a descrição dada pela empresa, a babosa tem propriedades cicatrizantes e hidratantes, a calêndula é anti-inflamatória, regeneradora e suavizante, o hibisco utilizado, da variedade Roselle, possui ação firmadora, adstringente e levemente esfoliante, o cristal de quartzo rosa tem o papel de emitir “uma forte vibração de amor incondicional, cura e aconchego”, e o silte marinho contém minerais que ajudam a estimular o metabolismo celular.

O dicionário Aulete traz a seguinte definição de silte: “Fragmentos de mineral ou rocha menores do que um grão de areia (entre 0,002mm e 0,06mm de diâmetro), que geralmente formam camadas sedimentares sobre o solo ou nos leitos dos rios.” O material é realmente tão fino que não sinto qualquer tipo de aspereza durante o uso do tônico. E o gesto de agitar o frasco antes de cada utilização ganha um toque peculiar com o som do cristal de quartzo rosa.

Formulado para peles sensíveis, peles secas e peles delicadas, com tendência a vermelhidão e inflamação, o Bohemian Ruby de fato deixa o meu rosto e o meu pescoço mais hidratados e equilibrados. Além disso, proporciona uma ampla sensação de bem-estar, que atribuo principalmente à ação aromaterápica dos óleos essenciais de camomila marroquina azul, lavanda e gerânio.

Anotei abaixo a composição, e acrescentei os termos correspondentes em português.
Hawaiian spring water / água mineral havaiana, organic aloe vera / babosa orgânica, organic calendula / calêndula orgânica, hawaiian sea silt (sea silt ferment) / silte marinho havaiano (silte marinho fermentado), essential oils of wildcrafted blue tansy / óleos essenciais de camomila marroquina azul de colheita selvagem, lavender / lavanda, rose geranuim / gerânio roseum, witch hazel distillate / hamamélis destilada, organic hibiscus flower / flor de hibisco orgânico, organic vegetable glycerin / glicerina vegetal orgânica, Leucidal Liquid (radish root ferment) / Leucidal Liquid (raiz de rabanete fermentada), rose hips / rosa mosqueta, and love / e amor.
Infused with a purified rose quartz gemstone / infundido com uma gema purificada de quartzo rosa.
O líquido é rosa pálido, com um aroma floral fresco, que me agrada muito. Já outros cosméticos que experimentei dessa marca têm aromas florais e frutais bastante adocicados — embora cativantes, não costumam fazer o meu estilo. A embalagem é minimalista e eficiente, ótima para reutilização: um frasco de vidro fosco, com válvula spray, um detalhe de metal dourado e rótulo cor de rosa. Um cartãozinho de papel rosa e branco, preso com um elástico dourado, contém mais informações sobre o produto. O volume de 100ml é significativo (os tônicos de outras marcas naturais e orgânicas estrangeiras muitas vezes vêm com apenas 60ml).

Leah Klasovsky, a idealizadora da marca, enveredou por esse caminho dez anos atrás, ao buscar cura para seu próprio problema de acne cística. Mudou-se da ilha havaiana de Oahu para outra ilha chamada Maui, com o objetivo de se formar em estética holística numa escola local, dirigiu o spa de um grande hotel na ilha de Kauai após anos de prática profissional e fundou a Leahlani Skincare também em Kauai. As descrições dos cosméticos, decididamente idílicas, celebram as riquezas naturais havaianas e enfatizam conceitos como aloha, amor e intenção.

Antes de efetuar minha compra, li alguns textos do blog institucional e tirei dúvidas por email. Fiquei satisfeita com o atendimento e as sugestões, apresentadas pela própria Leah. O endereço para esse tipo de contato é talkskin@leahlaniskincare.com.

A marca sugere que o Bohemian Ruby Balancing Toner seja utilizado em até 9 meses após a abertura da embalagem. Confesso que passei um bocado desse prazo, e mesmo assim o tônico continua adequado para uso. O ideal, de todo modo, é seguir as recomendações da empresa. Produzido artesanalmente, em pequenos lotes, está custando US$32,00 na loja virtual da Leahlani Skincare, que faz envios também para outros países, incluindo o Brasil.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

LEIA TAMBÉM:

“Resenha: stain para lábios e rosto Mocha Rose Stain e spray aromaterápico Mauka Space & Body Spray, da Indigo Elixirs (Série Havaiana)”
“Resenha: bálsamo para o corpo e o rosto Healing Bee Balm, da Big Island Bees (Série Havaiana)”
“Férias no Havaí, parte 1: passeios, acomodações e transporte na Big Island”
“Férias no Havaí, parte 2: restaurantes, produtos orgânicos e outras compras na Big Island”
“Resenha: Primer Velvety Skin e Base Mineral Compacta, da Baims”
“12 ingredientes que devem ser evitados”

01 maio 2017

Resenha: Liquid Gold Facial Serum, da Isa’s Restoratives

Comecei a usar o Liquid Gold Facial Serum (Sérum Facial Ouro Líquido), da marca norte-americana Isa’s Restoratives, numa data importante: a véspera do meu aniversário de 40 anos, em dezembro de 2015. Fiquei tão encantada que já estou no início do terceiro frasco — se hoje não aparento ter a minha idade, boa parte do mérito pertence a esse produto. Minha pele ganhou mais vitalidade e elasticidade, desde a primeira aplicação.

Preparado artesanalmente, em lotes reduzidos, é orgânico100% naturalveganosem glúten e sem testes em animais. Assim como todos os artigos da Isa’s Restoratives, não contém parabenos, ftalatos, fragrâncias sintéticas, corantes artificiais e nenhuma das demais substâncias polêmicas que prefiro evitar. As matérias-primas são prensadas a frio e não passam por processos de refinamento.

