Mostrando postagens com marcador cabelo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cabelo. Mostrar todas as postagens

17 maio 2021

Resenha: Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier, da Najel (sabão de Alepo com 40% de óleo de bagas de loureiro)

A família Al Najjar produz o autêntico sabão de Alepo desde 1895, seguindo um processo ancestral, passado de geração em geração. A fábrica se localiza na cidade de Alepo, no norte da Síria. No ano de 1996, em Lion, na França, o jovem médico sírio Manar Najjar e a estudante de direito francesa Catherine Elia decidiram se casar e criaram a marca Najel, cujo nome resulta da contração dos dois sobrenomes. Além disso, a palavra “najel” significa “filho”, em árabe. Atualmente, os produtos da Najel são distribuídos em 27 países. O empreendimento é voltado para a produção e a distribuição não apenas dos famosos sabões de Alepo, mas também de uma ampla linha de produtos naturais e orgânicos, desenvolvidos e fabricados no Laboratoire Najjar, um laboratório próprio situado em Lion. A maioria deles é certificada pela Ecocert, seguindo o padrão Cosmos.

Savon d'Alep 40% Huile de Baies de Laurier, da Najel
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Em 2017, duas amigas foram para Paris e me trouxeram um sabão de Alepo de lembrança de viagem (obrigada mais uma vez, Leila e Izabel!). Era o Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier (Sabão de Alepo 40% Óleo de Bagas de Loureiro, em português), dessa marca francesa Najel, e esse foi o meu primeiro contato com esse tipo tão especial de sabão.

Verso do Savon d'Alep 40% Huile de Baies de Laurier, da Najel
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Totalmente natural, o genuíno sabão de Alepo não contém fragrância sintética, corantes e conservantes. Há vários séculos, o processo de saponificação do óleo de oliva e do óleo de bagas de loureiro se mantém inalterado. Em Alepo, Samer Najjar, irmão de Manar Najjar, supervisiona a produção sazonal e artesanal do sabão, desde a colheita das olivas e das bagas de loureiro até o final da secagem dos blocos de sabão, uma etapa que leva longos 9 meses para ser finalizada.

Copiei a seguir a lista de ingredientes que consta no rótulo, e incluí a tradução de cada termo.

Sodium olivate (olivato de sódio), sodium laurate (laurato de sódio), aqua (water / água), glycerin (glicerina), sodium chloride (cloreto de sódio), sodium hydroxide (hidróxido de sódio).

A seção de perguntas frequentes do site da marca informa que a glicerina decorre do processo de saponificação, não é adicionada artificialmente. O uso da água, do cloreto de sódio e do hidróxido de sódio está detalhado na seção ao final desse texto. 

Segundo o site da Najel, quanto maior for a concentração de óleo de bagas de loureiro, maior será a sua capacidade de acalmar peles irritadas e com problemas como psoríase, eczema (dermatite atópica), acne e dermatose. A máxima concentração possível de óleo de bagas de loureiro é de 40%, e esse óleo vegetal é apreciado por suas propriedades desinfetantes e regeneradoras. Já a descrição do óleo de oliva saponificado menciona que ele possui um grande poder de limpeza, ao mesmo tempo que nutre, protege e amacia a pele.

site da empresa avisa que tanto o Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier quanto o Savon dAlep 30% Huile de Baies de Laurier só devem ser usados ocasionalmente. Como esses dois tipos não são recomendados para uso diário, a marca sugere alternar a utilização desses sabonetes com concentração de 30% e 40% de óleo de bagas de loureiro com um sabonete com baixa concentração desse óleo. A Najel oferece cinco concentrações de óleo de bagas de loureiro: 4%, 5%, 12%, 30% e 40%, além de uma opção com 100% de óleo de oliva (sem óleo de bagas de loureiro).

A espuma do Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier é agradável, de bolhas pequenas, e limpa muito bem. Como a minha pele atópica e seca tem estado geralmente saudável nos últimos anos, não tenho como falar sobre o efeito desse sabonete numa pele em crise. Vale lembrar que faço aplicações completas de loção hidratante após cada banho, sem exceção. Achei ótimo também como sabonete íntimo, e bastante adequado para a minha pele do rosto, que é madura e mista.

Usando-o como xampu sólido, tive a bela surpresa de notar que ele deixou o meu cabelo muito brilhante. Meus fios são compridos, lisos, normais no comprimento, com tendência à oleosidade na raiz. A sensação que ficou no couro cabeludo foi de limpeza e conforto.

O cheiro do produto é intenso, seco, ligeiramente áspero, diferente de todos os outros sabonetes que já experimentei. Às vezes chega a ser um pouco peculiar demais para mim, pois não costumo gostar de aromas fortes em geral. De todo modo, creio que parte desse estranhamento se deve à minha falta de familiaridade com esse tipo de sabonete, que não faz parte do nosso cotidiano no Brasil.

O sabonete é firme, fácil de usar. Deixado num local arejado após o banho, em uma saboneteira com boa drenagem de água, ele seca bem. Sua durabilidade é bastante longa.

Uma característica que acho muito bonita no Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier é o seu interior verde esmeralda, um tom mais carregado da cor do rótulo. A área externa desse sabonete é toda marrom, mas quando ele é cortado ao meio pode-se ver que por dentro ele é bem verdinho. Costumo dividir meus sabonetes antes de começar a usá-los, pois o tamanho menor facilita o manuseio. O contraste entre o marrom da parte externa e o verde da parte interna é admirável. Seu aspecto me faz pensar em cerâmica rústica.

Achei o Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier tão interessante que depois o comprei, em novembro de 2018, na loja virtual Ecco Verde (https://www.ecco-verde.co.uk/). Dei o endereço de uma amiga que mora em Londres e ia passar o Natal aqui no Rio; ela trouxe esse e outros sabonetes da Najel na bagagem (obrigada novamente, Mariana!). Também seria possível pedir que a encomenda fosse entregue diretamente na minha casa, pois a Ecco Verde entrega em vários países, incluindo o Brasil.

Nessa loja estrangeira, o sabonete é denominado Aleppo Soap 40% BLO, sendo BLO a sigla de Bay Laurel Oil (Óleo de Louro). Está custando £8,80. Os preços vão diminuindo conforme a concentração de óleo de bagas de loureiro se reduz. O Savon d’Alep 5% Huile de Baies de Laurier, por exemplo, sai a £4,60. É uma pena que o câmbio atualmente tenha sido tão desfavorável para compras no exterior. O sabonete que fotografei para esta resenha veio com o peso de 200g e estava embrulhado em plástico incolor e transparente, com um rótulo de papel. Sua validade era de 18 meses após a abertura da embalagem.

PROCESSO DE PRODUÇÃO DO SABÃO DE ALEPO

site da Najel descreve o processo de produção (hot process) do sabão de Alepo, que se inicia com o aquecimento de água e hidróxido de sódio num grande caldeirão. O óleo de oliva virgem é adicionado, e a mistura é mantida em temperatura alta e controlada por 12 horas. No dia seguinte, o conteúdo do caldeirão é aquecido novamente e é acrescido do óleo de bagas de loureiro, previamente filtrado. A saponificação é a consequência de uma reação química natural, ocorrida entre os óleos vegetais e o hidróxido de sódio.

A pasta remanescente é lavada diversas vezes com água salgada, para remover todos os traços de substâncias cáusticas. A água é retirada do caldeirão e reciclada. A pasta de sabão é espalhada numa grande bacia. Uma vez solidificada, é cortada em blocos. Cada bloco é carimbado à mão com a marca Najel.

