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28 maio 2017

Resenha: óleo corporal e capilar Citrus Almond Luxurious Body Oil, da Soapwalla

O lema da marca norte-americana Soapwalla é “feed your skin” (“alimente a sua pele”), e essa é exatamente a sensação que estou tendo com o uso do Citrus Almond Luxurious Body Oil (Óleo Corporal Luxuoso Amêndoa e Cítricos). No atual clima mais ameno e seco de outono, esse cosmético deixa a minha pele atópica realmente sadia durante o dia inteiro, com uma aparência aveludada, e sem o toque gorduroso que alguns outros óleos corporais trazem. Para tornar tudo ainda melhor, possui o delicioso e fugaz perfume do óleo essencial de amêndoa amarga, acompanhado dos óleos essenciais de immortelle e de frutas cítricas.

Citrus Almond Luxurious Body Oil, da Soapwalla
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Sua composição é 100% naturalvegana e sem glúten, sendo quase todos os ingredientes também orgânicos. É indicado para todos os tipos de pele e não foi testado em animais. A descrição do produto explica que os óleos orgânicos de jojoba, semente de uva e baobá têm ação reparadora e mantêm a umidade da pele, enquanto os óleos de semente de soagem orgânica e chia, ricos em ômegas 3, 6 e 9, suavizam, diminuem a inflamação e aumentam o nível de hidratação.

Copiei abaixo a lista de ingredientes completa, acrescentando os termos correspondentes em português.
Simmondsia chinensis (jojoba) oil* / óleo de jojoba*, Oryza sativa (rice bran) oil / óleo de farelo de arroz, Vitis vinifera (grape) seed oil* / óleo de semente de uva*, Helianthus annuus (sunflower) oil* / óleo de girassol*, Echium plantagineum (echium) seed oil* / óleo de semente de soagem, Salvia hispanica (chia seed) oil+ / óleo de semente de chia+, Adansonia digitata (baobab) oil* / óleo de baobá*, Prunus amygdalus dulcis (sweet almond) oil*+ / óleo de amêndoa doce*+, non-GMO tocopherol (vitamin E)*+ / tocoferol (vitamina E) que não foi geneticamente modificado*+, Citrus aurantium bergamia (bergaptene-free bergamot) oil* / óleo de bergamota sem bergapteno*, Citrus aurantium amara (petitgrain) leaf oil / óleo de petitgrain, Citrus reticulala (tangerine) peel oil / óleo de casca de tangerina, Helichrysum angustifolium (immortelle) oil / óleo de immortelle, Prunus amygdalus amara (bitter almond) kernel oil* / óleo de amêndoa amarga*, limonene**, linalool**, citral**.
* Certified organic / * certificado orgânico.
+ Food grade / + grau alimentício.
** Naturally occuring in essential oils / ** naturalmente presente em óleos essenciais.
O rendimento é alto, principalmente quando sigo a recomendação da marca quanto a passar o óleo na pele ainda um pouco molhada, logo após o banho. A absorção é bem rápida, um aspecto muito prático diante da pressa do dia a dia. Embora a fragrância de amêndoa amarga e frutas cítricas não tenha uma duração longa, a pele permanece com um cheiro agradável e discreto por muito tempo.

Pode ser usado também para massagear o cabelo e o couro cabeludo, antes da lavagem. Fiz esse procedimento de umectação ontem mesmo, e utilizei em seguida dois produtos nacionais que estão entre os meus favoritos de todos os tempos: o Sabonete Argila Vermelha, da marca carioca e artesanal Fefa Pimenta, como xampu sólido, e o Condicionador de Castanha, da marca baiana e também artesanal Ewé. Os fios ficaram maleáveis, soltos e brilhantes; a cabeça ficou limpa e livre de irritações.

O óleo tem uma coloração pálida e é fácil de espalhar. Deve ser agitado antes da aplicação. Vem num frasco de plástico PET, na cor azul-cobalto, com tampa clara e ligeiramente translúcida, que fecha bem, sem vazamentos. O rótulo é grande e contém bastante informação. Além disso, o recipiente é protegido por uma caixa de papel reciclável, com os mesmos textos impressos.

Para saber mais sobre a marca Soapwalla e sua fundadora Rachel Winard, por favor leia o post “Resenha e loja virtual: desodorante Soapwalla Deodorant Cream”. Todos os cosméticos da empresa são produzidos no Brooklyn, em Nova York.

Além da versão Citrus Almond (Amêndoa e Cítricos), o Luxurious Body Oil está disponível nos aromas Lavender Vanilla Mint (Lavanda Baunillha Menta) e Citrus, Ginger & Lemongrass (Cítricos, Gengibre e Capim-Limão). Os perfumes são sempre naturais, compostos de óleos essenciais, muitos deles também orgânicos.

Na loja virtual da Soapwalla (https://soapwalla.com/), podem ser adquiridos em tamanho normal (118ml), por US$32,00, e em miniatura, para viagem (29,5ml), por US$10,00. A empresa aconselha que esses óleos corporais sejam usados em até 12 meses após terem sido abertos.

Comprei o meu Citrus Almond Luxurious Body Oil na loja virtual Carbon Beauty (https://www.carbonbeauty.com/), uma multimarcas cuja equipe faz um trabalho excelente e entrega em vários países, incluindo o Brasil.

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LEIA TAMBÉM:

“Resenha e loja virtual: desodorante Soapwalla Deodorant Cream”
“Resenha: óleo corporal Royal Jasmine and May Chang Replenishing Body Oil, da Pai Skincare”
“Resenha: óleo corporal Violetta Body Oil e loção de limpeza facial Liquid Clay Cleanser, da Isa’s Restoratives”
“Resenha: Primer Velvety Skin e Base Mineral Compacta, da Baims”
“O que é importante saber antes de comprar em sites estrangeiros”

11 janeiro 2016

Resenha: Condicionador de Castanha, da Ewé

Conheci o Condicionador de Castanha, da Ewé, por intermédio de uma amiga que é também leitora do Tantas Plantas e consumidora da Ewé. Ela me recomendou muito esse produto, e me deu um pouco para experimentar (muito obrigada de novo, Izabel!). Esse condicionador tem deixado o meu cabelo macio e desembaraçado desde a primeira aplicação. Estou no meu terceiro frasco e continuarei readquirindo-o mais vezes.