Liquid Gold Facial Serum, da Isa’s Restoratives
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Sua fórmula foi criteriosamente desenvolvida, com ingredientes particularmente benéficos para a pele — como as manteigas de cupuaçu e de murumuru, os óleos vegetais de tamanu, buriti e maracujá, e os valiosos óleos essenciais de rosa, sândalo e néroli, todos orgânicos — selecionados por sua ação emoliente, anti-inflamatória, hidratante, restauradora e antioxidante. Não é comedogênico. Apresenta um aroma calmante e sutil, muito especial.

Copiei abaixo a composição completa, e acrescentei a tradução de cada termo em português.
Cupuaçu butter* / manteiga de cupuaçu*, murumuru butter* / manteiga de murumuru*, rice bran oil* / óleo de farelo de arroz*, calendula flowers / flores de calêndula, maracuja seed oil* / óleo de semente de maracujá*, guava oil* / óleo de goiaba*, babassu oil / óleo de babaçu, andiroba oil* / óleo de andiroba*, buriti oil* / óleo de buriti*, rosemary extract / extrato de alecrim, tamanu oil* / óleo de tamanu*, essential oils of / óleos essenciais de: rose* / rosa*, patchouli* / patchouli*sandalwood* / sândalo* and neroli* / e néroli*.
Vegan, gluten-free / vegano, sem glúten.
* Organic / * orgânico.
sérum possui uma consistência deliciosa, fácil de passar, e rápida absorção. Minha pele é mista (oleosa no nariz, com tendência ao ressecamento nas bochechas e normal na testa e no queixo), com um histórico de dermatite atópica (totalmente controlada), e o Liquid Gold a deixa confortável, luminosa e saudável. O efeito é de longa duração.

Recebi meu primeiro frasco gratuitamente. Diante da performance tão positiva, comprei outra unidade por conta própria, e depois mais uma, que estou utilizando aproximadamente seis dias por semana, geralmente à noite. Esse é o meu horário favorito para me dedicar a momentos de autocuidado, dos quais o Liquid Gold é a estrela principal.

A marca indica o produto para o rosto, o pescoço e o colo. Uma quantidade pequena é suficiente, e o ideal é fazer a aplicação logo após um tônico. Quando uso o sérum durante o dia, coloco em seguida um pouquinho de pó, como a Base Mineral Compacta, da Baims, para obter um acabamento ligeiramente mais opaco — principalmente se o tempo está mais quente. Em épocas mais frias ou secas, o Blue Beauty Balm, também da Isa’s Restoratives, ou a Almond Soothing Facial Lotion, da Weleda, trazem uma dose extra de proteção e relaxamento.

A embalagem é minimalista: uma garrafinha de vidro fosco, com válvula pump preta, tampa transparente e rótulo branco, que faz com que a bela cor alaranjada do sérum se sobressaia. Vem num saquinho de tecido, bastante útil para transportar o produto em viagens. Funciona muito bem como embrulho para presente, e inclui uma etiqueta elegantemente escrita à mão.

O prazo de validade é de aproximadamente 12 meses, e pode variar de acordo com as condições de uso e o clima. Está custando US$76,00, na loja virtual da Isa’s Restoratives (https://www.isaskin.com/). Na minha opinião, vale cada centavo. O preço do frete para cidades brasileiras é intencionalmente mais barato do que o que outros sites dos Estados Unidos normalmente cobram.

A empresa foi fundada por Isa Brito, uma herbalista brasileira, radicada em Nova York. Ela também é fotógrafa, e seu trabalho está na Milk Gallery. Quando vem ao Brasil, ela costuma trazer algumas encomendas; essas ocasiões são boas oportunidades para pagar apenas um frete nacional, sem o risco de incorrer no imposto de importação. Acompanho sempre as postagens do Facebook e do Instagram, para saber sobre essas viagens, novidades e todas as promoções — e apreciar as fotos maravilhosas.

Agora mesmo, por exemplo, o cupom CALISPRING está dando 15% de desconto no site inteiro, até o dia 03/05/2017. Os pacotes serão expedidos em 04/05/2017.

A loja multimarcas Aurora Beauty (https://www.aurorabeauty.com/) também comercializa os cosméticos da Isa’s Restoratives (mais detalhes em “Loja virtual: Aurora Beauty”). Ambas fazem entregas no Brasil, além de vários outros países, e incluem amostras nos pedidos.

Eventuais dúvidas podem ser esclarecidas por email (https://www.isaskin.com/community/contact). Informações adicionais sobre essa pequena empresa e a sua proprietária já estão publicadas em “Resenha: bálsamo para rosto Blue Beauty Balm, da Isa’s Restoratives”.

OBSERVAÇÃO: Conforme registrei nessa resenha, o Liquid Gold Facial Serum foi gentilmente enviado pela marca, sem custo algum. Escrevi essa resenha — e adquiri outras unidades do mesmo produto por conta própria — porque fiquei efetivamente muito satisfeita com os resultados.

ATUALIZAÇÃO, 01/08/2020: Em 2018, a marca Isa’s Restoratives passou a se chamar Isa Skin Care.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

LEIA TAMBÉM:

“Resenha: óleo corporal Violetta Body Oil e loção de limpeza facial Liquid Clay Cleanser, da Isa’s Restoratives”
“Resenha: bálsamo para rosto Blue Beauty Balm, da Isa’s Restoratives”
“Meu relato sobre dermatite atópica e o uso de produtos naturais com ingredientes orgânicos”
“Resenha: sérum facial RS Youth Serum e máscara facial RS Reborn, da Root Science”
“Resenha: perfumes literários femininos da Ravenscourt Apothecary: Jane Eyre, Elizabeth Bennet, Alice e Anne of Avonlea”