Os blocos são empilhados em pallets e mantidos em porões ventilados, ao abrigo da luz solar, e ficam curando por 9 meses. Nesse longo período de secagem, o sabão de Alepo vai perdendo água e sua superfície se oxida. A coloração da parte externa se torna amarela, podendo chegar a tonalidades marrons. O centro de cada bloco permanece verde. Ao final da cura, os sabões de Alepo são limpos, embalados, encaixotados e despachados.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

LEIA TAMBÉM:

“Resenha: Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru, da Trópica Botânica”
“Resenha: óleo corporal Rose Body Oil, da Dr. Hauschka – para adultos, crianças e bebês”
“Resenha: Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio, da Fefa Pimenta”
“Resenha: Liquid Gold Facial Serum, da Isa’s Restoratives”
“Meu relato sobre dermatite atópica e o uso de produtos naturais com ingredientes orgânicos”

21 setembro 2020

Resenha: Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru, da Trópica Botânica

Sempre penso em banhos como intervalos restauradores na sucessão de tarefas do dia a dia, por nos possibilitarem um olhar atento ao nosso corpo inteiro e um mergulho em nossos próprios sentimentos. Nesses momentos tão importantes de higiene e autocuidado, o sabonete tem um papel fundamental. Para mim, a melhor opção em tempos conturbados como a época atual tem sido o Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru, da marca brasileira e vegana Trópica Botânica. O uso desse sabonete tem me trazido uma verdadeira sensação de serenidade e bem-estar a cada banho.

Sabonete Leite de Coco, Melaço e Cumaru, da Trópica Botânica
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

O trecho abaixo, copiado da embalagem do produto, o descreve com exatidão.
“Delicado no aroma e na textura, o Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru hidrata e suaviza a pele, deixando um toque macio e aveludado. A combinação de óleo de castanha-do-pará, leite de coco, melaço agroecológico orgânico e extrato de favas de cumaru proporciona às barras um aroma doce e abaunilhado.”
A versão anterior desse sabonete, que se chamava Sabonete Vegetal Leite de Aveia, Melaço e Cumaru, já me agradava muito, e a recomprei diversas vezes, ao longo de quase três anos. Em fevereiro de 2020, a Trópica Botânica comunicou em redes sociais que o leite de aveia seria substituído pelo leite de coco. No aviso, a marca explicou que, apesar de ser naturalmente isenta de glúten, no Brasil a aveia geralmente é processada junto ao trigo, à cevada e ao centeio, sofrendo contaminação cruzada. Quem tem doença celíaca, além de não poder ingerir glúten, não pode ter contato tópico com glúten, devido ao risco de que esse contato desencadeie um quadro de dermatite herpetiforme, e por isso Ana N. BrunettiOkauê Moretto (o casal de fundadores da empresa) decidiram fazer a substituição.

Mantenho um pequeno estoque particular dos itens que uso com mais frequência, então comprei a nova versão apenas alguns meses depois. Achei que o produto ficou ainda melhor, e posso dizer que o Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru é o meu preferido, entre as opções de sabonete da Trópica Botânica. O leite de coco, na minha opinião, tornou a espuma e o aroma ainda mais deliciosos.

Algumas clientes da marca são celíacas, e a aveia era o único ingrediente utilizado que poderia ter contaminação por glúten. Mesmo com a higienização adequada do laboratório entre cada produção, restaria algum risco de contaminação, ainda que mínimo. Na busca por um substituto, o objetivo era usar um leite vegetal que adicionasse cremosidade à espuma, fosse preferencialmente de origem nacional e tivesse um aroma residual após a saponificação que fosse sinérgico com o extrato de cumaru. Chegaram ao leite de coco, e escolheram como fornecedor a Annora, uma pequena fábrica de bebidas vegetais cujo produto principal é justamente o leite de coco, sem metabissulfito de sódio (um aditivo comumente acrescentado ao coco seco vendido por atacado) e nem qualquer outro ingrediente nocivo que eles não queriam que estivesse presente em seus produtos.

Admiro imensamente a responsabilidade, a criatividade e a transparência da Ana e do Okauê, sempre dedicados a aperfeiçoar seus itens de biocosmética orgânica e saboaria natural, e sempre atentos às especificidades da cadeia produtiva.

A composição do Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru é 100% natural e vegana, com 52,13% de ingredientes provenientes de agricultura orgânica. A lista de ingredientes é apresentada no padrão internacional INCI e em português, tanto na embalagem do sabonete quanto no site da empresa. A marca não faz testes em animais.
Elaeis guineensis oil* / óleo de palma*, Elaeis guineensis kernel oil* / óleo de palmiste*, Helianthus annuus seed oil* / óleo de girassol*, aqua / água, sodium hydroxide / hidróxido de sódio, Bertholletia excelsa nut oil** / óleo de castanha-do-pará**, Cocos nucifera extract / leite de coco, Dypterix odorata extract** / extrato de cumaru**, Saccharum officinarum extract* / melaço de cana-de-açúcar*, Rosmarinus officinalis leaf extract / oleorresina de alecrim.
* Cultivo orgânico.
** Extrativismo sustentável.
O óleo de palma utilizado é obtido de forma sustentável e rastreada, com certificado RSPO (Roundtable for Sustainable Palm Oil). O hidróxido de sódio, necessário para a saponificação de todos os sabonetes em barra e xampus sólidos elaborados com ingredientes de origem natural, é completamente consumido durante a fabricação, portanto não há resíduos dessa substância no produto final.

Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru não contém óleos essenciais. Seu aroma adocicado e leve é trazido pelo extrato de cumaru, feito à mão no próprio laboratório da marca, em Curitiba, a partir de favas de cumaru partidas e imersas por algumas semanas em óleo de girassol. Posteriormente, o óleo é filtrado, a parte sólida é compostada e o extrato é utilizado para aromatizar esse sabonete. Gosto tanto do cheiro desse produto que frequentemente durmo com ele por perto, sobre a minha mesinha de cabeceira.

Indicado para todos os tipos de pele, esse sabonete promove uma limpeza muito eficiente e ao mesmo tempo não agride a pele. Uso-o em toda parte: no corpo, no rosto e como sabonete íntimo (somente na área externa, claro) — inclusive quando a minha pele encontra-se mais sensível. Eventualmente faço depilação com lâmina e lavo meu cabelo com ele também. Sempre testo os sabonetes naturais no cabelo, para descobrir quais podem funcionar desse jeito. Aprecio bastante o resultado do Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru como xampu sólido, embora o meu favorito para essa finalidade seja mesmo o Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, também da Trópica Botânica. Meu cabelo é longo, liso, do tipo normal, com tendência à oleosidade na raiz. Minha pele é madura e atópica, sendo seca no corpo e mista no rosto.

Esse sabonete é produzido artesanalmente, pelo método natural de saponificação a frio (cold process). Tem o formato de uma barra de pelo menos 130g (um peso maior que o dos sabonetes de várias outras marcas), com uma agradável coloração pálida. Sua consistência é bem firme, com um toque ameno na pele. O rendimento é excepcional, desde que o sabonete seja cortado ao meio e seja mantido fora do contato com a água quando não estiver em uso. A outra metade da barra pode ser guardada na sua própria embalagem de papel reciclado.

A validade é de 18 meses. Está custando R$20,50. As compras são feitas online e a marca faz entregas em todo o Brasil, pelo correio. O site é muito completo, harmonioso e fácil de navegar. O atendimento aos clientes é prestado de um modo especialmente claro e gentil, por meio do email contato@tropicabotanica.com.br. As encomendas possuem código de rastreamento e são embrulhadas sem plástico. Sempre que possível, as compras são acompanhadas de amostras.

O cupom TRPC1010% de desconto no site da Trópica Botânica. É de uso único, mas não precisa necessariamente ser utilizado na primeira compra.

Recomendo muito as informações e as reflexões publicadas na newsletter e no blog da marca, além do perfil no Instagram.

Mais informações sobre a empresa e seus fundadores já foram publicadas no texto “Resenha: Creme Facial, da Trópica Botânica”.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

LEIA TAMBÉM:

05 setembro 2020

Resenha: Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio, da Fefa Pimenta

No início do mês passado, quando vi que a marca carioca Fefa Pimenta lançou o Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio, fiquei muito interessada e coloquei esse cosmético na minha lista mental de compras futuras. Fechei uma encomenda com outros itens, e para minha surpresa recebi de presente uma unidade justamente desse bálsamo, junto com os sabonetes que eu havia adquirido. Estou usando esse produto há exatamente um mês, todos os dias, e estou gostando tanto do seu efeito que já comprei outra unidade.

Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio, da Fefa Pimenta
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Preparado artesanalmente, pode ser utilizado no corpo, no rosto e no cabelo, e cumpre muito bem a sua proposta de nutrir e dar brilho a peles delicadas, maduras e ressecadas. Esse é o meu caso, e esse bálsamo tem se mostrado extremamente eficaz e versátil, trazendo maciez, tonicidade e regeneração para a pele e o cabelo.

Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio apresenta também os benefícios da aromaterapia. A combinação do óleo essencial de gerânio com o óleo essencial de patchouli e o odor característico do óleo de açaí ao fundo resulta num um aroma floral fantástico, inebriante, almiscarado e estimulante.

Minhas formas favoritas de usar esse produto são:
1. Nas mãos, cutículas e unhas, a qualquer hora do dia ou da noite.
2. No rosto, em massagens nas bochechas e na área ao redor da boca, pouco antes de dormir.
3. No corpo, misturando uma pequena porção do bálsamo ao creme ou à loção hidratante que eu for usar após o banho.
4. No cabelo, fazendo umectação no comprimento dos fios a cada dez dias, aproximadamente.
A formulação foi cuidadosamente desenvolvida para oferecer uma ação emoliente, antioxidante e anti-inflamatória. A lista de ingredientes é 100% natural e vegana, e não é testada em animais. Está informada no rótulo e no site da marca, da forma copiada abaixo.
Manteiga vegetal de cupuaçu, manteiga vegetal de manga, óleo vegetal de açaí, óleo essencial de gerânio, óleo essencial de patchouli.
Tanto a manteiga de cupuaçu quanto o óleo de açaí são oriundos de extrativismo sustentável, e são fornecidos por cooperativas da região Norte do Brasil. Já o óleo essencial de gerânio vem de um pequeno produtor do estado de Minas Gerais.

A consistência do bálsamo é deliciosa: firme o suficiente para se manter estável quando não está em uso, ao mesmo tempo que derrete rapidamente ao entrar em contato com o calor da pele. A coloração é naturalmente bege, com um leve subtom esverdeado, trazido pelo óleo de açaí.

A embalagem é um potinho de vidro transparente, com tampa dourada, lacrada com uma fita adesiva de papel. O rótulo também é feito de papel, com impressão colorida. Tem 30g e está custando R$38,40 na loja virtual da Fefa Pimenta (https://www.fefapimenta.com.br/). A validade é de 12 meses.

O pote é pequeno, mas o rendimento é ótimo. Como o produto é muito concentrado, quantidades mínimas bastam para cada aplicação.

A entrega aqui no Rio de Janeiro foi feita de bicicleta. Os envios também são feitos para todo o Brasil, pelo correio. Todas as encomendas da marca são embrulhadas sem plástico. Incluem a amostra de algum produto, um recadinho manuscrito e um cartão de papel que contém sementes que podem ser plantadas. O email para entrar em contato com a marca é falecom@fefapimenta.com.br.

Sou cliente frequente da Fefa Pimenta desde a sua fundação, em agosto de 2014. Seis anos de cosméticos, produtos de higiene e perfumes naturais, feitos com muito estudo, experiência, habilidade e responsabilidade. Já escrevi sobre as origens da marca em “Resenha: Sabonete Cupuaçu e Shampoo Sólido Castamuru, da Fefa Pimenta”.

OBSERVAÇÃO: Conforme registrei nessa resenha, o Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio foi gentilmente enviado pela marca, de presente. Escrevi essa resenha — e adquiri outra unidade do mesmo produto por conta própria — porque fiquei efetivamente muito satisfeita com os resultados.

22 agosto 2020

Resenha: Condicionador Orgânico Brilho Intenso Lavanda, da Urtekram

Elaborado com probióticos, extratos botânicos de babosa, lavanda, salgueiro e magnólia, ácido hialurônico, esqualeno e óleos essenciais, o Condicionador Orgânico Brilho Intenso Lavanda, da marca dinamarquesa Urtekram, é indicado para dar brilho, equilíbrio e hidratação a cabelos normais a secos. O resultado no meu cabelo são fios alinhados, brilhantes e macios.

Condicionador Orgânico Brilho Intenso Lavanda, da Urtekram
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Os cosméticos da Urtekram estão disponíveis no Brasil desde 2019, graças ao trabalho do Grupo Biouté, uma empresa nacional de importação e distribuição de produtos de beleza e cuidados naturais e orgânicos. É dirigida por Ananda Boschilia, empreendedora com 12 anos de experiência nesse nicho de mercado, e seus dois sócios, Alexandre e Carolina. A loja virtual https://www.bioute.com.br/ faz entregas em todo o país, pelo correio. O SAC é ágil, prestativo e eficiente; minhas dúvidas têm sido tiradas com rapidez e muita simpatia.

Fundada em 1972, numa pequena loja em Copenhague, a Urtekram é uma empresa pioneira nos ramos de cosméticos orgânicos, especiarias orgânicas e alimentos orgânicos. A unidade de produção também está localizada na Dinamarca, na cidade de Mariager. Todos os cosméticos da marca são certificados orgânicos pela Ecocert Cosmos Organic. As formulações são de origem 100% natural e não são testadas em animais. Além disso, os produtos são veganos, com selo da Vegan Society.

A composição desse condicionador de origem 100% natural contém 44% de ingredientes orgânicos ao todo, sendo 78% orgânica se forem descontados água e minerais. Copiei abaixo a lista completa de ingredientes do rótulo e acrescentei os termos correspondentes em português:
Aqua / água, Aloe barbadensis leaf extract* / extrato de folha de babosa*, glycerin** / glicerina**, cetearyl alcohol / álcool cetearílico, coco-caprylate / caprilato de coco, lecithin / lecitina, glyceryl caprylate / caprilato de glicerila, Lactobacillus ferment / fermento do gênero Lactobacillus, Lavandula angustifolia flower extract* / extrato de flor de lavanda*, Salix purpurea bark extract* / extrato de casca de salgueiro-roxo*, Lavandula hybrida oil* / óleo de lavandim*, Rosmarinus officinalis leaf oil* / óleo de alecrim*, Lavandula angustifolia oil* / óleo de lavanda*, Eucalyptus globulus leaf oil* / óleo de folha de eucalipto*, Chamomilla recutita oil* / óleo de camomila*, sodium cetearyl sulfate / sulfato cetearílico de sódio, olus oil / óleo vegetal, cetyl alcohol / álcool cetílico, glyceryl stearate SE / estearato de glicerila SE, Magnolia officinalis bark extract / extrato de casca de magnólia, tocopherol / tocoferol, beta-sitosterol / beta-sitosterol, squalene / esqualeno, sodium hyaluronate / hialuronato de sódio, parfum / perfume, linalool / linalol.
* Ingredient from organic farming / * ingrediente proveniente da agricultura orgânica.
** Made using organic ingredients / ** produzido com ingredientes orgânicos.
O aroma do Condicionador Orgânico Brilho Intenso Lavanda transforma o banho num momento agradavelmente calmante, balsâmico e tonificante, devido aos óleos essenciais de lavandim, alecrim, lavanda, eucalipto e camomila. Sua consistência é cremosa e uniforme, e a coloração do produto é bege.

Seguindo as instruções do rótulo, passo o condicionador no cabelo molhado, massageio os fios e deixo por aproximadamente 3 minutos antes de enxaguar bem. Como meu cabelo é comprido e liso e não é volumoso, desembaraço os fios somente após o banho, o que é bom também para ficar no chuveiro por menos tempo. Gosto de lavar o cabelo todos os dias, sempre com xampu sólido e condicionador. De vez em quando faço umectação com óleos vegetais. Meus fios são do tipo normal, com tendência a oleosidade na raiz.

Está custando R$79,90 no site da Biouté, e vem numa bisnaga roxa, de plástico reciclável, com tampa perolada cinza, contendo 180ml de produto. O formato de bisnaga me agradou bastante, pois é fácil de cortar com uma tesoura quando o condicionador está acabando, e assim consigo usar literalmente tudo, até a porção que fica acumulada em volta da abertura. Embalagens que não podem ser abertas me trazem uma sensação de desperdício, e isso não ocorre com esse condicionador.