Pode ser usado de 3 maneiras: como condicionador, como finalizador e cosmético para hidratação capilar. Como os meus fios não apresentam tendência ao ressecamento, uso o produto apenas como condicionador. É indicado para diversos tipos de cabelo: seco, ressecado, misto, normal. A Ewé tem um grande número de clientes com cabelos cacheados e crespos, e também dá resultados notáveis em cabelos lisos (como o meu) e ondulados (como o da minha amiga).

Condicionador de Castanha, da Ewé
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

É elaborado em Salvador por Mona Soares, uma artesã formada em Farmácia e que sempre teve interesse em cosmética e medicina naturais. Ela descreve o produto da seguinte forma:
“Condicionador feito artesanalmente, livre de silicones, derivados do petróleo, conservantes agressivos (como os parabenos, liberadores de formol, BHT, TBHQ, BHA, etc.), umectantes de origem sintética e ingredientes de origem animal. Possui uma grande quantidade de ingredientes e extratos naturais, óleos orgânicos, proteína do trigo e umectantes naturais. Destaca-se o óleo de castanha-do-pará, um excelente condicionador, doador de brilho e nutrição aos cabelos secos, danificados, quimicamente processados e tingidos.”
A composição está disponível tanto na loja quanto no rótulo: 
Água, metossulfato de behentrimônio, óleo de castanha-do-pará*, óleo de pracaxi*, óleo de palmiste*, óleo de coco fracionado, óleo de jojoba, álcool cetílico, sorbitol, glicerina vegetal, extrato de mutamba, extrato de umburana, extrato de aloe vera, proteína hidrolisada do trigo, pantenol, etilexilglicerina, ácido benzóico, álcool benzílico, ácido cítrico, oleorresina de alecrim, resina de benjoim, alfa-bisabolol.
* Ingredientes orgânicos.
O metossulfato de behentrimônio (behentrimonium methosulfate, no padrão INCI) presente na fórmula é um ingrediente sintético com classificação de risco 1 — baixo risco, sinalizado com a cor verde — na base de dados do EWG (Environmental Working Group). [ATUALIZAÇÃO, 02/08/2020: Em algum momento, essa classificação foi alterada para 3-4.]

Condicionador de Castanha consiste num líquido homogêneo e não muito espesso, cor de marfim. O cheiro suave e levemente doce me agrada muito, e é dado pelo aroma natural dos próprios ingredientes, com predominância da castanha-do-pará (também chamada de castanha-do-brasil). Esse produto capilar não conta com óleos essenciais. O texto “Perguntas frequentes à Ewé Cosméticos Naturais e Artesanais II” menciona que esse condicionador é um dos produtos da marca que podem ser usado por crianças, bebês e grávidas. É também adequado para low poo e no poo. Não é testado em animais e não contém ingredientes de origem animal.

Condicionador de Castanha, da Ewé
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Está custando R$37,00 na loja virtual da Ewé (https://www.ewealquimias.com.br/), que faz entregas em todo o Brasil. Minhas compras sempre chegaram direitinho aqui no Rio de Janeiro, pelo correio. A embalagem vem com 250ml, e é de plástico âmbar bem escuro, quase preto, o que evita consideravelmente o contato do o conteúdo com a luz. A tampa é preta e do tipo flip-top, que permite dosar bem a quantidade de produto a ser obtida a cada vez.

No meu cabelo comprido e não especialmente volumoso, o rendimento é muito bom, e uma porção um pouco maior do que a mostrada na foto acima é suficiente para espalhar nas pontas. Para contextualizar a imagem: a amostra foi colocada numa superfície pequena, de 3,5cm de diâmetro.

O rótulo principal é de papel bordô, com letras brancas. Há um segundo rótulo atrás, menor, branco com letras pretas. Juntos, abrangem os dados fundamentais: nome, logomarca, composição completa, volume, modo de usar e validade — que é de 12 meses, sendo recomendado usar o condicionador dentro de 3 meses após a abertura da embalagem. Gosto muito da identidade visual dos cosméticos da Ewé e da abordagem objetiva da comunicação da marca.

Informações detalhadas sobre a empresa e a sua fundadora estão publicadas no meu texto “Resenha: Manteiga de Murumuru, da Ewé”.

Outra resenha sobre o Condicionador de Castanha pode ser encontrada no blog Lookaholic. E Soraia Oliveira conta que o produto deixa o seu cabelo mais cacheado e hidratado, na seção “Dica da Leitora” do blog Projeto Beleza Saudável.

ATUALIZAÇÃO, 13/01/2016: Por precaução, a tampa do frasco vinha com lacre inviolável, igual ao que vemos em produtos farmacêuticos líquidos, e era acompanhada por uma segunda tampa preta, do tipo flip-top. Diante da constatação de que o condicionador não derrama durante o transporte pelo correio, o produto passou a ser enviado apenas com a tampa flip-top, vedada com fita washi, reduzindo o uso de plástico.

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LEIA TAMBÉM:

“Resenha: Sabonete de Calêndula, da Ewé”
“Resenha: condicionador Shine & Care Hair Conditioner, da Lavera”
“Resenha: xampus e condicionadores da John Masters Organics”
“Resenha: Sabonete Argila Vermelha e Aloe Vera, da Reserva Folio”
“Resenha: óleo de jojoba orgânica, da Balm Balm e da Desert Essence, e óleo de coco orgânico, da Dr. Orgânico — para o cabelo, o corpo e o rosto”

03 junho 2015

Resenha: Água Cheirosa Abebé, da Ewé

Gostei tanto da Água Cheirosa Abebé, da marca brasileira e artesanal Ewé, que o vidrinho mora na minha mesinha de cabeceira. Para eu cheirar de novo sempre que quiser. Para usar todos os dias. E para aproveitar as noites de sono especialmente deliciosas que tenho quando passo esse perfume na hora de dormir.