Comprei o Condicionador Orgânico Brilho Intenso Lavanda pela primeira vez em dezembro de 2019, agora estou usando minha segunda unidade. Ela foi adquirida em fevereiro de 2020, e veio com um prazo de validade de outubro de 2021. De acordo com a embalagem, a recomendação de uso é de 3 meses após a abertura. Estou utilizando há mais tempo, sem notar qualquer alteração de cor, cheiro, textura ou performance, e já encomendei uma terceira unidade, para quando eu tiver terminado a atual.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

LEIA TAMBÉM:

“Resenha: Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da Trópica Botânica”
“Resenha: Sabonete Argila Vermelha, da Fefa Pimenta”
“Resenha: condicionador Shine & Care Hair Conditioner, da Lavera”
“Resenha: sais de banho Moroccan Rose Bath Salts, da Ravenscourt Apothecary”
“Resenha: tratamento para o cabelo com Óleo de Coco, da Dr. Orgânico, e Óleo de Linhaça, da Jatobá”

03 agosto 2020

Resenha: Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da Trópica Botânica

Em dezembro de 2020 vou completar 9 anos de uso diário de xampus sólidos naturais, e um dos produtos que mais readquiri nesse tempo todo foi o Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da marca brasileira, artesanal e vegana Trópica Botânica.

Indicada para cabelos normais, mistos e oleosos, essa barrinha produzida pela saponificação natural de óleos e manteigas vegetais contém manteiga orgânica de ucuúba e uma alta concentração de óleo de oliva extravirgem, além de uma sinergia de óleos essenciais antissépticos e estimulantes do crescimento (alecrim, menta e capim limão), que proporcionam também uma sensação refrescante. Essa combinação de ingredientes faz com que a espuma desse xampu sólido seja especialmente cremosa, densa e deliciosamente aromática. Deixa o meu couro cabeludo e os meus fios saudáveis, soltos, macios, com brilho e levemente perfumados.

Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da Trópica Botânica
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

A formulação é 100% natural, com 50,04% de ingredientes provenientes de agricultura orgânica. Não contém ingredientes de origem animal e não foi testada em animais. Não há derivados de petróleo, perfumes artificiais, ftalatos, parabenos e nem qualquer outra substância sintética. O óleo de palma utilizado é produzido de forma sustentável e rastreada, com certificado RSPO (Roundtable for Sustainable Palm Oil).

A loja virtual da Trópica Botânica fornece uma descrição detalhada de cada produto da marca, incluindo a tradução de todos os itens das fórmulas. Copiei abaixo a composição desse xampu sólido:
Helianthus annuus seed oil* / óleo de girassol*, Olea europea fruit oil / azeite de oliva (extravirgem), aqua / água, Elaeis guineensis oil* / óleo de palma*, sodium hydroxide / hidróxido de sódio, Virola surinamensis seed butter** / manteiga de ucuúba**, Elaeis guineensis kernel oil / óleo de palmiste, sodium citrate / citrato de sódio, Rosmarinus officinalis leaf oil / óleo essencial de alecrim, Mentha arvensis leaf oil / óleo essencial de menta, Cymbopogon flexuosus leaf oil* / óleo essencial de capim limão*, Rosmarinus officinalis leaf extract / oleorresina de alecrim.
* Cultivo orgânico / ** extrativismo sustentável.
site apresenta também uma explicação muito útil sobre o ingrediente hidróxido de sódio, reproduzida a seguir.
O hidróxido de sódio é uma substância alcalina de origem mineral (obtida pela eletrólise do sal de cozinha) necessária para a reação de saponificação de todos os sabonetes em barra e shampoos sólidos com ingredientes de origem natural. Este composto é totalmente consumido durante a fabricação, sem nenhum resíduo no produto final.
Meu cabelo é longo, liso, do tipo normal, com tendência a oleosidade na raiz, e gosto de lavá-lo com xampu sólido todos os dias. Utilizo condicionador em seguida, desembaraço com um pente de dentes largos após o banho e deixo os fios secarem naturalmente. Mesmo com esse uso frequente, o Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta não me causa ressecamento e nem qualquer outra reação adversa. Simplesmente deixa o cabelo bonito e limpo, com a oleosidade completamente controlada. Sigo sempre o mesmo procedimento:
1. No chuveiro, molho o cabelo inteiro.
2. Passo a barra de xampu sólido (previamente cortada ao meio) por todo o topo da cabeça e nas laterais, fazendo a mais leve pressão possível.
3. Coloco o cabelo todo para frente e passo a barra na parte de trás da cabeça.
4. Molho mais um pouco essa região e massageio todo o couro cabeludo com as pontas dos dedos, formando espuma.
5. Distribuo a espuma pelo comprimento dos fios.
6. Enxáguo bem o cabelo.
7. Aplico condicionador nas pontas e ao longo do terço final dos fios, espalhando-o com os dedos.
8. Enxáguo o cabelo mais uma vez, com bastante água.
Xampus sólidos são excelentes opções para viagens, por serem muito mais leves do que frascos de xampu líquido e pelo fato de poderem ser carregados em malas de bordo.

Cortar o produto em dois ou três pedaços facilita o seu manuseio durante o banho, pois as barras não são pequenas. Os pedaços que não estiverem sendo usados devem ser guardados num lugar fresco, seco e sem incidência de raios solares.

Para que um xampu sólido alcance o máximo de durabilidade, é fundamental mantê-lo numa saboneteira na qual a água escorra bem e não fique em contato direto com o produto.

Usando xampus sólidos naturais há tantos anos, notei que o grau de ventilação do banheiro e o clima também afetam sua consistência e seu rendimento. Quando fico hospedada em lugares com banheiros sem uma boa circulação de ar, deixo a barra no quarto, no intervalo entre um banho e outro, para que ela possa secar bem, pois caso contrário ela tende a amolecer muito e durar menos do que poderia. Nesse inverno passei a fazer isso em casa também, e estou gostando de manter a saboneteira sobre a cômoda, só para aproveitar o aroma dos óleos essenciais sempre que eu estiver no meu quarto.

Tomando esses cuidados, o xampus sólidos podem render muito mais do que frascos comuns de xampu líquido.

Outra característica positiva dos xampus sólidos é o fato de serem multifuncionais — se por acaso um xampu sólido eventualmente não der o resultado desejado no cabelo, ele pode ser perfeitamente usado como sabonete. A descrição desse produto na loja online da Trópica Botânica menciona sua atuação como sabonete para corpo e rosto, além de xampu para barbas. Também utilizo para depilar as pernas com lâmina de barbear.

O fato de ter uma embalagem feita inteiramente de papel reciclado, dispensando o uso de plástico, faz com que o Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta seja ainda mais interessante do ponto de vista da sustentabilidade.

Ele foi o primeiro xampu sólido desenvolvido pela Trópica Botânica, e por coincidência foi o primeiro xampu sólido que eu experimentei dessa marca, em maio de 2017. É preparado no processo de saponificação a frio (cold process).

As barras possuem um tom amarelo claro que combina com a elegante cor verde azulada da embalagem atual. Cada xampu sólido tem pelo menos 130g e está custando R$26,00. A validade é de 18 meses. A loja virtual oferece muitas outras opções, com e sem óleos essenciais, para vários tipos de cabelo.

A empresa faz entregas em todo o Brasil, em caixas de papel, com recheio de papel, fita adesiva de papel e envelope de papel para guardar a nota fiscal, tudo sem plástico. O valor do frete é mais acessível do que o preço que os Correios normalmente cobram, e passa a ser gratuito em pedidos acima de R$200,00. Sempre que possível, as compras são acompanhadas de amostras.

Quem se inscrever na lista de envio da newsletter da marca ganha 10% de desconto na sua próxima compra. O SAC pode ser acessado em https://tropicabotanica.com.br/contato/.

Mais informações sobre a empresa e seus fundadores já foram publicadas no texto “Resenha: Creme Facial, da Trópica Botânica”.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

LEIA TAMBÉM:

“Resenha: Creme Facial, da Trópica Botânica”

28 maio 2017

Resenha: óleo corporal e capilar Citrus Almond Luxurious Body Oil, da Soapwalla

O lema da marca norte-americana Soapwalla é “feed your skin” (“alimente a sua pele”), e essa é exatamente a sensação que estou tendo com o uso do Citrus Almond Luxurious Body Oil (Óleo Corporal Luxuoso Amêndoa e Cítricos). No atual clima mais ameno e seco de outono, esse cosmético deixa a minha pele atópica realmente sadia durante o dia inteiro, com uma aparência aveludada, e sem o toque gorduroso que alguns outros óleos corporais trazem. Para tornar tudo ainda melhor, possui o delicioso e fugaz perfume do óleo essencial de amêndoa amarga, acompanhado dos óleos essenciais de immortelle e de frutas cítricas.

Citrus Almond Luxurious Body Oil, da Soapwalla
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Sua composição é 100% naturalvegana e sem glúten, sendo quase todos os ingredientes também orgânicos. É indicado para todos os tipos de pele e não foi testado em animais. A descrição do produto explica que os óleos orgânicos de jojoba, semente de uva e baobá têm ação reparadora e mantêm a umidade da pele, enquanto os óleos de semente de soagem orgânica e chia, ricos em ômegas 3, 6 e 9, suavizam, diminuem a inflamação e aumentam o nível de hidratação.

Copiei abaixo a lista de ingredientes completa, acrescentando os termos correspondentes em português.
Simmondsia chinensis (jojoba) oil* / óleo de jojoba*, Oryza sativa (rice bran) oil / óleo de farelo de arroz, Vitis vinifera (grape) seed oil* / óleo de semente de uva*, Helianthus annuus (sunflower) oil* / óleo de girassol*, Echium plantagineum (echium) seed oil* / óleo de semente de soagem, Salvia hispanica (chia seed) oil+ / óleo de semente de chia+, Adansonia digitata (baobab) oil* / óleo de baobá*, Prunus amygdalus dulcis (sweet almond) oil*+ / óleo de amêndoa doce*+, non-GMO tocopherol (vitamin E)*+ / tocoferol (vitamina E) que não foi geneticamente modificado*+, Citrus aurantium bergamia (bergaptene-free bergamot) oil* / óleo de bergamota sem bergapteno*, Citrus aurantium amara (petitgrain) leaf oil / óleo de petitgrain, Citrus reticulala (tangerine) peel oil / óleo de casca de tangerina, Helichrysum angustifolium (immortelle) oil / óleo de immortelle, Prunus amygdalus amara (bitter almond) kernel oil* / óleo de amêndoa amarga*, limonene**, linalool**, citral**.
* Certified organic / * certificado orgânico.
+ Food grade / + grau alimentício.
** Naturally occuring in essential oils / ** naturalmente presente em óleos essenciais.
O rendimento é alto, principalmente quando sigo a recomendação da marca quanto a passar o óleo na pele ainda um pouco molhada, logo após o banho. A absorção é bem rápida, um aspecto muito prático diante da pressa do dia a dia. Embora a fragrância de amêndoa amarga e frutas cítricas não tenha uma duração longa, a pele permanece com um cheiro agradável e discreto por muito tempo.

Pode ser usado também para massagear o cabelo e o couro cabeludo, antes da lavagem. Fiz esse procedimento de umectação ontem mesmo, e utilizei em seguida dois produtos nacionais que estão entre os meus favoritos de todos os tempos: o Sabonete Argila Vermelha, da marca carioca e artesanal Fefa Pimenta, como xampu sólido, e o Condicionador de Castanha, da marca baiana e também artesanal Ewé. Os fios ficaram maleáveis, soltos e brilhantes; a cabeça ficou limpa e livre de irritações.

O óleo tem uma coloração pálida e é fácil de espalhar. Deve ser agitado antes da aplicação. Vem num frasco de plástico PET, na cor azul-cobalto, com tampa clara e ligeiramente translúcida, que fecha bem, sem vazamentos. O rótulo é grande e contém bastante informação. Além disso, o recipiente é protegido por uma caixa de papel reciclável, com os mesmos textos impressos.

Para saber mais sobre a marca Soapwalla e sua fundadora Rachel Winard, por favor leia o post “Resenha e loja virtual: desodorante Soapwalla Deodorant Cream”. Todos os cosméticos da empresa são produzidos no Brooklyn, em Nova York.

Além da versão Citrus Almond (Amêndoa e Cítricos), o Luxurious Body Oil está disponível nos aromas Lavender Vanilla Mint (Lavanda Baunillha Menta) e Citrus, Ginger & Lemongrass (Cítricos, Gengibre e Capim-Limão). Os perfumes são sempre naturais, compostos de óleos essenciais, muitos deles também orgânicos.

Na loja virtual da Soapwalla (https://soapwalla.com/), podem ser adquiridos em tamanho normal (118ml), por US$32,00, e em miniatura, para viagem (29,5ml), por US$10,00. A empresa aconselha que esses óleos corporais sejam usados em até 12 meses após terem sido abertos.

Comprei o meu Citrus Almond Luxurious Body Oil na loja virtual Carbon Beauty (https://www.carbonbeauty.com/), uma multimarcas cuja equipe faz um trabalho excelente e entrega em vários países, incluindo o Brasil.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

LEIA TAMBÉM:

“Resenha e loja virtual: desodorante Soapwalla Deodorant Cream”
“Resenha: óleo corporal Royal Jasmine and May Chang Replenishing Body Oil, da Pai Skincare”
“Resenha: óleo corporal Violetta Body Oil e loção de limpeza facial Liquid Clay Cleanser, da Isa’s Restoratives”
“Resenha: Primer Velvety Skin e Base Mineral Compacta, da Baims”
“O que é importante saber antes de comprar em sites estrangeiros”

28 março 2017

Resenha: Óleo para Massagem Lavanda e Semente de Uva, do Lavandário

Um ótimo exemplo de aromaterapia é o Óleo para Massagem Lavanda e Semente de Uva, da marca brasileira O Lavandário. Aqui em casa, faço massagem relaxante na minha filha e em mim mesma com frequência, e esse é o produto que mais temos utilizado desde o ano passado. Totalmente natural, vegano e sem testes em animais, esse óleo alivia tensões musculares e dores, deixa a pele e os cabelos mais macios, e equilibra a mente e as emoções. É elaborado com óleo essencial orgânico de Lavandula dentata, uma espécie de lavanda mais canforada — cultivada, podada manualmente e destilada a vapor no próprio estabelecimento, situado na cidade de Cunha, no estado de São Paulo.

Óleo para Massagem Lavanda e Semente de Uva, do Lavandário
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Ganhei de presente há cinco meses, trazido por duas amigas que passearam pelo belíssimo O Lavandário, numa pequena viagem (obrigada mais uma vez, Izabel e Leila!). Localizado numa área montanhosa com vista para o Vale do Paraíba, na estrada Cunha-Paraty, permanece florido o ano inteiro, e pode ser visitado de sexta-feira a domingo, além de feriados, das 10h00 até o pôr do sol. Lá existe também uma loja, com uma grande variedade de produtos cosméticos, gastronômicos, para o bem-estar e para a casa, todos preparados com lavanda. É possível agendar vivências entre lavandas e massagens.

Fernanda Freire, a idealizadora do Lavandário, estava implementando um projeto cultural ligado à cerâmica artística em Cunha, em 2008, e teve a inspiração para investir num empreendimento de lavandas ao identificar na região uma semelhança com a Provence, no sul da França — território mundialmente famoso por seus campos de lavanda. Depois de realizar diversos testes, viagens, intensa pesquisa e um planejamento criterioso, Fernanda e sua equipe começaram a plantar no início de 2012, e inauguraram o sítio em dezembro de 2013. A Lavandula dentata foi a espécie que melhor se adaptou ao clima e ao solo do local, e predomina em meio a outras espécies que também são cultivadas ali. O manejo é orgânico, mas ainda não é certificado.