Miniatura da Água Cheirosa Abebé, da Ewé
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

A fragrância Abebé está disponível como Água Cheirosa e como Extrato Cheiroso. A primeira opção é suave, a segunda é concentrada. Ambas existem em dois tamanhos. Comecei escolhendo uma miniatura da Água Cheirosa Abebé, que veio num frasquinho de vidro transparente, com válvula spray e uma pequena tampa de plástico, embrulhado em papel de seda e acompanhado de um pequeno cartão com informações. Podem ser vistos na foto que ilustra essa resenha. A miniatura tem 6,7cm de altura e 5ml de perfume. Custou R$16,25 na loja virtual da marca (http://ewe.tanlup.com/).

Depois encomendei a Água Cheirosa Abebé em tamanho normal, ao preço de R$68,75 por um vidro de 30ml, que virá num saquinho de tecido africano, costurado à mão. Amanhã minha compra será enviada de Salvador, pelo correio — mal posso esperar pela chegada aqui no Rio!

A lista de ingredientes, impressa num rótulo amarelo, é 100% naturalnão foi testada em animais e não contém aromas artificiais, corantes, conservantes e aditivos sintéticos. Está copiada abaixo.
Essências naturais, mel, extratos botânicos, água, álcool, águas florais e glicerina vegetal.
Para descrever esse perfume, ninguém melhor do que Mona Soares, a artesã que o criou. No cartão que vem junto com o frasco, ela diz:
“Celebração máxima dos mistérios femininos. Revela a beleza guardada. Autoaceitação. Sedução, prazer e valorização pessoal. Afrodisíaco.
Frescor cítrico envolto em flores brancas e amarelas, com fundo levemente adocicado.”
E apresenta mais detalhes no site da marca:
“Possui notas doces, frescas e sensuais. É a homenagem da Ewé à orixá Oxum. Feita com extratos de plantas como makassá, vanilla, além de derivados da abelha, como o mel e a cera. Possui ainda essências naturais de flores brancas e amarelas como jasmim, pluméria, calêndula e ylang ylang.”
No candomblé, os domínios de Oxum são o amor, a riqueza, a fecundidade, a gestação e a maternidade. Seu símbolo é um leque com espelho, o abebé. O amarelo é a cor associada a essa orixá, e coincide com a cor do líquido que carrega o perfume.

Uma fragrância elaborada, que transborda graciosidade e lindeza.

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LEIA TAMBÉM:

“Resenha: Manteiga de Murumuru, da Ewé”
“Resenha: Condicionador de Castanha, da Ewé”
“Resenha: Sabonete de Calêndula, da Ewé”
“Resenha: Sabonete de Massoia, da Ewé”
“Resenha: perfume botânico Bonfire Rose, da Phoenix Botanicals”
“Resenha: perfumes literários femininos da Ravenscourt Apothecary: Jane Eyre, Elizabeth Bennet, Alice e Anne of Avonlea”

21 abril 2015

Resenha: Sabonete de Calêndula, da Ewé

Não me canso de cheirar o Sabonete de Calêndula, da marca artesanal e brasileira Ewé, e um detalhe importante é o fato de que esse é um produto sem perfume. Cosméticos naturais sem fragrância adicionada não são inodoros, eles possuem o cheiro natural do conjunto de ingredientes utilizados. Geralmente, para mim esse cheiro apenas “faz sentido”, e não me incomoda. O caso do Sabonete de Calêndula é diferente: ele tem um aroma discreto e agradável que eu efetivamente tenho vontade de voltar a sentir.

Sabonete de Calêndula, da Ewé
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Mona Soares, a fundadora da Ewé, produziu esse sabonete após ter feito um curso vivencial de plantas medicinais, em São Gonçalo do Rio das Pedras, Minas Gerais. A fórmula do sabonete inclui flores de calêndula orgânica trazidas de lá. O texto “Calêndula: a flor feita de sol”, do blog da Ewé, tem informações sobre as propriedades terapêuticas dessa planta tão empregada em cosméticos naturais e medicamentos fitoterápicos. A calêndula não deve ser usada internamente durante a gravidez. Na pele, é anti-inflamatória, antisséptica, regeneradora celular, cicatrizante suave e emoliente.

Sabonete de Calêndula me proporciona uma ótima sensação de limpeza balanceada, e me surpreendeu ao deixar o meu cabelo mais brilhante. É excelente para a minha pele seca do corpo, a pele mista do meu rosto e o meu cabelo normal, com uma certa tendência à oleosidade. Nos últimos anos, o uso sistemático e exclusivo de produtos naturais e com ingredientes orgânicos tem equilibrado essas diversas características de modo muito interessante — e de quebra reduziu drasticamente a quantidade de coisas necessárias no boxe do meu banheiro. Esse sabonete também é ideal para fazer a higiene da região íntima e para depilar as pernas, é possível que funcione bem para barbear. Pode ser utilizado também por crianças (ATUALIZAÇÃO, 22/06/2015: e também por bebês, segundo a descrição na loja virtual da marca).

A composição desse item 100% natural, artesanalvegano, cruelty-free e com uma quantidade expressiva de ingredientes orgânicos está copiada abaixo.
Óleos vegetais saponificados (palma*, licuri*, oliva e cupuaçu*), glicerina vegetal, tintura e pétalas de calêndula*, oleorresina de alecrim, resina de benjoim.
* Ingredientes orgânicos. 
Sabonete de Calêndula foi preparado pelo método hot process. No texto “Produção de sabonetes naturais artesanais: diferenças entre os métodos ‘a quente’ e ‘a frio’”, Mona explica algumas diferenças entre os métodos cold process e hot process. A grande maioria dos sabonetes que uso e menciono aqui no Tantas Plantas é elaborada pelo método de saponificação a frio; com esse Sabonete de Calêndula, pude conhecer um belo exemplar do método de saponificação a quente.

Sabonete de Calêndula, da Ewé
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Acho bonita a aparência rústica que o método hot process dá aos sabonetes. A coloração amarela do Sabonete de Calêndula se distribui de maneira irregular, com um efeito marmorizado que é acentuado pelas pétalas de calêndula que foram incorporadas ao sabonete. A barra mostrada nas fotos mede 6cm de comprimento, 6cm de altura e 3,3cm de espessura. O peso mínimo indicado na embalagem é de 110g. Por ser um artigo feito à mão, podem ocorrer pequenas variações entre um sabonete e outro. A validade é de 12 meses.

Rende vários banhos e várias lavagens do meu cabelo, e é ideal para viagens, por ser multifuncional (ocupa muito menos espaço) e sólido (diante da restrição de géis e líquidos na bagagem de mão). Forma uma espuma bem deslizante e de bolhas relativamente grandes. Convém manter o sabonete em recipiente drenado, que o deixe fora do contato direto com a água.

Duplamente embalado, o sabonete é primeiro envolvido num papel fino e branco, depois é embrulhado com um papel verde bem claro, enfeitado com palavras e desenhos carimbados de azul. O rótulo mostra as informações mais fundamentais, como a lista completa de ingredientes.

Comprei logo duas unidades, por R$16,50 cada, e com pagamento em depósito bancário. Tudo foi combinado diretamente com a artesã, por email (ewealquimias@gmail.com). Na loja virtual da Ewé (http://ewe.tanlup.com/), o valor seria um pouco maior (mas não muito mais elevado), porque a loja online está localizada dentro de um portal e aceita cartão de crédito. O envio normalmente é feito pelo correio, de Salvador para todo o Brasil, em caixas cuidadosamente arrumadas. Os produtos da marca são preparados em lotes reduzidos, que eventualmente se esgotam. Para saber se e quando determinado item voltará ao estoque, costumo escrever um email para a Mona Soares.

Mais informações sobre a a marca já foram publicadas no texto “Resenha: Manteiga de Murumuru, da Ewé”.

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LEIA TAMBÉM:

“12 ingredientes que devem ser evitados”
“Resenha: Sabonete de Massoia, da Ewé”
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“Resenha: Condicionador de Castanha, da Ewé”
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“Resenha: produtos hidratantes da Linha de Calêndula da Weleda — para bebês e crianças (e adultos também)”

01 abril 2015

Resenha: Loção Hidratante Copaíba, da Cativa

Há mais de quinze anos, eu trabalhava numa editora de livros, e uma colega contou que estava se tratando com cápsulas de copaíba. A informação mais curiosa se referia ao sabor: ela disse que a copaíba tinha “gosto de gaveta”. No ano passado, quando vi que a marca brasileira Cativa possui uma linha de produtos elaborados com óleo de copaíba e indicados para peles sensíveis, me lembrei dessa história e comprei alguns itens para experimentar.

Loção Hidratante Copaíba, da Cativa
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Fiquei muito satisfeita com a Loção Hidratante Copaíba, que associa ativos orgânicos e naturais da Amazônia: óleo de copaíba, óleo de andiroba e manteiga de cupuaçu. Segundo a marca, o produto complementa o tratamento de peles delicadas, com tendência a psoríase e dermatites. Sua fórmula contém 86,4% de insumos orgânicos rastreados, é vegan e cruelty-free. Está copiada logo a seguir, junto com os termos correspondentes em português.
Copaifera officinalis oil / óleo de copaíba, Linum usitatissimum seed oil* / óleo de linhaça*, Carapa guaianensis seed oil* / óleo de andiroba*, Theobroma grandiflorum seed butter* / manteiga de semente de cupuaçu*, Melaleuca alternifolia leaf water* / hidrolato de tea tree (melaleuca)*, cetearyl glucoside and sorbitan olivate / glicosídeo cetearílico e olivato de sorbitano, cetearyl alcohol / álcool cetearílico, sodium citrate / citrato de sódio, xanthan gum / goma xantana, glycerin / glicerina, benzyl alcohol and dehydroacetic acid / álcool benzílico e ácido deidroacético, Aloe barbadensis extract / extrato de aloe vera, methylheptyl isostearate / isoestearato de metilheptilo, Lavandula officinalis essential oil / óleo essencial de lavanda, linalool / linalol.
* Insumos orgânicos.
Hidratante corporal sempre foi um item crítico para mim, devido ao meu histórico de dermatite atópica  uma doença crônica e não contagiosa que causa inflamação na pele e tem o ressecamento como uma das características mais frequentes. Felizmente, o quadro está bem controlado e há anos não tenho sintomas. A utilização de cosméticos naturais com ingredientes orgânicos contribui decisivamente para esse resultado; o texto “Meu relato sobre dermatite atópica e o uso de produtos naturais com ingredientes orgânicos” contém informações mais detalhadas.

O aroma dessa loção é amadeirado, lenhoso, bem característico da copaíba, e conta com a presença equilibrante do óleo essencial de lavanda. Me agrada muito, mas já notei que a copaíba não é uma unanimidade. Para mim, esse produto tem o cheiro ideal para começar um dia cheio de tarefas, pois me inspira centramento e firmeza. De todo modo, a intensidade inicial da fragrância se dissipa com rapidez.

Conversando com a proprietária da Cativa, soube que vários clientes gostam de usar esse hidratante como loção pós-barba, devido ao resultado calmante e regenerador, além do excelente rendimento.

De modo geral, a Loção Hidratante Copaíba me proporciona uma grande sensação de suavidade e conforto, que dura o dia todo. É completamente absorvida em instantes, sem deixar um resíduo oleoso na pele. Já as minhas pernas são especialmente ressecadas, e podem precisar de um cuidado mais intensivo nos dias de clima ameno ou frio. Nesse caso, após o banho e depois de passar a loção na pele úmida, coloco nessa área uma leve camada de algo mais emoliente, como a Manteiga de Murumuru, orgânica, da marca artesanal e brasileira Ewé, ou a pomada Creamy Cocoa Butter Everyday Body Moisturizer, à base de manteiga de cacau orgânica e fair trade, da empresa norte-americana Badger.