Óleo para Massagem Lavanda e Semente de Uva apresenta uma coloração clara e uma textura bastante adequada para massagem. Traz conforto à pele, que ganha mais elasticidade e suavidade. O aroma é único, fresco, refinado e aconchegante. Na minha opinião, o teor mais alto de cânfora torna o seu perfume ainda mais agradável do que o da lavanda tipicamente encontrada em cosméticos e produtos de aromaterapia (a Lavanda angustifolia, que por sinal também está disponível no Lavandário). Contém apenas dois ingredientes:
Óleo vegetal de semente de uva, prensado a frio, e óleo essencial de lavanda (Lavandula dentata) orgânica.
Tem sido excelente para abrandar tensões musculares e reduzir a ansiedade. Também ajuda a combater dores nas articulações, estresse, depressão e insônia, entre outros males. De acordo com a empresa, é indicado para adultos, crianças e idosos. O produto foi originalmente desenvolvido para massagem corporal, mas estamos obtendo resultados extremamente positivos também em outras áreas: no couro cabeludo dolorido por excesso de preocupações, e nas laterais do rosto, quando estão enrijecidas pelo bruxismo. O efeito terapêutico é imediato: um estado duradouro de calma, leveza e relaxamento.

Gostei tanto do Óleo para Massagem Lavanda e Semente de Uva que comprei outras unidades para dar de presente e uma para guardar de reserva aqui em casa. Antes de fechar a encomenda, tirei dúvidas com o SAC do Lavandário (olavandario@lavandario.com.br), e fui muito bem-atendida. Recebi tudo pelo correio, no tempo previsto, junto com um cartão impresso e um folhetinho explicativo.

Vem num frasco de 30ml, de vidro azul-escuro, apropriado para aromaterapia, com tampa de plástico branco e rótulo também branco, contendo a informação de que o produto não é recomendado no primeiro semestre de gravidez. A tampa fica bem fechada, evitando vazamentos, e o frasco é pequeno, fácil de transportar fora de casa. A produção é artesanal.

Como a embalagem possui um gotejador, o óleo começa a pingar apenas após alguns segundos. Na verdade até gosto dessa breve espera, que por si só já me transporta a um ritmo menos acelerado. Está custando R$40,00 na loja virtual da marca (http://www.lavandario.com.br). O prazo de validade é de 3 anos, e as entregas são feitas em todo o Brasil. O Lavandário também oferece a versão Óleo para Massagem Lavanda e Gergelim e o óleo essencial puro, tanto da Lavandula dentata quanto da Lavanda angustifolia.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

LEIA TAMBÉM:

“Resenha: Óleo Corporal Acalmar, da Península”

30 outubro 2016

Resenha: Sabonete Argila Vermelha, da Fefa Pimenta

O Sabonete Argila Vermelha, da marca carioca Fefa Pimenta, ganhou espaço cativo na minha casa e na mala das minhas viagens há quatro meses. Idealizado para peles desidratadas e desvitalizadas, contém argila vermelha e óleo de gergelim, e é indicado também para o rosto. Além de cumprir a promessa de “um banho tonificante e relaxante, com uma sensação acolhedora”, tem sido perfeito para lavar o meu cabelo.

Sabonete Argila Vermelha, da Fefa Pimenta
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Esse sabonete é produzido artesanalmente por Fefa Pimenta e Luis Pepper, pelo método a frio (cold process). A lista de ingredientes é 100% natural e vegana, com ingredientes orgânicos. Não foi testado em animais.
Óleos e manteigas vegetais saponificados de palma*, oliva, cupuaçu*, palmiste e gergelim, óleos essenciais de laranja, petitgrain, ho wood e cedro, oleorresina de alecrim, oleorresina de copaíba, óleo essencial de patchouli, resina de benjoim e extrato de gengibre. Com adição de argila vermelha.
* Ingredientes orgânicos.
A argila vermelha possui essa cor naturalmente e dá ao produto uma tonalidade bonita de tijolo. Apesar de conter argila, esse sabonete não é áspero, e sim delicado e hidratante, com uma espuma bem cremosa.

Consegue limpar na medida certa — sem ressecar — áreas com características bem diversas: o meu cabelo comprido e normal, com tendência à oleosidade na raiz, a pele mista do meu rosto e a pele atópica do meu corpo, com tendência ao ressecamento. Também é ótimo para a higiene íntima (que não deve ser confundida com higiene interna) e para fazer depilação com lâmina. E fiquei bem contente ao ver como o Sabonete Argila Vermelha deixa o meu cabelo macio e solto. Toda essa versatilidade o tornou o meu sabonete / xampu sólido preferido para usar em viagens.

O aroma do produto é bem suave, agradável e totalmente natural, resultante da combinação de óleos essenciais de laranja, petitgrainho wood, cedro e patchouli. Costumo gostar muito de sabonetes que contêm o óleo essencial de ho wood, e dessa vez não foi diferente. Além dos benefícios trazidos por sua fragrância calmante, o ho wood é anti-inflamatório, alivia dores musculares, regenera a pele e é indicado para o tratamento da acne. Essas propriedades são reforçadas e complementadas pelos demais óleos essenciais.

A embalagem do sabonete é feita de papel reciclável, e é composta de uma folha de papel kraft e uma cinta de papel claro, ambos com bastante informação impressa. Cada barra tem pelo menos 130g e está custando R$16,60. O prazo de validade é de 12 meses.

Costumo comprar na loja virtual da Fefa Pimenta (https://www.fefapimenta.com.br/loja-virtual/), que atende ao Brasil todo. Há algumas semanas, foi implementada uma nova modalidade de entrega para o Rio de Janeiro, chamada de Entrega Malagueta, na qual parte do custo de um e-Sedex é paga pela empresa. Já os endereços do Centro continuam com frete gratuito, e também é possível combinar retiradas no home office. As encomendas que fiz nos últimos tempos vieram com uma miniatura de sabonete de brinde.

email para contato é falecom@fefapimenta.com.br. Muitas outras informações sobre a marca já foram publicadas no texto “Resenha: Sabonete Cupuaçu e Shampoo Sólido Castamuru, da Fefa Pimenta”, cheio de elogios mais do que merecidos.

Sabonete Argila Vermelha, da Fefa Pimenta
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Os produtos da Fefa Pimenta também podem ser adquiridos na loja online da Paz em Gaia (http://www.pazemgaia.com.br/), uma empresa familiar de Sorocaba, no estado de São Paulo, que fabrica e fornece produtos ecológicos e sustentáveis, com foco no bem estar pessoal. Dirigida por Teresinha Gaia e Marcio Gaia, faz envios para todo o território nacional. O telefone da loja é (15) 98823-2023 e o email é contato@pazemgaia.com.br. O atendimento é excelente, eficiente e muito gentil.

E quem estiver no Rio de Janeiro pode encontrar a Fefa e o Luis pessoalmente, na Primavera Vegana, uma feira gastronômica vegana e carioca, realizada regularmente aos domingos, uma vez por mês, no coletivo Comuna, um grupo multidisciplinar de gestão e produção cultural, conectado com a economia criativa e voltado para quatro pilares de conteúdo: Música, Arte, Publicações, e Comida e Bebida. Fundado em 2011, está localizado na rua Sorocaba 585, Botafogo. Organizada por Juliana Gondo, Gabriela Migueis, Mariana Vilela e Tomáš Hencel,a Primavera Vegana foi inaugurada em 5 de junho de 2016, e tem como missão “atender ao público que busca uma alimentação saudável, vegana, local e de alta qualidade”.

Sou fã das delícias veganas e orgânicas do querido Tomáš Hencel, um eslovaco radicado no Brasil que dirige o Atelier no Jardim com seu sócio Silvio Pinheiro. As chamadas Quentinhas Veganas são experiências maravilhosas de texturas, cores e sabores. Vêm em potes retornáveis, com porções generosas, entregues em domicílio a um preço acessível. Recomendo muito também os produtos feitos sob encomenda, como o Hummus de Grão de Bico & Beterraba e as Soccas, panquecas feitas de farinha de grão de bico. As criações e os eventos são divulgados em https://www.facebook.com/ateliernojardim, e as encomendas podem ser feitas pelo telefone (21) 99355-3666 e pelo email tomas@ateliernojardim.com.br.