Loção Hidratante Copaíba está custando R$56,00 e vem num frasco de plástico escuro, resistente, com uma boa tampa flip-top da cor de ouro velho, rótulo colorido e capacidade para 240ml. A textura é de loção cremosa e a cor é branca. O rendimento é mesmo notável, cada frasco dura bastante tempo comigo, mesmo usando duas vezes por dia e no corpo inteiro.

Fundada em 2008 por uma empresária e socióloga de formação, conhecida como Rose Cativa, a Cativa Natureza é a primeira rede brasileira de lojas físicas especificamente voltadas para a venda de cosméticos com insumos orgânicos rastreados. Os produtos apresentam selos de certificação do IBD e são sistematicamente analisados para atestar a ausência de metais pesados em suas formulações, uma medida de segurança valiosíssima. Sempre que possível, são priorizados os produtores orgânicos pequenos e médios. Não são feitos testes em animais. Num país cujo mercado de produtos orgânicos de cuidados pessoais ainda tem pouquíssima visibilidade, a verve empreendedora, a responsabilidade e a dedicação da Rose Cativa merecem destaque e o maior reconhecimento.

Atualmente, além de duas lojas no Paraná (sendo uma delas a loja matriz, localizada no Mercado Municipal de Orgânicos, em Curitiba), a rede possui franquias nos estados de São Paulo e do Ceará, e atende clientes de todo o Brasil por meio de uma loja online própria: http://www.lojacativa.com.br. O site abriga uma profusão de itens e mereceria uma disposição mais padronizada e intuitiva, que facilitasse a pesquisa dos produtos. O frete é gratuito para compras acima de R$200,00 e o pagamento pode ser feito com cartão de crédito (via PagSeguro), boleto bancário ou depósito em conta — modalidade na qual o(a) cliente usufrui de um abatimento de 3%.

Nas lojas físicas funciona o Projeto Cativa Natureza Sustentável, com urnas para o descarte as embalagens da marca. Ao participar do projeto, levando as embalagens vazias a uma loja Cativa, o(a) cliente recebe na hora um desconto na compra de qualquer produto do local.

Para dúvidas e sugestões, pode-se entrar e contato pelo telefone (41) 3363-0905 ou num formulário virtual, na página “Contato”. Lançamentos e dicas são frequentemente divulgados no Facebook: https://www.facebook.com/CativaNatureza.

16 novembro 2014

Resenha: Sabonete de Massoia, da Ewé

Sempre adorei tudo o que é feito com coco, por isso fiquei na maior expectativa quando li que a marca brasileira Ewé iria lançar o Sabonete de Massoiaartesanal e 100% natural e vegetal, para ser usado no banho. A descrição dos ingredientes relacionados com coco me atraiu mais ainda: óleo saponificado de licuri orgânico, leite de coco produzido no ateliê, água de coco e óleo essencial de massoia, uma árvore nativa da Nova Guiné cuja casca possui um aroma que lembra o cheiro da polpa do coco. [ATUALIZAÇÃO, 10/10/2016: esse sabonete passou a se chamar Sabonete Licuri 72%.]

Sabonete de Massoia, da Ewé
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Sabonete de Massoia não é testado em animais e não contém fragrâncias sintéticas, corantes artificiais, triclosano, e nem conservantes agressivos como parabenos, liberadores de formaldeído e BHT. Esta é a lista completa de ingredientes:
Óleo vegetal saponificado de licuri orgânico, leite de coco artesanal, água de coco, açúcar orgânico, óleo essencial de massoia, oleorresina de alecrim, resina de benjoim.
Custou R$12,00 na loja virtual da marca, que entrega no Brasil inteiro pelo correio. Vem numa barra de 80g, com validade de um ano. A embalagem do sabonete é de papel cinza-azulado, com um rótulo de papel reciclado que informa a composição do produto, o peso e a validade. Além disso, existe uma proteção extra, um embrulho delicado de papel, e por fim o sabonete, que não é branco como o sabão de coco comum, usado para lavar roupa e louça, e sim cor de mel.

O aroma é delicioso, um perfume natural e simples de coco. Toda vez que sinto o cheiro tenho vontade de comer esse sabonete! E a espuma cremosa, que dá a impressão de verter leite de coco, faz com que o Sabonete de Massoia seja certamente o sabonete mais hidratante que já usei.

Tão hidratante que é o produto ideal para usar após ir à praia ou à piscina. E no dia a dia, deixando a pele muito bem tratada. Além do corpo, estou muito satisfeita em usar esse sabonete na área íntima, no rosto, e para depilar as pernas. Acredito que possa dar ótimos resultados como espuma de barbear.

Também pode ser utilizado como xampu sólido; limpa e perfuma os fios e o couro cabeludo. Não seria tão indicado para o meu cabelo especificamente, apesar de tê-lo deixado muito macio, desembaraçado e cheiroso. Como meu cabelo não é seco, precisa de produtos menos emolientes.

Fiquei feliz de ter apostado no Sabonete de Massoia e comprado logo quatro unidades. Por ser produzido artesanalmente, pode não estar disponível o tempo todo na loja online. Costumo acompanhar as novidades e as reposições no blog da Ewé e na página da marca no Facebook.

Informações mais detalhadas sobre a Ewé e Mona Soares, sua fundadora, foram publicadas recentemente aqui no Tantas Plantas, no texto “Resenha: Manteiga de Murumuru, da Ewé”.