Além da sua participação no Atelier no Jardim, o designer de interiores Silvio Pinheiro possui um projeto chamado O Silvo! Design, especializado em organização residencial e comercial. Seus belos e bem executados trabalhos podem ser vistos em https://www.instagram.com/silvio_pinheiro_interiores/.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

LEIA TAMBÉM:

11 janeiro 2016

Resenha: Condicionador de Castanha, da Ewé

Conheci o Condicionador de Castanha, da Ewé, por intermédio de uma amiga que é também leitora do Tantas Plantas e consumidora da Ewé. Ela me recomendou muito esse produto, e me deu um pouco para experimentar (muito obrigada de novo, Izabel!). Esse condicionador tem deixado o meu cabelo macio e desembaraçado desde a primeira aplicação. Estou no meu terceiro frasco e continuarei readquirindo-o mais vezes.

Pode ser usado de 3 maneiras: como condicionador, como finalizador e cosmético para hidratação capilar. Como os meus fios não apresentam tendência ao ressecamento, uso o produto apenas como condicionador. É indicado para diversos tipos de cabelo: seco, ressecado, misto, normal. A Ewé tem um grande número de clientes com cabelos cacheados e crespos, e também dá resultados notáveis em cabelos lisos (como o meu) e ondulados (como o da minha amiga).

Condicionador de Castanha, da Ewé
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

É elaborado em Salvador por Mona Soares, uma artesã formada em Farmácia e que sempre teve interesse em cosmética e medicina naturais. Ela descreve o produto da seguinte forma:
“Condicionador feito artesanalmente, livre de silicones, derivados do petróleo, conservantes agressivos (como os parabenos, liberadores de formol, BHT, TBHQ, BHA, etc.), umectantes de origem sintética e ingredientes de origem animal. Possui uma grande quantidade de ingredientes e extratos naturais, óleos orgânicos, proteína do trigo e umectantes naturais. Destaca-se o óleo de castanha-do-pará, um excelente condicionador, doador de brilho e nutrição aos cabelos secos, danificados, quimicamente processados e tingidos.”
A composição está disponível tanto na loja quanto no rótulo: 
Água, metossulfato de behentrimônio, óleo de castanha-do-pará*, óleo de pracaxi*, óleo de palmiste*, óleo de coco fracionado, óleo de jojoba, álcool cetílico, sorbitol, glicerina vegetal, extrato de mutamba, extrato de umburana, extrato de aloe vera, proteína hidrolisada do trigo, pantenol, etilexilglicerina, ácido benzóico, álcool benzílico, ácido cítrico, oleorresina de alecrim, resina de benjoim, alfa-bisabolol.
* Ingredientes orgânicos.
O metossulfato de behentrimônio (behentrimonium methosulfate, no padrão INCI) presente na fórmula é um ingrediente sintético com classificação de risco 1 — baixo risco, sinalizado com a cor verde — na base de dados do EWG (Environmental Working Group). [ATUALIZAÇÃO, 02/08/2020: Em algum momento, essa classificação foi alterada para 3-4.]

Condicionador de Castanha consiste num líquido homogêneo e não muito espesso, cor de marfim. O cheiro suave e levemente doce me agrada muito, e é dado pelo aroma natural dos próprios ingredientes, com predominância da castanha-do-pará (também chamada de castanha-do-brasil). Esse produto capilar não conta com óleos essenciais. O texto “Perguntas frequentes à Ewé Cosméticos Naturais e Artesanais II” menciona que esse condicionador é um dos produtos da marca que podem ser usado por crianças, bebês e grávidas. É também adequado para low poo e no poo. Não é testado em animais e não contém ingredientes de origem animal.

Condicionador de Castanha, da Ewé
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Está custando R$37,00 na loja virtual da Ewé (https://www.ewealquimias.com.br/), que faz entregas em todo o Brasil. Minhas compras sempre chegaram direitinho aqui no Rio de Janeiro, pelo correio. A embalagem vem com 250ml, e é de plástico âmbar bem escuro, quase preto, o que evita consideravelmente o contato do o conteúdo com a luz. A tampa é preta e do tipo flip-top, que permite dosar bem a quantidade de produto a ser obtida a cada vez.

No meu cabelo comprido e não especialmente volumoso, o rendimento é muito bom, e uma porção um pouco maior do que a mostrada na foto acima é suficiente para espalhar nas pontas. Para contextualizar a imagem: a amostra foi colocada numa superfície pequena, de 3,5cm de diâmetro.

O rótulo principal é de papel bordô, com letras brancas. Há um segundo rótulo atrás, menor, branco com letras pretas. Juntos, abrangem os dados fundamentais: nome, logomarca, composição completa, volume, modo de usar e validade — que é de 12 meses, sendo recomendado usar o condicionador dentro de 3 meses após a abertura da embalagem. Gosto muito da identidade visual dos cosméticos da Ewé e da abordagem objetiva da comunicação da marca.

Informações detalhadas sobre a empresa e a sua fundadora estão publicadas no meu texto “Resenha: Manteiga de Murumuru, da Ewé”.

Outra resenha sobre o Condicionador de Castanha pode ser encontrada no blog Lookaholic. E Soraia Oliveira conta que o produto deixa o seu cabelo mais cacheado e hidratado, na seção “Dica da Leitora” do blog Projeto Beleza Saudável.

ATUALIZAÇÃO, 13/01/2016: Por precaução, a tampa do frasco vinha com lacre inviolável, igual ao que vemos em produtos farmacêuticos líquidos, e era acompanhada por uma segunda tampa preta, do tipo flip-top. Diante da constatação de que o condicionador não derrama durante o transporte pelo correio, o produto passou a ser enviado apenas com a tampa flip-top, vedada com fita washi, reduzindo o uso de plástico.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

LEIA TAMBÉM:

“Resenha: Sabonete de Calêndula, da Ewé”
“Resenha: condicionador Shine & Care Hair Conditioner, da Lavera”
“Resenha: xampus e condicionadores da John Masters Organics”
“Resenha: Sabonete Argila Vermelha e Aloe Vera, da Reserva Folio”
“Resenha: óleo de jojoba orgânica, da Balm Balm e da Desert Essence, e óleo de coco orgânico, da Dr. Orgânico — para o cabelo, o corpo e o rosto”

02 janeiro 2016

Resenha: óleo de jojoba orgânica, da Balm Balm e da Desert Essence, e óleo de coco orgânico, da Dr. Orgânico — para o cabelo, o corpo e o rosto

Meu primeiro contato com o conceito de tratamento pré-xampu (também conhecido como umectação) ocorreu em 1996. Numa viagem pela Inglaterra, comprei uma máscara de azeite de oliva com argila cujas instruções de uso diziam que ela devia ser aplicada no cabelo seco e removida no banho após 20 minutos, lavando os fios normalmente. Adorei o resultado e o procedimento, apesar de ser completamente diferente do que eu estava acostumada — as máscaras de hidratação convencionais daqui costumam ser usadas na ordem inversa, com o cabelo molhado e já lavado.

Lembrei dessa experiência quando comecei a fazer umectação com óleos vegetais orgânicos, em 2011. Continuo mantendo esse hábito, tanto no couro cabeludo (à moda indiana) quanto apenas nos fios. Tento fazer o tratamento uma vez por semana, em casa. Nos últimos meses, tenho ficado muito satisfeita com uma mistura de 1 parte de óleo de jojoba orgânica e 2 partes de óleo de coco virgem e orgânico. Utilizo-a no cabelo, no rosto e no corpo.

Óleo de jojoba orgânica, da Desert Essence e da Balm Balm
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Meus óleos de jojoba orgânica são o Organic Jojoba Oil, da marca norte-americana Desert Essence, e o Jojoba Base Oil, da marca inglesa Balm Balm. Comprei o primeiro na iHerb (http://www.iherb.com/; mais informações sobre o site em “Loja virtual: iHerb”) e o segundo na Feel Unique (http://www.feelunique.com/; mais informações em “Loja virtual: Feel Unique”). As duas lojas entregam no Brasil, pelo correio. Já fiz várias compras em ambas.