28 outubro 2014

Resenha: Manteiga de Murumuru, da Ewé

A Manteiga de Murumuru, da marca brasileira Ewé, é uma das melhores manteigas corporais que já usei. De acordo com a descrição da marca, o produto tem diversas ações: cicatrizante, antienvelhecimento, anti-inflamatória, tonificante, emoliente, inseticida e antimicrobiana. Tem me dado ótimos resultados, inclusive na prevenção de manifestações de dermatite atópica, que costumavam aparecer principalmente nas pernas.

Manteiga de Murumuru, da Ewé
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

A Manteiga de Murumuru é orgânica, 100% natural, artesanal, cruelty-free e não contém ingredientes de origem animal. Sua textura é firme sem ser dura, e se derrete logo ao entrar em contato com a pele. Apresenta o cheiro característico da manteiga de murumuru, que eu acho delicioso, e um aroma suave de litsea cubeba (também conhecida como may chang), uma planta asiática de cujos frutos é extraído um óleo essencial de perfume fresco, que remete ao limão. Na aromaterapia, a litsea cubeba está associada ao controle da hipertensão, de arritmia e da ansiedade, além de ter efeitos tonificante e adstringente na pele oleosa, entre outras propriedades.

O produto é uma pomada de tonalidade clara, amarela, e fica acondicionado num pequeno pote redondo, de vidro transparente, com tampa metálica de rosca. Simples e bem-feita, a embalagem é prática para transportar a manteiga na bolsa e em malas de viagem, e pode ser reutilizada de diversas maneiras quando estiver vazia. O rótulo, um adesivo bem colado na tampa, indica a composição completa, que está copiada a seguir.
Manteiga de murumuru*, extrato de calêndula*, óleos de andiroba*, copaíba* e Litsea cubeba.
* Ingredientes orgânicos.
Manteiga de Murumuru é rapidamente absorvida e protege a pele sem deixá-la engordurada. É indicada para recuperar a pele queimada pelo sol e irritada após a depilação, e realmente traz conforto nessas situações. É ideal para ombros, cotovelos, joelhos, calcanhares, unhas, cutículas e outras áreas do corpo com tendência ao ressecamento.

Em massagens, facilita os movimentos e fornece uma fragrância delicadamente cítrica e envolvente. Convém lembrar que gostar ou não de qualquer tipo de cheiro é uma questão muito pessoal.

A Manteiga de Murumuru está custando R$26,65 e vem com 30g. Seu prazo de validade é de 12 meses. O pote pode parecer pequeno à primeira vista, mas na verdade dura bastante, pois é cheio até a borda e o produto tem um bom rendimento.

A Ewé foi fundada em 2013, em Salvador, por Mona Soares, uma profissional formada em Farmácia que sempre teve interesse em cosmética e medicina naturais. O nome “Ewé” significa “folha” em iorubá. A marca oferece sabonetes, manteigas emolientes, óleos faciais e corporais, perfumes, águas florais, xampus, condicionadores, pomadas capilares, argilas e outros itens preparados artesanalmente.

Utiliza ingredientes especiais, minimamente processados e muitas vezes raros, como: manteigas de bacuri, cupuaçu, murumuru e karité; óleos de licuri, andiroba, pracaxi, dendê, jojoba, rosa mosqueta e argan; favas de baunilha; extratos de juá, mutamba, calêndula e jaborandi; resinas de copaíba, benjoim e elemi; óleos essenciais de rosa, mirra, sangue-de-dragão, pau-rosa, canela, laranja, massoia e sândalo.

Não são usados corantes artificiais, conservantes agressivos, perfumes sintéticos, entre outras substâncias polêmicas que prefiro evitar. As matérias-primas são escolhidas cuidadosamente e, sempre que possível, são usadas gorduras vegetais extraídas a frio e de cultivo orgânico. Não são feitos testes em animais.

O trabalho desenvolvido por Mona Soares é extremamente autoral e instigante, embasado por muito estudo, talento e ação. Seus produtos de cuidado pessoal e beleza trazem doses extras de aromas, texturas, cores e tradições amazônicas, sertanejas, egípcias e de outras regiões da África ao meu cotidiano aqui no Rio de Janeiro, esta cidade que já é tão plural. Mais do que artigos naturais e artesanais que cumprem o que está prometido na loja virtual, são canais de ampliação sensorial e mergulhos em outras culturas. E desempenham também funções de afirmação e divulgação de uma identidade genuinamente afro-brasileira.

Além da marca Ewé, Mona Soares escreve o blog Herbalismo e Alquimia (http://www.ewealquimias.com.br/). Claro e repleto de informações, o blog é ilustrado por belas fotos e traz a perspectiva de quem de fato elabora cosméticos naturais e possui formação específica nessa área.

Ela também oferece cursos presenciais de saboaria e de cosmetologia natural. Ocorrem periodicamente em Salvador, e podem ser realizadas em outras cidades, inclusive fora da Bahia. A página da Ewé no Facebook avisa tanto sobre os lançamentos quanto sobre os cursos.

As criações da Ewé podem ser encontradas em feiras e bazares, além da loja online, que fica no endereço http://www.ewealquimias.com.br/ e entrega no Brasil todo pelo correio. A navegação é descomplicada, as fotos são lindas e as descrições dão detalhes e listas de ingredientes. Já fiz uma porção de compras dessa marca, e os itens sempre chegaram cuidadosamente embalados. Quem mora em Salvador pode receber sua encomenda em casa, mediante uma taxa de entrega fixa.

Se o pagamento for feito por depósito ou transferência bancária, há uma redução nos preços. O desconto é maior nas mercadorias com menor custo de produção. Nesse caso, em vez de comprar pela loja virtual, é preciso enviar a lista de produtos escolhidos para o email ewealquimias@gmail.com.

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LEIA TAMBÉM:

“12 ingredientes que devem ser evitados”
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“Resenha: Sabonete de Massoia, da Ewé”
“Resenha: manteiga nutritiva para mãos e rosto Vanilla Butter, da Phoenix Botanicals”
“Meu relato sobre dermatite atópica e o uso de produtos naturais com ingredientes orgânicos”

29 junho 2014

Meu relato sobre dermatite atópica e o uso de produtos naturais com ingredientes orgânicos

Fui uma criança alérgica, suscetível a mudanças climáticas, mofo, poeira e picadas de mosquito. Tinha rinite, resfriado e gripe com frequência, e volta e meia surgia alguma irritação ou alergia na minha pele. Cheguei a fazer imunoterapia com alérgenos (tratamento com vacinas) e felizmente melhorei progressivamente, até chegar ao ponto de não ter mais rinite na idade adulta, e os problemas respiratórios se tornarem raros. Mas os episódios de inflamação da pele continuavam ocorrendo de tempos em tempos, e descobri que sofro de dermatite atópica.

“A dermatite atópica é uma doença crônica que causa inflamação da pele, levando ao aparecimento de lesões e coceira.” Essa definição consta no site da AADA (Associação de Apoio à Dermatite Atópica)https://www.aada.org.br/ —, que tem informações úteis e objetivas. Algumas delas estão reproduzidas abaixo.
“A dermatite atópica afeta geralmente indivíduos com história pessoal ou familiar de asma, rinite alérgica ou dermatite atópica. Essas três doenças são conhecidas como as doenças atópicas ou triade atópica.
A causa exata da dermatite atópica é desconhecida. No entanto, atualmente se sabe que a dermatite atópica não é uma doença contagiosa, e sim uma doença de origem hereditária.
A pele seca é uma característica muito presente e representa um dos fatores que mais contribuem para a piora da dermatite atópica. Para evitá-la, deve-se tomar cuidado na hora do banho, que deve ser rápido e com água morna. Evitar uso excessivo de sabonetes e buchas e aplicar um hidratante neutro nos três minutos logo após o banho, antes que a água que está na pele se evapore.
Substâncias irritantes, como produtos químicos em geral, roupas de lã ou de fibras sintéticas, poeira e fumaça de cigarro devem ser evitadas. Usar basicamente roupas de algodão. O quarto ou outros ambientes onde se passa a maior parte do tempo devem ser bem arejados, desprovidos de muitos móveis, cortinas, carpetes e bichos de pelúcia. Essas medidas de controle ambiental facilitam a limpeza do ambiente.”
Além das providências citadas, beber bastante água, receber massagem e fazer automassagem com regularidade, diminuir a exposição ao barulho e outros tipos de poluição urbana, fazer terapia, praticar atividades físicas e manter uma boa alimentação, confirmada por uma nutricionista especializada em nutrição funcional e fitoterapia, são alguns dos recursos que uso para estabelecer um estado geral de equilíbrio e bem-estar, e minimizar o estresse — um fator que pode agravar a dermatite atópica.

Nunca deixo de usar hidratantes no corpo inteiro e no rosto, imediatamente após meus dois banhos diários. Na hora de dormir, reaplico em certos pontos, e no outono e no inverno acrescento óleos vegetais e manteigas emolientes. Não esfrego a toalha na pele ao me enxugar, e quase não utilizo esfoliantes.

Por sorte, o meu caso não é grave. Depoimentos de pacientes graves expõem a realidade da discriminação da qual são alvo por causa da aparência da sua pele, e falam de como o preconceito e o desconforto afetam sua autoimagem e suas relações interpessoais. Não passei por isso, pois em mim as lesões são brandas (no princípio parecem picadas de mosquito) e são sempre incidências isoladas (no máximo três manchas por vez), portanto passam despercebidas pela imensa maioria das pessoas que me conhecem. Nas ocasiões em que ficaram mais críticas, estavam localizadas em áreas discretas.

Costumam aparecer nas minhas pernas, abaixo dos joelhos (essa é a região mais ressecada do meu corpo), e durante o inverno (quando o clima se torna mais frio e seco, e eu passo a tomar banho com água mais quente) ou quando estou extremamente estressada. Começam como uma mancha pequena, avermelhada, e a coceira inicialmente não é intensa. Acabei aprendendo que é importante tratar as manifestações assim que elas surgem e resistir ao impulso de coçá-las; do contrário, as manchas tendem a ir crescendo e a coçar mais, podendo apresentar descamação e escoriações. Para combater os sintomas, passo logo um medicamento tópico, receitado por uma dermatologista. Com ele, minhas lesões desaparecem completamente em poucos dias.

Convém frisar que a orientação médica é fundamental. Meus objetivos nesse texto são apenas passar algumas informações sobre a dermatite atópica — também denominada eczema atópico — e contar sobre hábitos e produtos naturais com ingredientes orgânicos que eu tenho usado para lidar com o problema da pele ressecada. Quero ressaltar que o fato de funcionarem comigo não necessariamente significa que darão o mesmo resultado em outras pessoas. Nada que esteja publicado aqui no Tantas Plantas tem o intuito de substituir avaliações médicas, nem tampouco prescrições médicas.

Nesse blog me proponho simplesmente a relatar minhas experiências com alternativas sem parabenos, liberadores de formol, BHT, silicones, ftalatos, lauril sulfato de sódio e lauril éter sulfato de sódio, metilcloroisotiazolinona e metilisotiazolinona, triclosan, corantes artificiais, propilenoglicol, perfumes sintéticos e derivados de petróleo como o óleo mineral, entre outras substâncias controversas mencionadas no texto “12 ingredientes que devem ser evitados” (a lista começou com 12 e está sendo ampliada aos poucos).

Fiquei surpresa ao encontrar uma enorme variedade de opções que atendem a esses requisitos, ao mesmo tempo em que cumprem o que se espera de cada tipo de produto de cuidado pessoal. Muitos desses itens são nacionais, e todos os restantes podem ser entregues no Brasil, mesmo que boa parte deles seja de empresas estrangeiras que ainda não têm representação no país.