Os dois itens possuem a mesma composição: óleo de jojoba (Simmondsia chinensis) orgânica. São prensados a frionão contêm aditivos e não são testados em animais. São produtos veganos100% naturais100% orgânicos; o óleo da Desert Essence é certificado pela USDA, já o óleo da Balm Balm é certificado pela Soil Association.

O óleo de jojoba na verdade é uma cera líquida, que pode se solidificar e se tornar opaca em baixas temperaturas. A coloração é amarela e intensa, como se pode ver na foto acima — o frasco da direita é incolor e translúcido, então a cor que se vê é do óleo propriamente dito. Tem um aroma discreto e característico, que acho mais agradável do que desagradável. Bastante estável, não se deteriora com facilidade. De acordo com informações dadas nos sites das duas marcas, esse óleo vegetal hidrata sem deixar resíduos (inclusive após o barbear), limpa poros obstruídos, ajuda a evitar a descamação do couro cabeludo, é adequado para todos os tipos de pele (até mesmo as sensíveis) e é indicado também para o cabelo. Não deve ser ingerido. O óleo de jojba é extraído das sementes de um arbusto nativo do sudoeste norte-americano.

Organic Jojoba Oil, da Desert Essence, vem numa garrafinha de plástico, sem cor e sem BPA (bisfenol-A), com tampa plástica marrom, do tipo flip-top, contendo 118ml. Está custando US$11,99 na iHerb. O Jojoba Base Oil, da Balm Balm, vem numa garrafinha de vidro âmbar, com tampa de plástico preto, e 100ml. Custa £12,60 na Feel Unique. Ambos possuem validades longas, de anos. As duas embalagens são boas para reutilização, e a da Balm Balm é superior, por ser de vidro, escura e melhor para transportar em viagens, pois não vaza. Já procurei óleo de jojoba orgânica em lojas nacionais e só o encontrei no site brasileiro da marca alemã Alva. O preço do vidro de 125ml é de R$98,90. É certificado pela Ecocert.

Óleo de coco orgânico, da Dr. Orgânico
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Já o Óleo de Coco Virgem Orgânico que uso é da marca brasileira Dr. Orgânico, que importa o produto das Filipinas. Possui certificação orgânica do USDA, da Ecocert e do SisOrg (Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Aprecio o aroma suave do óleo de coco dessa marca. Contém um único ingrediente: óleo de coco (Cocos nucifera) orgânico. Também é um produto vegano100% natural100% orgâniconão contém conservantesnão é testado em animais e não é refinado, e sim prensado a frio. Tem longa validade.

Pode ser ingerido e usado em receitas culinárias. O óleo de coco é incolor e se torna sólido e opaco em temperaturas abaixo de 27 graus. Para que ele volte a ser líquido e transparente, basta colocar o vidro num recipiente com água morna por alguns minutos. Somado ao óleo de jojoba, permanece líquido em dias mais amenos.

Está disponível em vários tamanhos. O pote que aparece na foto é de vidro sem cor, com tampa de rosquear feita de metal. Contém 300ml de óleo de coco orgânico e custa R$39,00 na loja virtual da Dr. Orgânico (http://loja.dr-organico.com.br/). Rende muitas e muitas aplicações, e é ideal para reutilizar na cozinha. Compro na Loja Orgânica, que integra o Circuito Carioca de Feiras Orgânicas (o telefone para informações e agendamento de entregas é (21) 3238-5190), e na Casa Vitana (Rua João Lira 98, Leblon, telefone (21) 2540-5303).

Quanto às formas de usar a combinação de 1 parte de óleo de jojoba orgânica e 2 partes de óleo de coco virgem e orgânico, as minhas favoritas são:

  • Umectação: Espalho com os dedos aproximadamente 5ml da mistura no couro cabeludo e nas pontas dos cabelos, massageando lentamente. No procedimento, os óleos acabam cobrindo também o comprimento dos fios. Pode-se usar uma quantidade maior, mas prefiro não exagerar. Eventualmente coloco os óleos somente no cabelo. Depois de uma hora — ou menos, se estiver com pouco tempo —, enxáguo o excesso de óleo no banho, com água morna, e uso os meus produtos capilares habituais: xampu sólido (um tipo de sabonete natural que pode ser utilizado no cabelo) e condicionador. Deixo secar naturalmente. Ao final, o cabelo fica fortalecido, maleável e bem tratado. Em geral, uma aplicação de xampu sólido é suficiente para mim. Acho que isso se deve à estrutura do meu cabelo, à minha técnica de massagem e lavagem, e ao meu chuveiro, que é razoavelmente potente. Lavo o meu cabelo com sabonetes naturais e artesanais diariamente, desde dezembro de 2011. A aplicação é bastante simples: passo a barra de sabonete na cabeça bem molhada, como se estivesse pintando faixas (com atenção especial à parte de trás, perto da nuca), em seguida massageio com as pontas dos dedos, levando a espuma por todo o comprimento do cabelo, aguardo um minuto e enxáguo com água morna.
  • Remoção de maquiagem: Passados na pele com um chumaço de algodão ou um lenço de papel, sem esfregar, os óleos retiram toda a maquiagem, incluindo máscara para cílios.
  • Hidratação: Depois de testar várias formas de hidratação, percebi que o melhor para a minha pele com tendência a dermatite atópica é passar uma loção e em seguida óleos ou manteigas vegetais nas áreas mais ressecadas, como as pernas, os joelhos, os cotovelos e as bochechas. O óleo de jojoba e o óleo de coco são ótimos para fazer esse reforço e manter a pele saudável e livre de lesões.
  • Depilação: Os dois óleos me dão bons resultados tanto no momento de depilar, facilitando muito o deslizar da lâmina, quanto após a depilação, deixando a pele macia e com um leve brilho acetinado.
  • Massagem: Gosto bastante dessa mistura de óleos para fazer massagens corporais e faciais (com ou sem óleos essenciais). São óleos carreadores muito usados em aromaterapia e na perfumaria artesanal — principalmento o óleo de jojoba.

Tanto o óleo de jojoba orgânico quanto o óleo de coco virgem e orgânico desempenham bem as funções mencionadas se forem usados individualmente, mas para mim funcionam ainda melhor quando mesclados. Gosto de somar o óleo de jojoba ao óleo de coco pelas seguintes razões:

  • Acho mais fácil tirar o excesso da mistura do cabelo, em comparação com os óleos separados.
  • Sinto que essa combinação é mais facilmente absorvida pela pele.
  • Fazendo uma sinergia com os dois óleos, aproveito os benefícios de ambos.
  • Amo o cheiro natural do óleo de coco, e esse é o aroma predominante da sua combinação com o óleo de jojoba.

Cada pessoa tem um conjunto específico de características e preferências. Outros óleos vegetais podem usados para as mesmas finalidades, e o guia “Aromaterapia: onde encontrar óleos vegetais orgânicos” pode ser útil para quem também tem interesse em opções orgânicas. A título de referência: meu cabelo é normal, com tendência à oleosidade na raiz, liso, castanho escuro e mais grosso do que fino; minha pele é seca no corpo e mista no rosto, com nariz oleoso e bochechas secas. Tenho conseguido cuidar bem da minha pele atópica com produtos orgânicos e a adoção de medidas para tornar a minha rotina mais saudável e menos estressante; os detalhes podem ser vistos no texto “Meu relato sobre dermatite atópica e o uso de produtos naturais com ingredientes orgânicos”.

OBSERVAÇÃO: Alergias e irritações na pele podem ser desencadeadas por uma infinidade de substâncias. Antes de começar a usar qualquer produto, inclusive os naturais e orgânicos, convém fazer um teste, aplicando uma camada numa área como o antebraço, perto da dobra do cotovelo, e observando se ocorre alguma reação durante o contato com o produto por um grande número de horas.