A pele do meu corpo é bem seca, embora a do rosto seja mista e a do couro cabeludo seja normal. Uma mudança que fez uma grande diferença para mim foi trocar os sabonetes convencionais por sabonetes 100% naturais, com ingredientes orgânicos quando possível. Gosto especialmente do Sabonete #49 Castanha-do-Pará 72% Bio e do Sabonete #51 Oliva & Lavanda, ambos da marca artesanal e brasileira Sachi, que emprega óleos e manteigas vegetais na elaboração de seus sabonetes, pelo método cold process. Limpam sem exagero e são adequados para o rosto e o corpo todo, incluindo a área íntima. Servem até para fazer depilação; os homens podem usá-los para fazer a barba. Utilizo os sabonetes da Sachi também como xampus sólidos, todos os dias, desde dezembro de 2011, e meu cabelo está mais saudável.

Fiquei muito contente ao descobrir condicionadores excelentes: o Bare Unscented Detangler, sem perfume, e o Citrus & Neroli Detangler, que são da marca americana John Masters Organics e podem ser aplicados como leave-in, e o Shine & Care Hair Conditioner, da empresa alemã Lavera. Os dois primeiros contam com ingredientes orgânicos como extratos de arnica e calêndula, e óleos de jojoba, linhaça e prímula, além de proteínas vegetais e hialuronato de sódio. O terceiro destaca o óleo de abacate orgânico e o leite de amêndoa orgânica na sua composição, e também possui queratina vegetal e extrato de calêndula orgânica.

E estou bastante satisfeita com a utilização de óleos vegetais como tratamento capilar, num procedimento de umectação que inclui massagem no couro cabeludo com os mesmos óleos que são aplicados nos fios. Meus preferidos são o Bhringaraj Oil, uma combinação orgânica de óleo de gergelim com erva-botão, da marca inglesa ayurvédica Pukka [ATUALIZAÇÃO, 28/10/2014: Infelizmente, o Bhringaraj Oil foi descontinuado], e uma mistura do Óleo de Coco Virgem Orgânico, da Dr. Orgânico, uma empresa brasileira de alimentos (sendo que o óleo vem das Filipinas), com o Óleo de Linhaça Orgânico, da Jatobá, uma produtora nacional de alimentos orgânicos.

Para hidratação corporal, a Neutral Body Lotion, da marca alemã Lavera, é uma loção intensiva e sem perfume que tem combatido o ressecamento da minha pele com sucesso nos invernos passado e retrasado, e da qual guardo uma unidade de reserva nas demais estações do ano, para passar quando for preciso. Foi desenvolvida para peles muito sensíveis e foi testada em pessoas que sofrem de eczema, rosácea e psoríase. Contém óleo de prímula orgânica e o óleo de jojoba orgânica. Já no outono e no inverno deste ano estou experimentando um achado recente, que também tem dado um ótimo resultado: a Loção Hidratante Copaíba, da marca brasileira Cativa, formulada para peles sensíveis, com tendência a psoríase e dermatites. Contém óleo de copaíba, manteiga de cupuaçu orgânico e óleo de andiroba orgânica.

Neutral Body Lotion, da Lavera
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Loção Hidratante Copaíba, da Cativa
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Os melhores produtos para o meu rosto têm sido o Creme Facial Noturno de Rosas, formulado com extrato de acerola, manteiga de cupuaçu, óleo de rosa mosqueta e extrato de açaí, todos orgânicos, entre outros ativos botânicos, da marca nacional Ikove, e o protetor labial orgânico Vanilla Bean Cocoa Butter Lip Balm, um bastão feito com azeite de oliva, manteiga de cacau, cera de abelha e extrato de baunilha, entre outros ingredientes orgânicos, da empresa americana Badger. [ATUALIZAÇÃO, 01/08/2020: Infelizmente, a produção da Ikove foi interrompida por causa de um incêndio que atingiu a fábrica em agosto de 2016.]

E eventualmente reforço a hidratação nas áreas mais secas do corpo e do rosto com um dos seguintes itens: a Manteiga de Murumuru, orgânica, da marca artesanal e brasileira Ewé, a pomada Creamy Cocoa Butter Everyday Body Moisturizer, à base de manteiga de cacau orgânica e fair trade, da fabricante americana Badger, o óleo vegetal de prímula orgânica Evening Primrose Oil, da empresa inglesa Balm Balm, o creme All-Round Cream, feito com manteiga de karité orgânica e óleo de amêndoa orgânica, da já citada marca alemã Lavera.

Os produtos mencionados não são testados em animais, e a maioria possui uma formulação adequada para quem é adepto(a) do veganismo. Quase todos são indicados inclusive para crianças, e outros são compatíveis com grávidas; essas informações são dadas nas respectivas resenhas, nas quais sempre coloco as listas completas de ingredientes. Por serem artesanais, os itens comentados das marcas Sachi e Ewé às vezes se encontram indisponíveis, porém é possível entrar em contato com ambas para ter uma previsão de quando chegarão às lojas virtuais.

ATUALIZAÇÃO, 25/08/2015: Os cosméticos citados no texto têm resenhas publicadas aqui no Tantas Plantas, com informações mais detalhadas, preços, listas de ingredientes, fotos e lojas. Para ver cada resenha, basta clicar no nome de cada produto.

ATUALIZAÇÃO, 10/04/2015: Não tenho tido manifestações da dermatite atópica desde 2013. Nessa semana fiquei muito feliz ao descobrir que o prazo de validade da minha pomada alopática expirou em setembro do ano passado! Como já não preciso dela há tanto tempo, só percebi que ela está vencida agora, fazendo uma faxina na caixa de remédios.

Além dos produtos citados no texto acima, tenho encontrado outros que ajudam diretamente no meu controle da dermatite atópica. A lista abaixo ganhará acréscimos sempre que surgir mais algum.

LIMPEZA
    HIDRATAÇÃO
    PROTEÇÃO SOLAR
    MAQUIAGEM

    Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru, da Trópica Botânica
    Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

    Liquid Gold Facial Serum, da Isa’s Restoratives
    Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

    Loção Hidratante Corporal de Calêndula, da Weleda
    Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

    Protetor labial Everon, da Weleda
    Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

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